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Trancoso

Trancoso

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Com um passado a par da História de Portugal, Trancoso (que faz parte da rede das Aldeias históricas de Portugal) é uma vila protegida por muralhas onde se preserva o ambiente medieval nas ruas estreitas e nas casas de pedra. O planalto onde está situada, a 870 metros de altitude, deu-lhe a posição estratégica na defesa da fronteira com Espanha e transformou-a numa importante praça de armas durante a Idade Média.

A imponente Porta d'El Rei é a entrada principal nas muralhas e também uma homenagem a D. Dinis que aqui celebrou o seu matrimónio com Isabel de Aragão, em 1282, na Ermida de São Bartolomeu. D. Dinis ofereceu a vila à Rainha Santa em dote e instituiu a feira franca, na origem da grande Feira de Trancoso que ainda acontece a partir de 15 de Agosto, dia da padroeira Nossa Senhora da Fresta.

O labirinto de ruas de pedra conduz-nos ao centro da vila onde se encontra o Pelourinho, no cruzamento entre a Vila Velha e a Vila Nova. Na parte mais antiga, encontramos o Castelo muito disputado entre mouros e cristãos e conquistado definitivamente pela força de D. Afonso Henriques em 1160, e a Igreja de São Pedro, onde descansa para a eternidade o misterioso Bandarra (1500-45), um sapateiro poeta que profetizou a perda da independência de Portugal em 1580 e a sua restauração em 1640.

Foi na Vila Nova que a população se estabeleceu. No séc. XV existiu aqui uma importante comunidade judaica que muito contribuiu para o desenvolvimento do comércio. A memória dessa época permanece na arquitectura das casas com duas portas (uma larga, de entrada na loja, e outra estreita, com acesso à área de residência) e na Casa do Gato Negro (no Largo Luís de Albuquerque), um dos edifícios mais emblemáticos da vila identificado como sendo a antiga sinagoga e residência do rabino.

Aqui viveu o Magriço, um dos Doze de Inglaterra, protagonista de um episódio histórico entre Portugal e Inglaterra no séc. XIV. Foi ainda nesta vila que, em 1809, o General Beresford montou um quartel general quando esteve em Portugal como aliado contra as invasões napoleónicas. Cinco anos depois, Beresford seria agraciado com o título de primeiro Conde de Trancoso.

A 29 de Maio comemora-se a Batalha de São Marcos (1385), percursora da grande vitória da Batalha de Aljubarrota contra Castela, onde D. João I defendeu e consolidou a independência portuguesa. Nesse dia distribui-se pão e laranjas às crianças no planalto de São Marcos onde se travou a batalha porque segundo a tradição os portugueses terão deixado os castelhanos a "pão e laranjas".

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Marialva

Marialva

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Pela sua esplêndida situação sobre um monte de penhascos de difícil acesso, na margem esquerda do rio Alva, a pequena aldeia histórica de Marialva foi praça militar importante na Idade Média.

A mesma situação foi a causa do seu declínio. Quando as guerras se passaram a fazer com armas de fogo, os velhos castelos medievais tornaram-se obsoletos e perderam a sua função de defesa e protecção das populações, que passaram a habitar fora dos recintos muralhados das cidadelas.

Povoação de raízes muito antigas, era já habitada no séc. VI a. C. pela tribo dos Aravos. Foi ocupada sucessivamente por Romanos (que lhe deram o nome de Civitas Aravorum), por Suevos e Árabes que se instalaram no seu castro defensivo. Terá sido Fernando Magno, rei de Leão, que a conquistou em 1063, quem lhe deu nome de Malva, mais tarde Marialva. Também se conta que o rei de Portugal, D. Afonso II teria doado a povoação em 1217 a uma sua apaixonada, D. Maria Alva, que estaria na origem do nome da aldeia. O castelo foi reedificado por D. Sancho II de Portugal, cerca do ano 1200, sobre as ruínas do castro romanizado. É um dos maiores da região, oferecendo hoje um magnífico panorama sobre a Serra da Marofa e a região envolvente.

Calçadas medievais ladeadas de paredes e de portas góticas conduzem a um pequeno largo onde se encontra um elegante pelourinho todo em granito, do séc. XV, a antiga cadeia e o tribunal. A igreja matriz, com um portal manuelino, é dedicada a Santiago e data do séc. XVI.

Antiga rota de peregrinos, Marialva ainda celebra no dia do Apóstolo (25 de Julho), a feira anual de Santiago.

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Linhares da Beira

Linhares da Beira

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Situada na vertente ocidental da Serra da Estrela, a aldeia histórica de Linhares da Beira terá tido origem num castro lusitano. De facto, os Montes Hermínios (era este o nome lusitano da Serra da Estrela), com as suas pastagens, abundância de águas e o enquadramento protector da montanha era um dos locais habitados por esta tribo ibérica, de que muitos portugueses se consideram descendentes. O linho, que foi noutros tempos uma das culturas importantes da região, estará na origem do nome Linhares, literalmente campo de linho.

Invadida por Visigodos e Muçulmanos que lhe reconheceram a excelente localização de atalaia sobre as terras em redor, Linhares passou a ser definitivamente portuguesa ao tempo de D. Afonso Henriques, que lhe deu o primeiro foral em 1169.

A paz, contudo, não seria ainda definitiva. Em 1189, tropas de Leão e Castela invadiram a região, pilhando-a e deitando fogo às aldeias circundantes enquanto se preparavam para tomar o castelo de Celorico. Linhares acorreu em defesa de Celorico e o exército inimigo, vendo-se cercado na rectaguarda, abalou a fugir. Conta a tradição que tudo isto se passou numa noite de lua nova e por esse motivo as armas de Linhares apresentam um crescente e cinco estrelas.

Um passeio pela povoação revela um harmonioso conjunto urbano cheio de encanto, onde as casas simples construídas em granito convivem com alguns solares que preservam sinais de uma nobreza antiga. O olhar atento descobrirá ainda muitas janelas do séc. XVI. A igreja matriz, de raiz românica, mas reconstruída no séc. XVII, guarda três valiosas tábuas atribuídas ao grande Mestre português Vasco Fernandes (Grão Vasco). Uma rústica tribuna elevada sobre um banco em redor de uma mesa de pedra constitui exemplar único de forum medieval donde se anunciavam à população as decisões comunitárias. É aqui que se pode ver as armas da antiga vila. Ao lado, destaca-se o pelourinho quinhentista em granito, rematado pela esfera armilar.

O conjunto da aldeia é encimado pelo vigoroso castelo que acompanha a geologia do terreno sobre um enorme monte rochoso, donde se abrange uma panorâmica espectacular. Duas grandes torres ameadas erguem-se junto dos ângulos da cerca, uma postada a oriente, outra a ocidente. No terreiro são ainda visíveis restos de antigas cisternas.

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Beja

Beja

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No local onde se situa Beja existem indícios de ocupação desde tempos remotos, mas foi o domínio romano que mais contribuiu para o seu desenvolvimento. Foi aqui que, no séc. I a. C., Júlio César assinou um tratado de paz com as tribos Lusitanas que ocupavam o território. Então, o local passou a chamar-se Pax Julia e foi elevado a capital jurídica e administrativa.

O actual traçado urbano de Beja tem bases na cidade romana e nas portas de Évora e Mértola  que marcam as antigas entradas nas muralhas. O crescimento económico é comprovado pela grande quantidade de peças arqueológicas encontradas, que se podem ver no Museu Regional Rainha D. Leonor. Muito perto de Beja, a Villa Romana de Pisões mostra-nos de uma forma mais real como vivia uma família romana durante esse período.

No séc. VI, os visigodos ocuparam o território e aqui permaneceram até ao séc. VIII, quando foram derrotados pelas tribos muçulmanas que ocuparam o Sul da Península Ibérica. Uma visita ao Núcleo Visigótico do Museu Regional, instalado na Igreja de Santo Amaro é imprescindível para conhecer os contributos da cultura visigótica na cidade que foi sua sede episcopal.

Desde o início da Reconquista Cristã durante o séc. XII, Beja viveu tempos conturbados. Conquistada pela primeira vez pelos cristãos em 1162, sofreu vários ataques dos muçulmanos e só teve a paz definitiva em 1253, com o rei Afonso III, que reconstruiu a vila, concedeu-lhe foral (1254) e recuperou a sua importância económica. No final do século, o rei D. Dinis mandou construir o Castelo, cuja Torre de Menagem se transformou no ex-libris da cidade.

Beja viveu novos momentos de dinamização durante o séc. XV, quando o rei D. Afonso V formou o Ducado de Beja e o concedeu a seu irmão, o Infante D. Fernando. O rei D. João II nomeou Duque de Beja o seu primo, futuro rei D. Manuel I. Desde então, o ducado ficaria sempre na posse dos filhos segundos dos reis. O mecenato régio ficou marcado por alguns monumentos que merecem uma visita, nomeadamente o Convento da Conceição, a Igreja da Misericórdia, o Convento de São Francisco, actualmente transformado em Pousada, a Igreja de Santiago, e a Igreja do Pé da Cruz.

Para descobrir a cidade de Beja, a Região de Turismo da Planície Dourada promove a visita guiada pela cidade através de um sistema audio, e disponibiliza 30 Petras (bicicletas). Aconselha-se o mês de Março, quando tem lugar a Ovibeja, uma feira em que a produção agrícola regional é o pretexto para mostrar a cultura, a etnografia e a economia da região.




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Mértola

Mértola

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Onde as cegonhas vêm fazer ninho e o gracioso casario branco se debruça sobre o Guadiana, há ainda o encanto de um museu vivo à sua espera.

Ter sido cidade romana, capital de um reino árabe, primeira sede da Ordem de Santiago são credenciais da sua importância na História. E sendo o porto mais a norte do Guadiana, a grande estrada do sul, levou até ao mar os pesados minérios da região. Por isso Mértola guarda dos Romanos, Suevos, Árabes e dos Portugueses, que a tomaram em 1268, valiosos tesouros guardados em diversos núcleos museológicos.

Depois de um tempo de esquecimento, a vila revitalizou-se graças à intervenção de arqueólogos que não só criaram um conceito inovador de museu aberto, como nele integraram a recuperação de artes tradicionais.

No seu passeio pelo traçado irregular das ruas, intacto na sua expressão medieval, vá folheando páginas desta História. Na Câmara Municipal, a Myrtlis romana; na Torre de Menagem do Castelo (com vista fabulosa sobre as margens do rio), a época pré-islâmica; no Museu Islâmico, um velho sonho dos arqueólogos realizado numa das colecções mais importantes do mundo; numa antiga igreja, uma colecção de arte sacra.

Na igreja matriz, os arcos em ferradura e o mihrâb que foram da mesquita, o portal renascentista e as torres cilíndricas do templo cristão são uma obra-prima de história de arquitectura e de adaptação de um mesmo lugar a fés diferentes.

Não deixe de visitar os artífices das oficinas para conhecer genuínas artes tradicionais. E de provar a saborosa comida alentejana, com os olhos postos no rio.




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Porto de Mós

Porto de Mós

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Segundo se pensa, o nome de Porto de Mós terá tido origem no tempo da ocupação romana, em que o rio Lena era navegável e havia um porto nesta localidade, onde se carregavam e descarregavam as pedras de mós, talhadas numa pedreira existente na região.

A ocupação milenar está bem patente no Museu Municipal, onde se encontram em exposição diversos fósseis e os testemunhos da ocupação humana em diversas épocas, como objetos de pedra lascada e polida, do Paleolítico e Neolítico, moedas e lanças de ferro.

Entre as aldeias tradicionais e os moinhos de pedra, conservam-se os vestígios da passagem dos dinossauros, no trilho da Pedreira do Galinha, e da ocupação romana, de que a calçada em Alqueidão da Serra é o melhor exemplo. Dedicado às primeiras eras de que há vestígios, o Miradouro Jurássico é um monumento composto por 15 blocos de calcário a representar as principais épocas desse período. O monumento situa-se a 500 metro de altitude, oferecendo uma vista desafogada, de onde é possível ver o Mosteiro da Batalha e o castelo de Porto de Mós.

O castelo foi reconstruído por ordem do rei D. Sancho I, no séc. XIII, e dois séculos depois foi transformado num paço fortificado com um traçado pouco comum, o qual se manteve até aos dias de hoje.

Nas proximidades, existem vários espaços merecedores de visita, como por exemplo o Arco da Memória, na freguesia do Arrimal. Foi construído, nos finais do século XVI, pelos monges de Cister como forma de marcação dos coutos doados por D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal. Outro marco da história no concelho é o CIBA – Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota, situado na área onde se realizou a batalha que ditou a continuação da independência de Portugal, em 1385. O centro contém várias áreas expositivas onde se pode aprender mais sobre este episódio histórico.

Em Mira de Aire, o MIAT – Museu Industrial e Artesanal do Têxtil detalha o período em que a região era um dos maiores polos desta indústria no país. Tem espaços de exposição permanente com maquinaria e objetos da época e salas interativas que contam o processo de produção.

No Juncal, destacam-se dois espaços religiosos: a Capela de Nossa Senhora de Fátima e Casa Solarenga e a Igreja de São Miguel. A capela foi construída no século XX como forma de cumprimento a uma promessa a Nossa Senhora de Fátima. Da igreja, há registos da sua existência desde o século XVI, na altura apenas uma capela, mas com o mesmo padroeiro.

Porto de Mós fica no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, com as suas encostas em pedra calcária, cujo interior encerra belíssimas galerias visitáveis em grutas como as de Santo António, Alvados e Mira d`Aire.

A pedra calcária foi utilizada na arquitetura da região e ainda hoje é possível ver os Muros de Pedra Seca espalhados pela serra. Para apreciar melhor a paisagem, não deixe de passar pelo Miradouro do Chão das Pias. Com uma vista desafogada para a vila e sobre o vale do rio Lena, no miradouro encontra-se uma obra de arte urbana em homenagem aos muros, da autoria de Rui Basílio.

Ainda no Parque Natural, é aconselhada a visita à Lagoa de Alvados e às Lagoas do Arrimal. A Lagoa de Alvados foi em tempos um espaço onde se lavava a roupa e há muito que é o cenário dos bailes da quinta-feira de Espiga (normalmente em maio, 40 dias depois do domingo de Páscoa). As Lagoas do Arrimal são três corpos de água resultantes da acumulação das águas pluviais e usadas para a rega. São espaços de grande calmaria que convidam a um piquenique à beira da água.

Reaproveitando infraestruturas, em tempos com utilidade prática para a população, não deixe de dar um passeio na Ecopista que foi desenvolvida nos antigos Caminhos de Ferro da Bezerra, passando por túneis de pedra escavada e vistas deslumbrantes para a Serra dos Candeeiros.

Para terminar o roteiro, pode aproveitar para recarregar energias no Parque Almirante Vítor Trigueiros Crespo – Parque Verde, em Porto de Mós. O parque, com 700 m2 de área, tem um enquadramento de paisagem extraordinário, onde é possível aproveitar a vista da serra circundante e do castelo da vila.

Não perca a oportunidade de visitar um município tão rico em história e património natural.

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Tarouca

Tarouca

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Na origem da vila está patente a influência dos Mosteiros da região, destacando-se o de São João de Tarouca, o primeiro mosteiro fundado pela Ordem de Cister na Península Ibérica (séc. XII) e cujo domínio abrangia grande parte do Norte de Portugal.

O outro Mosteiro da Região denominado de Santa Maria de Salzedas foi fundado provavelmente no séc. XII, tendo-se tornado uma casa monástica muito rica.

A ponte fortificada de Ucanha, construída no séc. XIII, é um exemplar único no país. É uma marca do passado feudal em que cobrava portagem a quem atravessava aqui o território, entre Lamego e Riba Côa.

Ainda de destacar é a riqueza agrícola da região, com menção especial para a produção vinícola pois fazem-se aqui dos melhores espumantes do país.




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Óbidos

Óbidos

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A lindíssima vila de Óbidos, de casas brancas enfeitadas com buganvílias e madressilvas foi conquistada aos mouros pelo primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, em 1148. Mais tarde, D. Dinis doou-a a sua mulher, a rainha Santa Isabel. Desde então e até 1883, a vila de Óbidos e as terras em redor foram sempre pertença das rainhas de Portugal.

Envolvida por uma cintura de muralhas medievais e coroada pelo castelo mouro reconstruído por D. Dinis, que hoje é uma pousada, Óbidos é um dos exemplos mais perfeitos da nossa fortaleza medieval. Como nos tempos antigos, a entrada faz-se pela porta sul, de Santa Maria, embelezada com decoração de azulejos do séc. XVIII.

Dentro das muralhas, que sob o sol poente tomam uma coloração dourada, respira-se um alegre ambiente medieval feito de ruas tortuosas, de velhas casas caiadas de branco com esquinas pintadas de azul ou de amarelo, de vãos e janelas manuelinas, lembrando que D. Manuel I (séc. XVI) aqui fez grandes obras, de muitas flores e plantas coloridas.

Não deixe de visitar a Igreja Matriz de Santa Maria, a linda capela de São Martinho e, fora das muralhas, a Igreja do Senhor da Pedra.

Durante todo o ano, um programa de eventos traz alguma animação a esta pequena localidade, mas sem dúvida os mais concorridos são o Festival Internacional do Chocolate, o Mercado Medieval e a Óbidos Vila Natal, em que se decora a vila com motivos alusivos à época. De referir também, o FOLIO – Festival Literário Internacional de Óbidos, a SIPO – Semana Internacional de Piano de Óbidos, o Festival LATITUDES – Literatura e Viajantes e, mais recentemente o Óbidos Vila Gaming que concedem uma atmosfera especial a Óbidos.

É desde 2015, Cidade Criativa da Literatura da UNESCO.

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Marvão

Marvão

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Entre Castelo de Vide e Portalegre, a poucos quilómetros de Espanha, encontramos a tranquila vila de Marvão, no ponto mais alto da Serra de São Mamede.

O Monte de Ammaia, como era conhecido, deve o seu atual topónimo ao facto de ter servido de refúgio a Ibn Marúan, um guerreiro mouro, durante o séc. IX. O domínio árabe, que durou alguns séculos, terminou quando a campanha militar de 1160/66 da Reconquista Cristã aqui teve mais uma vitória, sob a ação de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal.

Geograficamente, Marvão é um ponto de defesa estratégico natural, marcado por encostas muito íngremes a Norte, Sul e Oeste, e com acesso a pé apenas pelo lado Este, para onde se desenvolveu a povoação.

Este facto não foi indiferente a conquistadores e a reis, que sempre se preocuparam com o reforço do castelo e das muralhas. Teve um papel fundamental em grandes conflitos militares, dos quais se recordam a luta entre o rei D. Dinis e seu irmão D. Afonso (1299), a Crise Dinástica de 1383-85, as Guerras da Restauração da Independência (1640-68), a Guerra da Sucessão de Espanha (1704-12) ou as Guerras Peninsulares (1807-11). A importância de Marvão foi reconhecida quando foi elevada a vila por D. Sancho II, em 1266. O foral foi renovado por D. Dinis, em 1299, e pelo Foral Novo de D. Manuel, em 1512, que deixou a sua ação assinalada pelo Pelourinho e pelas armas reais colocadas no edifício dos Paços do Concelho.

Dentro das muralhas, revela-se um bonito conjunto de arquitetura popular alentejana. Nas estreitas ruas de Marvão, descobrem-se facilmente arcos góticos, janelas manuelinas, varandas de ferro forjado embelezando as casas e outros detalhes de interesse em recantos marcados pelo granito local.

Do património edificado, para além do castelo e das muralhas que dificilmente se esquecem, destacam-se a Igreja de Santa Maria, transformada em Museu Municipal, a Igreja de Santiago, a Capela renascentista do Espírito Santo e o Convento de Nossa Senhora da Estrela, fora das muralhas.

Um dos principais motivos para visitar a vila é a bela vista sobre a região. Elegemos como miradouros a alta Torre de Menagem e a Pousada de Santa Maria, uma adaptação de duas casas da aldeia, onde também poderá descansar e saborear a gastronomia regional.

A Festa do Castanheiro, que se realiza em Novembro, é uma excelente oportunidade para a visita e para conhecer as gentes e costumes locais.




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Melgaço

Melgaço

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Junto à fronteira, a povoação de Melgaço desenvolveu-se à volta do castelo mandado construir pelo primeiro rei de Portugal D. Afonso Henriques no séc. XII. É o castelo mais setentrional de Portugal. Em Cevide, numa aldeia do concelho, está o marco nº 1 a assinalar o início do território, o ponto mais a norte do país, no sítio em que o Rio Trancoso e o Rio Minho se cruzam. Pode-se de alguma forma dizer que é “onde Portugal começa”.

Muito procurada pelas atividades radicais no Rio Minho, Melgaço oferece muitas atrações: o centro histórico, o património histórico românico, um museu dedicado às histórias da vila fronteira, um inesperado museu do cinema, trilhos à beira-rio, boa gastronomia e paisagens naturais incríveis ou não se estivesse na porta de entrada do único Parque Nacional, das serras da Peneda e do Gerês.


Museu de Cinema de Melgaço ©Turismo do Porto e Norte

A fronteira com a Galiza é feita por uma ponte romana, que era também cruzada pelos peregrinos a caminho de Santiago de Compostela. Os caminhos que atravessam os dois países tornaram-se passagens “naturais” de contrabando nas décadas de 1960 e 70. O Espaço Memória e Fronteira conta essa parte da história local, em que muitos habitantes viveram na clandestinidade. Os testemunhos reais documentados transportam o visitante para a época em que se ia “a salto” para o estrangeiro.

Na zona histórica de Melgaço, mais propriamente no edifício da antiga Guarda-Fiscal, fica o Museu de Cinema de Melgaço Jean-Loup Passek, que dirigiu o departamento cinematográfico do Centro Georges Pompidou, em Paris, e foi diretor do Festival de Cinema de La Rochelle. A sua paixão pelo cinema e pela vila de Melgaço permite agora desfrutar de uma original coleção, que demorou cerca de cinco décadas a compilar.

Situada numa região extremamente fresca e verdejante, onde se produzem os famosos Vinhos Verdes, não deve deixar de ser visitado o Solar do Alvarinho. No solar do séc. XVII, transformado em casa mãe da Rota do Vinho Alvarinho, poderá experimentar as diversas variedades deste vinho único produzido na sub-região de Melgaço e Monção.


Passadiços do Rio Minho ©Turismo Porto e Norte

A cerca de 4 km da vila, as Termas do Peso são muito procuradas pelas qualidades medicinais e relaxantes das suas águas. Os percursos marginais do rio ou Passadiços de Melgaço são um passeio quase obrigatório. O percurso ao longo das curvas do Rio Minho é linear, com apenas 5,7 km, começando na vila e terminando junto à estância termal.

Nas redondezas, conservam-se belos monumentos em estilo românico. Nas antigas dependências do Mosteiro de Fiães ficou hospedada D. Filipa de Lencastre quando veio de Inglaterra para se casar com D. João I (1385). Mesmo à saída da vila pela antiga estrada nacional, a Capela de Nossa Senhora da Orada, construída no séc. XIII, é um dos templos de maior devoção. Com uma bela vista sobre Melgaço, o contraste entre a riqueza arquitetónica e a paz do local conferem um misticismo ao lugar tornando-o verdadeiramente encantador. Em linha reta com a Ermida de Nossa Senhora da Orada, em Albufeira, no Algarve, os dois templos  assinalam os extremos do país marcando o maior comprimento em Portugal. Têm cultos semelhantes e comemorações na mesma data, a 15 de agosto.


Capela de Nossa Senhora da Orada ©C. M. Melgaço

Igualmente com um valor histórico inegável é a românica Igreja de Paderne, também conhecida como Igreja do Divino Salvador, que fazia parte do antigo Convento de Paderne. Com um interessante portal românico, no interior destacam-se os azulejos seiscentistas e o retábulo de talha dourada da capela-mor.

Uma das 5 portas de entrada no Parque Nacional da Peneda-Gerês pertence ao concelho de Melgaço: a Porta das Lamas de Mouro. É um centro interpretativo dedicado ao ordenamento do território, onde se encontra informação sobre o Parque, nomeadamente sobre os percursos pedestres, uma área de produtos locais e uma zona de lazer com parque de merendas e parque de campismo.


Parque Nacional da Peneda-Gerês, Castro Laboreiro ©C. M. Melgaço

A aldeia de Castro Laboreiro, a maior e mais antiga do concelho, está já na área do Parque Nacional. Fundada antes da Idade do Ferro, era uma aldeia inverneira, onde os pastores guardavam os animais nas estações mais frias. O nome é mais conhecido pela raça autóctone de cães, uma escolha de eleição para guardar os rebanhos e os defender dos lobos em tempos idos.

O Rio Minho e a Serra da Peneda são muito apreciadas para as atividades ao ar livre, como rafting, canyoning, canoagem, BTT, caminhadas, arborismo, escalada, slide e atividades náuticas.


Rafting Rio Minho ©C. M. Melgaço

Entre o rio e a serra, a gastronomia de Melgaço combina sabores muito distintos, os do rio Minho, os do pastoreio. As pesqueiras do Rio Minho são um método antigo de pescar sável e lampreia, uma das principais atividades locais. O arroz de lampreia é uma das especialidades, assim como as trutas do Rio Minho. De referir igualmente os pratos de cabrito e o pernil assado ao Alvarinho, em que a carne de porco é marinada com vinho verde da região. A destacar ainda o fumeiro e os queijos de cabra, do gado e rebanhos criados nos prados de Melgaço e na Serra da Peneda. Para acompanhar as refeições, o vinho verde é sem dúvida a opção certa. É um vinho fresco, suave e aromático.


Solar do Alvarinho ©Turismo do Porto e Norte

Quem tiver dificuldade em escolher a melhor altura para visitar Melgaço, sugere-se um dos eventos locais, como a Festa do Alvarinho e do Fumeiro, em abril. Melgaço em Festa é um programa cultural de verão, com espetáculos de música, teatro, dança, circo, literatura e artes plásticas na primeira quinzena de agosto. Entre julho e agosto, o MDOC - Festival Internacional de Documentário de Melgaço promove o cinema documental como forma de expressão artística e social, com filmes, debates, concertos e workshops.  Em setembro, época de vindimas, o Monção e Melgaço Granfondo levam-no a descobrir da região de onde é originário o Alvarinho. Um dos principais troços é a subida ao Alto de Alcobaça, um percurso que atravessa as paisagens deslumbrantes do vale do Rio Minho onde se produzem os tão apreciados vinhos verdes.




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