Braga
Museu de Cordofones Domingos Machado
Museus e Palácios
O património musical aqui apresentado é constituído por peças portuguesas desde a Idade Média até à actualidade, algumas já fora de circulação, recolhidas ou reconstruídas por Domingos Machado. Guitarras portuguesas, violas, banjos, bandolins e os cavaquinhos de Braga são alguns dos exemplares em exposição. Também é possível visitar a área da Oficina, onde se poderá aprender um pouco mais sobre a construção destes instrumentos.
Para além de se dedicar ao núcleo museológico, o artesão continua a desenvolver a sua actividade ajudando estudantes, coleccionadores e investigadores no estudo, construção e afinação de cordofones, sendo uma referência importante entre os músicos nacionais e estrangeiros.
4705-630 Tebosa - Braga
Santuário do Bom Jesus do Monte
Monumentos
Para chegar ao Santuário de Bom Jesus pode ir a pé, de carro ou tomar o funicular, obra notável de engenharia do séc. XIX. Foi o primeiro a ser instalado em Portugal, em 1882, trabalhando ainda com um sistema de água para vencer um desnível de 300 metros em 3 minutos.
O projecto de Carlos Amarante (1748), privilegiou o estilo neoclássico de inspiração italiana, que integra o imponente Santuário do Bom Jesus na harmonia da paisagem do norte de Portugal.
A escadaria que leva ao topo é formada por 17 patamares decorados com fontes simbólicas, estátuas alegóricas e outra decoração barroca dedicada a várias temáticas: a Via Sacra, os Cinco Sentidos, as Virtudes, o Terreiro de Moisés e, no cimo, as oito figuras bíblicas que participaram na Condenação de Jesus. A não perder, a perspectiva ao fundo da Escadaria. Olhando para cima, as fontes trabalhadas em granito nos vários patamares destacam-se do branco formando um cálice, sobre o qual "assenta" a igreja propriamente dita.
No interior do templo, sóbrio e amplo, merecem destaque as pinturas de Pedro Alexandrino (séc. XVIII). Junto à Igreja, encontra-se o Museu da Confraria, cujo espólio é constituído por peças de arte sacra, e a Biblioteca, criada em 1918.
4700 Braga
Igreja de Santa Cruz - Braga
Monumentos
A Igreja foi mandada construir pelo fundador da Confraria de Santa Cruz, Jerónimo Portilo, à qual foi concedido posteriormente o título de Irmandade Real pelo rei D. João VI (1816-26). A construção iniciou-se em 1625 mas só terminou em 1737 e, por isso, podemos encontrar aqui elementos arquitectónicos maneiristas e barrocos. O projecto inicial deve-se a Francisco Vaz e os custos foram pagos graças a esmolas dos devotos dos Passos do Senhor.
No interior, destaque para as abóbadas trabalhadas em pedra, para o trabalho de qualidade do orgão e dos púlpitos e para toda a decoração em talha dourada datada do séc. XVIII.
4700-305 Braga
Igreja de Santa Maria Madalena de Falperra
Monumentos
No interior, também ricamente decorado em estilo barroco, importa destacar o púlpito e o revestimento azulejar do séc. XVIII assinado pelo ceramista Policarpo de Oliveira Fernandes.
Mosteiro de São Martinho de Tibães
Monumentos
A cerca de 6 km de Braga encontramos o Mosteiro beneditino de Tibães. Construído no local de uma antiga vila romana, chamada Tevilanis, a sua fundação deve-se a São Martinho de Dume no séc. VI, durante o reinado suevo de Teodomiro. Em 1078, o cavaleiro D. Paio Guterres da Silva decidiu reconstruir o mosteiro. Mais tarde, em 1567, tornou-se a casa-mãe da Ordem de São Bento em Portugal e no Brasil.
É no séc. XVII que se constrói o actual monumento, um dos mais grandiosos no país (com quatro claustros) e de grande riqueza decorativa, segundo o projecto de Manuel Álvares. Entre outros elementos de interesse, destaca-se o trabalho de talha dourada, os retábulos e a decoração barroca de André Soares (1750), o orgão barroco (1786) e os exemplos azulejares. Foi então uma verdadeira escola-estaleiro de artes decorativas, influenciando o desenvolvimento artístico durante os séculos XVII e XVIII em Portugal.
A grandeza do mosteiro é completada por uma mata circundante onde encontramos uma capela setecentista dedicada a São Bento.
4700-565 Mire de Tibães (Braga)
Santuário de Nossa Senhora do Sameiro
Monumentos
Um dos mais visitados locais de culto mariano.
Implantado no cimo do monte com o mesmo nome, e situado a 566 metros de altitude, o Santuário de Nossa Senhora do Sameiro é um dos locais de culto mariano mais visitados em Portugal, proporcionando uma vista privilegiada sobre a cidade de Braga. Todos os anos atrai muitos devotos, especialmente durante as peregrinações do primeiro domingo de junho e do último terceiro de agosto.
A sua fundação deve-se a Martinho Silva, presbítero da arquidiocese de Braga, que dinamizou o culto mariano neste local a partir da década de sessenta do século XIX. Construído ao longo de várias décadas, o complexo religioso integra, entre outros elementos, o recinto para a missa campal, a Casa das Estampas, a Casa do Reitor, a Capela do Santíssimo Sacramento, a igreja principal, a cripta e a ampla escadaria monumental, no topo da qual se encontram os monumentos do Sagrado Coração de Jesus e da Nossa Senhora da Conceição.
No altar-mor pode admirar-se o sacrário de prata e a imagem da padroeira, feita em Roma pelo escultor Eugénio Maccagnani e trazida para o local em 1880. Ao longo do século XX o santuário tem sido enriquecido com obras de arte que testemunham diferentes sensibilidades estéticas e religiosas: na cripta encontra-se um conjunto de painéis de azulejo concebidos por Querubim Lapa; no presbitério foi pintado, entre 2005 e 2006, um grande painel da autoria de Oscar Casares; e, mais recentemente, Clara Meneres foi responsável pelas quatro grandes esculturas dos arcanjos São Miguel, São Rafael e São Gabriel, acompanhados pelo Anjo Custódio da Pátria.
A 8 de dezembro de 2004, o papa João Paulo II concedeu ao santuário a Rosa de Ouro, distinção atribuída pelos pontífices a personalidades, santuários, igrejas ou cidades em reconhecimento por serviços relevantes prestados à Igreja ou para bem da sociedade.
4715-616 Braga
Igreja e Convento do Pópulo - Braga
Monumentos
A Igreja do Pópulo foi construída no séc. XVI por vontade do arcebispo D. Frei Agostinho de Jesus, para aí ser sepultado. Falecido em 1609, o seu corpo foi trasladado em 1628 para um túmulo de madeira mandado fazer pela cidade de Braga, colocado num arcossólio na capela-mor.
O carácter maneirista inicial da igreja foi alterado no séc. XVIII, quando se reconstruiu a fachada em estilo neoclássico segundo o risco de Carlos Amarante. O templo é consagrado à Virgem venerada na Igreja de Santa Maria do Pópulo, em Roma. O interior vale a visita pela sua riqueza decorativa, em que se destaca o revestimento azulejar a azul e branco atribuído ao ceramista Policarpo de Oliveira Bernardes (séc. XVIII).
4700 Braga
Capela de Nossa Senhora da Torre
Monumentos
Marcando um dos pontos de vigia medievais e uma das entradas na cidade, a Torre de Santiago ainda conserva a sua aparência medieval contrastando com a decoração rocaille que cobre a fachada Norte. Esta divide-se em dois registos: o superior é marcado pelo relógio de pedra e pela torre sineira e o inferior pelo Oratório de Nossa Senhora da Torre que aí foi introduzida no séc. XVIII.
A capela é da autoria de André Soares e a sua construção deve-se a uma ação de graças à Virgem, pela proteção do colégio durante o grande terramoto de 1755 que causou bastante destruição em todo o país.
A norte, dá para o Largo de São Paulo delimitado pelo imponente edifício do Colégio Jesuíta de Santiago, que comunicava diretamente com a Torre. Essas passagens estão atualmente entaipadas. Passando a Porta de Santiago, do lado esquerdo, encontramos a entrada nobre do Colégio e o Palácio dos Falcões.
4700 - 001 BRAGA
Igreja de São Marcos - Braga
Monumentos
O edifício do Hospital e da Igreja de São Marcos datam do séc. XVIII e foram construídos de acordo com o projecto de Carlos Amarante, arquitecto que dá nome ao largo onde estão situados. Em estilo barroco, a verticalidade da Igreja, com as suas duas torres, contrasta com a horizontalidade das dependências hospitalares que se desenvolvem simetricamente, criando um conjunto harmonioso.
Na sua decoração exterior destacam-se as estátuas dos apóstolos em tamanho natural que marcam o ritmo da balaustrada superior. A meio da fachada da Igreja, num nicho, podemos ver a imagem de São Marcos. O hospital destinava-se a assistir os pobres, peregrinos e viajantes que pernoitavam na cidade de Braga.
D. Diogo de Sousa está sepultado na capela-mor da Igreja, num túmulo de jaspe branco trabalhado em mosaico.
4700-308 Braga
Castelo de Braga
Monumentos
Enquadrada pela Praça do Castelo e pela Praça da República, esta Torre de Menagem é o que resta do antigo castelo de Braga. Em granito, com cerca de trinta metros, assinala uma das cinco torres que constituiam os pontos de vigia nas muralhas medievais.
No início do séc. XIV, D. Dinis mandou reedificar e reforçar as defesas do território, tendo a sua acção ficado assinalada aqui por um brasão de armas que ainda podemos ver na fachada a nordeste. No entanto, no caso de Braga, a empreitada seria terminada só em 1373 pelo Rei D. Fernando.
A cerca medieval era composta por cinco torres e oito portas, das quais ainda existem a Torre da Porta Nova, a Porta e Torre de Santiago e a Torre de São Sebastião. A área do castelo foi demolida nos inícios do séc. XX, depois de ter sido utilizada como cadeia.
Distante da sua função militar, actualmente a torre de menagem é utilizada como galeria de arte.