Conímbriga
Museu Nacional de Conímbriga
Museus e Palácios
Criado em 1962, este Museu é o corolário das muitas manifestações de interesse e estudo que as ruínas da cidade romana de Conímbriga suscitaram em Portugal e no estrangeiro desde o Renascimento.
Através de objectos de uso quotidiano ou simbólicos, que evocam a religião e as crenças e como era a vida dos seus habitantes, a exposição permanente ensina a síntese histórica indispensável à compreensão de Conímbriga desde os alvores da idade do Ferro, à Idade Média, com especial relevo para o espólio romano.
Destaca-se um valioso conjunto de mosaicos, peças de escultura, moedas de cunho romano e visigótico e muitos utensílios domésticos e agrícolas. A reconstituição do fórum imperial flaviano, exaltação da majestade imperial e do seu culto, é uma das curiosidades que poderá ver neste interessante museu.
3150-220 Condeixa-a-Velha
Ruínas de Conímbriga
Arqueologia
A antiga cidade romana de Conímbriga é um dos sítios arqueológicos mais ricos de Portugal.
Um dos sítios arqueológicos mais ricos de Portugal, Conímbriga teve origem num castro celta da tribo dos Conii, nos finais da Idade do Ferro. Ocupada pelos romanos a partir de 139 a.C. e a sua população totalmente romanizada, foi sob o imperador Augusto, no séc. II d.C. que a cidade conheceu o seu esplendor, tendo sido construídas então termas públicas e um Forum, cuja reconstituição se pode ver no Museu.
Com o declínio do Império nos finais do séc. IV, foi elevada uma monumental muralha defensiva, o que não impediu o assalto da cidade pelos suevos, em 468 e o consequente declínio de Conímbriga, que se foi desertificando e os habitantes que restaram deslocaram-se para Condeixa-a-Velha, mais a norte.
As grandes escavações levadas a cabo ao longo do sé. XX revelaram um valioso e complexo conjunto de edifícios, incluindo termas, um aqueduto que percorre mais de 3.400 metros desde a fonte, e restos de uma basílica cristã, provavelmente do séc. VI.
O visitante não deixará de maravilhar-se à vista das casas nobres que conservam magnífico chão em mosaicos polícromos, destacando-se a casa de Cantaber, residência típica do séc. III e uma das mais amplas em todo o mundo romano ocidental e a casa dos Repuxos, com uma área de 569 m2 pavimentada de mosaico, ornamentada com vistosos quadros que ilustram temas mitológicos e do quotidiano, onde um peristilo central ajardinado e com jogos de água o tornam único.