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Arte Urbana em Portugal

Bordalo II
Local: Covilhã
Foto: Wool / Bordalo II
Foto: Wool / Bordalo II

Dá para se ser frequentemente surpreendido em Portugal por desenhos nas ruas, em painéis, fachadas e grandes muros. São verdadeiras galerias a céu aberto, onde artistas notáveis, a partir de técnicas e de mensagens diversas, deixaram marca na história de cada um desses lugares.

A arte urbana é já uma atração com bastante reconhecimento, pela qualidade das obras que se podem encontrar. Embora nascida do que antes era visto como transgressão, é uma expressão artística que tem suscitado o interesse de entidades públicas e privadas.

Muitos artistas têm sido convidados a intervir em espaços públicos e em prédios devolutos, dando-lhes uma nova imagem e tornando-os mais apelativos. Há localidades em que estas criações já são bandeira, como é o caso de Lisboa e de outros grandes centros urbanos, como o Porto e Setúbal. Notavelmente, a arte urbana tornou-se protagonista das próprias cidades, através da popularidade de quem a faz e também do âmbito em que as próprias obras são criadas.

Em Lisboa, é tão apreciada que a própria câmara municipal a promove com iniciativas legais, através da Galeria de Arte Urbana (GAU). Pela cidade há obras que ilustram fachadas de prédios em bairros como a Graça, Marvila e Chelas; muitos desses murais foram pintados durante festivais que partilham da temática. Autores tão consagrados como Vhils e Bordallo II já adornaram as paredes da cidade. O primeiro, que produziu o videoclipe Raised by Wolves dos U2, já foi mencionado pela Forbes como um dos artistas mais bem-sucedidos abaixo dos 30 anos; já Bordallo II viu uma das suas intervenções, na Covilhã, ser destacada pela Street Art News, enquanto uma das 25 obras de arte urbana mais populares do mundo. A conhecida Owl Eyes foi criada a propósito do festival Wool dedicado à arte urbana.

No Porto, o Programa de Arte Urbana, criado pela câmara municipal, promove estas intervenções que já ascendem a mais de uma centena e contam com talentos locais como Mr. Dheo e Hazul.  Em Setúbal, grandes estruturas da cidade já receberam também este tratamento, como a Avenida Belo Horizonte e o Largo José Afonso, este último pela mão do reconhecido Odeith, cujo trabalho já foi incluído num especial sobre os melhores trabalhos pelo movimento internacional I Support Street Art.


Foto: "O Rapaz dos Pássaros", Odeith. ©️Miguel Valle de Figueiredo/Rebobina

Veja-se ainda o caso do Funchal, na Ilha da Madeira, com a iniciativa Arte de Portas Abertas, que fez da Rua de Santa Maria uma galeria ao ar livre para admirar. Já no arquipélago dos Açores, destaca-se o reconhecido festival Walk & Talk que todos os anos leva a Ponta Delgada um grande programa cultural.

De norte a sul, destacam-se ainda muitos trabalhos de Costah, Os Gêmeos, C215, Miguel Januário, Hugo Makarov, Mário Belém, Nuno Saraiva, Pedro Soares Neves, UAT, Vanessa Teodoro, Add Fuel e Gonçalo MAR, entre outros; a maioria de fácil acesso, integrada nos circuitos turísticos.

Como já deu para ver, arte urbana é já estandarte das principais cidades do país, sobretudo durante os meses de Verão, em que se realizam os festivais. É uma boa altura para conhecer os espaços de forma descontraída e deixar-se surpreender; e quem sabe, participar e deixar um testemunho para a história? Há um mundo artístico alternativo por descobrir em Portugal, basta olhar em redor. 


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