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Fui ali pisar as uvas à Herdade das Servas
Rita Rufino a 28/09/2018
A vida é feita de experiências e, cada vez mais, acredito que devemos arriscar e viver os momentos intensamente. No sábado passado fui visitar a Herdade das Servas, em Estremoz, e estreei-me na pisa da uva.

A viagem de Ponte de Sor a Estremoz é tranquila, com uma paisagem serena típica do Alto Alentejo. Como me perdi no trajecto, algo muito natural em mim, entrei na cidade de Estremoz e pelo pouco que vi constatei que merece uma visita profunda. Fica aqui a promessa.

Chegada à Herdade, deparo-me com uma entrada imponente, típica dos livros de romances passados na Toscana. Sou recebida pelo André Marques que me faz uma breve apresentação da Herdade, dos vinhos e da família Serrano Mira.

Este casamento a três tem cerca de 350 anos e, segundo o André, a produção de vinho no seio familiar vai até à 13ª geração. Os irmãos Luís e Carlos cresceram a ouvir histórias passadas no campo, aprenderam a ler os sinais da uva e a sentir a terra. Talvez por isso respeitem o amadurecimento do fruto e os tempos da colheita, e rezem pela boa vontade da mãe natureza. Um dos segredos partilhados foi que a única água que as uvas da Herdade das Servas recebem é a da chuva para que a mão humana não interfira no processo. Esta família aposta na qualidade do vinho e isso nota-se quando bebemos os seus néctares.

A visita guiada foi feita pela Mafalda Nunes, uma menina doce e entendida na arte da confecção do vinho da Herdade das Servas e do dia-a-dia dos restantes trabalhadores. Aqueles que todos os dias dão o litro, não apenas no campo mas também nos lagares.

A prova de vinhos, como manda a tradição, é feita num ambiente descontraído e elegante. Aliás, há que salientar a organização e o empenho nos pormenores em todos os departamentos da Herdade. A prova incluiu vinho branco, tinto, rosé, alvarinho (sim, há alvarinho em Estremoz e recomendo) e licor. Não sou, de todo, uma entendida em vinhos mas sei do que gosto e do que me sabe menos bem. E devo confessar que gostei muito da experiência.

Mas a visita à Herdade das Servas não é só beber vinho e visitar o espaço. Depois da prova, há que dar aos pés. Depois de bem equipada, aqui não há pés descalços até por uma questão de higiene, saltei muito a medo para dentro de um lagar de inox que continha uvas até a meio das minhas coxas. Não posso dizer que a primeira sensação é super agradável porque não é. Além de estranho não é de todo fácil. Mas com a continuação adaptamo-nos. Segundo a Mafalda, os trabalhadores pisam as uvas durante uma hora, com intervalos de três horas. Deixo aqui a dica para alguns exercícios de ginásio.

A Herdade das Servas é um projecto familiar que tem as portas abertas ao longo de todo o ano. A sua visita é uma experiência única e enriquecedora não apenas para famílias mas também para convívio entre amigos e encontros românticos. É fundamental conhecermos o trabalho duro que está por detrás dos produtos que adquirimos. Está na hora de seleccionarmos o que consumimos e de valorizarmos o que é nosso.
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