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Patricia: a paz perfumada de percorrer os laranjais do Alentejo

Dia Mundial do Turismo 2021 | #TimeToEmbrace #TimeToBe

Comemoramos o Dia Mundial do Turismo. Nos últimos anos, a indústria do turismo teve uma enorme expansão e crescimento, por isso é importante sublinhar como a abertura e a inclusão desempenham um papel crucial na melhoria das relações sociais, culturais e económicas. Mas o melhor é deixar que outras pessoas falem sobre a sua vida em Portugal…

Patricia, jornalista no México, tornou-se produtora de vinho e gestora de um turismo rural em Vilar de Frades, no Alentejo. 

Photo by @nashdoeswork

É impossível contar a história de Patricia Lozano sem contar a história de um grande amor.

Patricia, natural do México, conheceu o Pedro, português de gema, aos 22 anos num curso de jornalismo que ambos frequentaram nos Países-Baixos. Começaram uma bela relação de amizade e cumplicidade, mas após o curso, ambos regressaram aos seus países de origem. Estávamos no final dos anos 70 e, como era apanágio, as relações à distância eram mantidas através de cartas e telefone. Depois de algum tempo, decidiram cada um tomar o seu caminho, uma vez que a geografia mundial não havia sido generosa com esta potencial história de amor.

Passados alguns anos, voltaram a encontrar-se e decidiram contornar o atlas mundial: Patricia veio viver para Portugal, casou com Pedro e tiveram dois filhos. Nessa primeira década, viviam em Lisboa. Patricia encontrou uma transição suave em termos de carreira: continuava a trabalhar como jornalista, agora correspondente em Lisboa, para a televisão do México.

“Enviava notícias e peças para lá diariamente. Já fazia trabalho remoto nos anos 80, uma lançadora de tendências.”

Mesmo sem abandonar a carreira de jornalistas, abriram o primeiro restaurante mexicano da cidade.

“A minha mãe veio passar cá 9 meses e ensinou os cozinheiros a fazer os pratos da forma mais autêntica possível. E ensinou-me a mim também.”

Patricia assumiu um compromisso moral de aprender logo a língua portuguesa. Sente que as pessoas a olham de forma diferente e com mais respeito se falar bem o idioma local.

“Pensei que aprender português seria muito complicado, mas acabou por ser fácil e rápido.”

Hoje em dia, Patricia fala português sem qualquer sotaque percetível.

Photo by @nashdoeswork

A aventura no mundo da restauração terminou e Pedro decide comprar a propriedade da Quinta das Ratoeiras, no Alentejo. Foi aqui, num espaço de 40 hectares, recheado de vinhas e árvores de fruto e terrenos de perder de vista, que encontrámos Patricia, numa tarde de fim de verão. O sol tardio iluminava as vinhas e o rosto de Patricia com uma tonalidade avermelhada. O pôr-do-sol do Alentejo é difícil de esquecer.

“A coisa mais fácil de toda esta história e toda esta mudança foi apaixonar-me por Portugal. Uma das coisas mais fascinantes é esta variedade de clima que não existe no México. Comecei a sentir-me em casa quando vim morar para o Alentejo. Teve um grande impacto positivo na minha vida e até no casamento. Depois de uma altura particularmente difícil em Lisboa, com a correria e a rotina acelerada das nossas vidas lá, a mudança para o Alentejo serviu de bálsamo. Posso mesmo dizer que o Alentejo veio contribuir para eu nunca mais querer sair de Portugal.”

Inicialmente vinham sempre aos fins-de-semana e durante as férias. Continuava a fazer as suas reportagens por telefone e à distância e a trabalhar na casa. Mas a vida tinha melhorado. Colocámos a pergunta que todos querem saber. “O que a inspira no Alentejo, Patricia?”

“Tudo. Olhe para ali.”

Vimos aquele sol de um tom laranja escuro que se escondia aos poucos atrás da linha do horizonte.

Photo by @nashdoeswork

“Ouça este som da natureza. Para qualquer lugar que eu olhe, eu vejo beleza e ouço paz, ouço calma. E o cheiro? O cheiro é maravilhoso. Quando as laranjeiras estão em flor, não tenho maior prazer do que andar, durante a manhã ou à noite, e percorrer o laranjal, imbuída daquele aroma.”

Patricia sente que pertence.

“Completamente. Não quero mais nada. Tenho muita felicidade. Tudo aquilo que sonhei, tenho em dobro ou em triplo. Tenho saúde, boa disposição, sonhos alcançados. Só quero que isto continue assim. Está tudo bem.”

Contrariamente do que a sua aparência diz, Patricia tem 66 anos, 40 dos quais vividos em Portugal. Para si, Portugal é o destino cumprido.

Photo by @nashdoeswork

Photos by @nashdoeswork 


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