Leiria
Santuário do Senhor dos Milagres
Monumentos
Joaquim da Silva Coelho e seu filho, que trabalhavam no estaleiro do Convento de Mafra, foram os mestres desta obra que segue o figurino do estilo barroco erudito. O neto, ceramista da oficina do Juncal, foi o autor do revestimento azulejar. A galilé exterior e as torres foram concluídas no final do séc. XIX, sob a orientação de Korrodi.
A tradicional romaria do Senhor Jesus dos Milagres realiza-se anualmente na 2ª feira entre 14 e 20 de Setembro.
Igreja e Convento de São Francisco
Monumentos
A Ordem de São Francisco estabeleceu-se na cidade em 1229. Inicialmente instalada no Rossio de Santo André, a ordem veio para este local no séc. XIV por acção de D. João I. Durante o séc. XV, os reis de Portugal beneficiaram significativamente o templo, patrocinando obras artísticas de relevo que se reflectiram nas pinturas murais, postas a descoberto recentemente. Estas pinturas góticas, que cobriam integralmente a nave, constituem um exemplo único no país pela qualidade plástica e pela extensão, ilustrando um forma decorativa que já não se encontra no património nacional. No séc. XVI, o Abade Manuel da Costa instituiu a Capela dos Mártires de Marrocos.
Construída em mármore branco, é um interessante exemplo do estilo renascentista, onde se destaca o facto de o retábulo repetir estruturalmente o arco exterior. De reparar que os medalhões superiores representam os mesmos retratos mas em poses diferentes, de contemplação no exterior e de admiração no interior.
No séc. XVIII, quando a igreja ficou à guarda da Ordem Terceira de São Francisco construiu-se uma capela barroca à entrada do lado esquerdo. O convento foi extinto e encerrado em 1834, mas a igreja voltou aos franciscanos em 1861.
Em 1992, o edifício foi recuperado segundo um projecto do arquitecto João Roda, procedendo-se entre 1996 e 2000 ao restauro das pinturas murais.
Leiria
Localidades
Leiria tem um rio que corre para cima, uma torre que não tem Sé, uma Sé que não tem torre e uma Rua Direita que o não é. (Rima Popular).
Para D. Afonso Henriques, primeiro conquistador cristão de Leiria em 1135 e o fundador do seu castelo, o local constituía a sentinela avançada para a sua estratégia de conquista de Santarém, Sintra e Lisboa aos Mouros, o que viria a suceder em 1147.
Durante mais de meio século Leiria voltaria a ser devastada pelas incursões dos exércitos mouros e a sua conquista definitiva só viria a acontecer no reinado de D. Sancho I no final do séc. XII, dando-lhe o monarca o foral em 1195.
Em 1254 D. Afonso III realizou aqui as primeiras Cortes com a presença de todos os procuradores dos concelhos do Reino, facto de extrema importância na História de Portugal, pois foi a primeira vez que o povo pôde exprimir as suas reivindicações junto do Rei.
No séc. XIV D. Dinis e sobretudo sua mulher D. Isabel, a Rainha Santa, residiram por diversas vezes no castelo, talvez por o considerarem uma aprazível residência com largas vistas para os encantos da paisagem em redor.
A acção do rei ficou marcada pela implantação do pinhal de Leiria ao longo da zona litoral para protecção das dunas arenosas. Os seus pinheiros bravos viriam a fornecer a madeira e o pez para a construção naval portuguesa, sobretudo durante o período dos Descobrimentos e ainda hoje esta imensa mancha verde é um local muito agradável para um passeio.
De todas as Cortes reunidas pelos monarcas portugueses em Leiria a sessão mais trágica terá ocorrido nas de 1438, convocadas por D. Duarte para discutir a entrega de Ceuta em troca da libertação de seu irmão o Infante Santo, D. Fernando, prisioneiro em Tânger. A Assembleia decidiu pelo sacrifício do Infante a troco da manutenção da praça marroquina e o rei, aniquilado pelo desgosto, morreria pouco tempo depois.
Do Castelo medieval a cidade cresceu fora de muralhas num primeiro tempo marcado pela românica Igreja de São Pedro e depois no séc. XVI com a construção da Sé Catedral e da Misericórdia. A cidade expandiu-se então até ao rio Lis e as suas frondosas margens acolheram diversos edifícios religiosos.
Mas só no séc. XIX a cidade de Leiria se iria desenvolver novamente com o estabelecimento da burguesia muito bem retratado por Eça de Queirós, que aqui imagina o "Crime do Padre Amaro", e sobretudo pela acção de Ernesto Korrodi, que se empenhou em valorizar a cidade. Desde então e até aos nossos dias a urbanização moderna e desordenada mudou a cidade, transformando-a num centro industrial em expansão.
Pátio do Barão
Bares e Discotecas
Alibi Rock Café
Bares e Discotecas
Sebentas Bar
Bares e Discotecas
Sushi Club & Café
Bares e Discotecas
Eurosol Wine Bar
Bares e Discotecas
Eurosol Lounge Café & Bar
Bares e Discotecas
Café Bar Escadinha
Bares e Discotecas