Representa POIs do Tipo Museus Palacios
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Centro de Interpretação da Comunidade Judaica de Torres Vedras
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O Centro de Interpretação da Comunidade Judaica situa-se no centro histórico de Torres Vedras, junto ao castelo e a 50 metros da antiga judiaria, e ocupa um conjunto de edifícios de arquitetura tradicional, conhecido por Cerca da Josefa.
Lá, ergue-se um memorial das vítimas de Torres Vedras da Inquisição: é relatada a história de como a antiga judiaria foi apropriada pela comunidade cristã, ao converter a sinagoga em celeiros e erguer aí um dos pontos da procissão do Senhor dos Passos.
É um equipamento composto por três espaços: numa primeira sala, é explicada a presença judaica em Portugal e em Torres Vedras, desde as suas origens até à expulsão e conversão forçadas, dando a conhecer acervo documental como contratos, cartas de perdão ou cartas régias; na segunda, é reconstruída a judiaria que existiu em Torres Vedras e descritas as principais famílias da comunidade, indicando nomes, profissões e práticas quotidianas, donde se destacava a família Guedelha, à qual pertencia o rabi-mor D. Judas Guedelha, fundador da sinagoga grande de Lisboa (1307); a última sala é dedicada à conversão forçada dos judeus em cristãos, chamados a partir daí cristãos-novos, às denúncias das práticas judaicas e ao impacto que a atividade inquisitorial teve e que constitui a parte mais dramática da história da comunidade judaica.
Centro de Diálogo Intercultural de Leiria
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O Centro de Diálogo Intercultural de Leiria, no coração do centro histórico da cidade, conjuga as memórias judaica e cristã. A operar na antiga Igreja da Misericórdia, construída em 1544 onde antes se encontrava a sinagoga judaica local, é um projeto museológico que tem o Livro como tema, centro da ideia de Revelação. É um elemento que atravessa diversas culturas e media diálogos entre estas; e foi também o objeto de aperfeiçoamento na antiga sinagoga, entre 1492 e 1497, pela mão da família Orta.
Esta foi uma das três primeiras casas impressoras em Portugal, centro fundamental de florescimento da cultura judaica sefardita, com a impressão de bastantes obras em caracteres hebraicos. Atualmente, é um local onde se pretende interpretar a herança deixada pela presença, ao longo dos séculos, das três importantes religiões monoteístas: Cristianismo, Judaísmo e Islamismo. Valoriza-se também a coexistência e a memória destas comunidades e identidades, com especial destaque para a judaica e cristã-nova de Leiria. A ideia de Livro une cultural e religiosamente estas religiões, tendo-se este afirmado como principal legado da comunidade judaica de Leiria no final da Idade Média.
O núcleo interpretativo ocupa ainda a conhecida Casa dos Pintores, um marcante edifício na trama medieval da cidade antiga, espaço por onde se desenvolve a exposição específica sobre a família Orta. Na antiga Igreja da Misericórdia, podem ver-se as excecionais imagens dos quatro Evangelistas, as pinturas do teto do templo cristão, o retábulo da capela-mor em talha dourada e os mármores policromos.
2400-190 Leiria
Centro de Memória Judaica de Vila Cova à Coelheira
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O edifício onde foi instalado o Centro da Memória Judaica é dos mais significativos na aldeia de Vila Cova à Coelheira. Conhecido oralmente entre a população como Sinagoga, nada de documental, porém, o comprova como espaço de culto ou oração da comunidade judaica.
O Centro valoriza uma identidade que durante séculos teve de ser escondida, pelo que a exposição se centra na perseguição lançada pela Inquisição.
Depois desta reconciliação com a memória da comunidade através da valorização da memória da perseguição, procura-se agora recolher documentação sobre a vivência e as famílias de judeus em Vila Cova à Coelheira.
3650-120 Vila Cova à Coelheira
Casa do Bandarra
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A Casa do Bandarra, centro de interpretação lúdico, educativo e científico, pretende preservar uma memória que faz parte da identidade portuguesa, através da figura do místico poeta Gonçalo Anes Bandarra (1500-1556). Nascido em Trancoso, ficou conhecido pelas suas trovas proféticas, nas quais anunciava o regresso do desaparecido Rei D. Sebastião.
Sapateiro de profissão, Bandarra foi considerado o Nostradamus português por Fernando Pessoa, célebre poeta do séc. XX. Inspirou autores como o famoso Padre António Vieira, jesuíta defensor do fim da discriminação entre cristãos-novos e cristãos-velhos no séc. XVII, e influenciou muito do pensamento messiânico na cultura portuguesa.
Tinha uma posição social reconhecida, era bem relacionado e muitos consideravam-no um intérprete literário e líder religioso. Em 1541, foi julgado pela Inquisição e proibido de interpretar a Bíblia ou escrever sobre religião; é incerto se descendia de judeus, mas as temáticas pouco usuais que abordou foram vistas como marcas de judaísmo. Faleceu em 1556, estando sepultado na Igreja de São Pedro, no centro histórico de Trancoso.
No pátio da Casa (localizada na mesma rua do Centro de Interpretação da Cultura Judaica Isaac Cardoso), as suas trovas podem ser “ouvidas” desde o fundo de um poço. Além de testemunhos orais de moradores da aldeia onde Bandarra se refugiou depois de sair da Inquisição, é possível o acesso a uma reconstituição do seu julgamento, a reproduções das Prosas e a variados documentos de arquivo.
Casa da Memória da Presença Judaica em Castelo Branco
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A Casa da Memória da Presença Judaica homenageia e conta a história de uma comunidade que muito contribuiu para o desenvolvimento de Castelo Branco na Idade Média e Idade Moderna, as suas memórias e o seu legado.
A visita inicia-se pela Torah, o elemento mais importante para uma comunidade judaica; segue-se a história da comunidade judaica de Castelo Branco, as suas Judiarias e respetivas características e respostas a questões que durante séculos ficaram por esclarecer.
Na transição entre o piso térreo e o primeiro andar, surge o Memorial das Vítimas Albicastrenses da Inquisição, num total de 329 processos identificados e estudados, em que estão identificadas as 21 vítimas mortais da Inquisição em Castelo Branco. Já o Piso 1 é um espaço inteiramente dedicado às figuras judias albicastrenses: Amato Lusitano, Maria Gomes, Afonso de Paiva, Elias e Moisés Montalto e Manoel Joaquim Henriques de Paiva.
O Piso 2 dispõe de uma zona de estudo e investigação, onde é possível a consulta a todo o tipo de material relativo ao estudo da temática Judaica. A Casa da Memória expõe ainda um conjunto de objetos, maioritariamente associados às festividades e rituais judaicos, e conta com uma loja onde se podem encontrar publicações relacionadas e produtos Kosher.
6000-176 CASTELO BRANCO
Casa da Memória Judaica da Raia Sabugalense
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Localizado no Largo do Castelo do Sabugal, a Casa da Memória Judaica ocupa o edifício da antiga Casa do Castelo. Ao longo de dois andares, painéis explicativos demonstram a relação desta região fronteiriça com os judeus e criptojudeus, entre os séculos XV e XVIII.
Testemunho da passagem e da presença de famílias judaicas nesta zona, no século XV, a Casa dá a conhecer personalidades judaicas que se estabeleceram neste concelho português após serem expulsos de Espanha em 1492.
Entre as peças arqueológicas em exposição, ganha especial destaque o armário que pode ter sido usado como Hejal (Aron Kodesh) -- onde eram guardadas as alfaias religiosas, especialmente o rolo da Torah -- conforme testemunha João Lopes Nunes, um local submetido a interrogatório pela Inquisição, em 1703.
Pode-se ainda assistir, no piso térreo, a um documentário sobre a presença e vida da comunidade judaica do Sabugal, que recebeu o Prémio Filme de Divulgação da Associação Portuguesa de Museologia em 2018.
Casa da Inquisição – Centro Interativo da História Judaica
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O Centro Interativo da Casa da Inquisição dá a conhecer a memória judaica na vila medieval de Monsaraz. Apesar da designação que persiste pela tradição local, não se terá localizado no edifício um Tribunal da Inquisição, porque o pequeno burgo de Monsaraz nunca possuiu semelhante estrutura; em vez disso, terá funcionado como albergue de um familiar do Santo Ofício ou, quem sabe, como estadia temporária de acusados, antes de seguirem para julgamento em Évora.
Tem uma zona dedicada ao património e à história de Monsaraz e diversas salas temáticas: “A Religião e o Homem”, centrada nas chamadas Religiões do Livro (Cristianismo, Judaísmo e Islão); e “O Judaísmo em Monsaraz”, um espaço dedicado à história e à presença judaica em Monsaraz, desenvolvido de acordo com os documentos e artefactos existentes. No "Espaço Passado/Futuro" são exibidas imagens da inquisição, do holocausto, de guerras e conflitos religiosos, para exemplificar o sofrimento do povo judaico ao longo da História.
O Centro possui ainda um gabinete de trabalho e de receção para investigadores e estudantes, proporcionando o desenvolvimento da investigação científica histórica.
Casa da História Judaica de Elvas
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A Casa da História Judaica de Elvas homenageia a influente comunidade judaica da localidade, situando-se num edifício que no século XVI foi transformado em Açougue Municipal. Apesar de não haver provas concretas, acredita-se que este espaço fizesse parte da antiga sinagoga da cidade. A ser o caso, esta é a maior das que foram descobertas até hoje em Portugal; a original ocuparia até ao dobro do espaço que vemos hoje.
Em pleno coração da Judiaria Velha, a construção de um local de abate de gado, especialmente suíno, pode ter tido como objetivo humilhar os criptojudeus e cristãos-novos, tornando o espaço "impuro".
Encontram-se visíveis 12 colunas que poderão corresponder às Doze Tribos de Israel; uma das casas contíguas tem um pequeno pátio onde ainda são visíveis degraus da época medieval, uma janela manuelina e vestígios de uma cisterna que, possivelmente, seria o ponto de água para os rituais de purificação das mulheres.
É possível também admirar uma exposição permanente no interior, sobre a história de algumas das famílias judaicas mais célebres da região.
Museu do Dinheiro
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O Museu do Dinheiro encontra-se na Baixa de Lisboa, na antiga Igreja de São Julião, aberto ao público desde a primavera de 2016. É um equipamento cultural que visa traçar a história do dinheiro em múltiplas vertentes, em Portugal e internacionalmente. Neste museu, conta-se a história do dinheiro ao longo da evolução das sociedades ocidentais e orientais, podendo ver-se coleções de moedas e notas do Banco de Portugal, assim como instalações interativas.
As peças do museu estão agrupadas em núcleos temáticos, que focam os pré-monetários e outros meios de pagamento, estórias de moedas singulares, a iconografia do dinheiro, a evolução da banca, o fabrico da nota e da moeda, as ilustrações das notas, os elementos de segurança e ainda um conjunto de testemunhos pessoais sobre o papel do dinheiro na vida do cidadão. O museu destaca itens como uma barra de ouro de 12,6kg, essencialmente pura, uma nota chinesa, moedas antigas e raras e uma fração da Muralha de D. Dinis.
Conta ainda com uma cafetaria e uma loja, assim como uma programação cultural diversa para todas as faixas etárias. O edifício pertence ao Banco de Portugal desde 1933; entre 2007 e 2012, realizaram-se obras de reabilitação e restauro da antiga igreja, assim como a instalação do museu, um projeto dos arquitetos Gonçalo Byrne e João Pedro Falcão de Campos.
1100-150 Lisboa
Museu do Aljube – Resistência e Liberdade
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O Museu do Aljube – Resistência e Liberdade é um museu instalado na antiga Cadeia do Aljube, na zona de Alfama, em Lisboa. Inaugurado a 25 de Abril de 2015, no 41º aniversário da Revolução dos Cravos, é um equipamento municipal dedicado à história e à memória do combate à ditadura e da resistência em prol da liberdade e da democracia.
É um museu histórico que pretende colmatar silêncios desculpabilizantes do regime que dirigiu Portugal entre 1926 e 1974; a exposição permanente apresenta aos visitantes uma caracterização geral do período, os meios de opressão sobre a população da época, os meios de resposta das oposições e ainda aspetos da luta anticolonial que levou ao golpe militar.
O edifício conta com uma loja e exposições temporárias no piso térreo, as quais também tomam lugar no piso 4, onde fica o auditório e onde existe uma vista panorâmica sobre a cidade e o rio Tejo. Do piso 1 ao 3, a exposição permanente está organizada em temas diversos, como movimentos clandestinos, autoridades, prisões e colonialismo; no último andar da exposição estão “Os que Ficaram pelo Caminho”, vítimas que nunca chegaram a ver o fim da ditadura em Portugal.
Há ainda um centro de documentação no edifício, que recolhe, trata e disponibiliza documentos materiais e imateriais no âmbito do museu e do seu tema, assim como uma biblioteca aberta ao público.
1100-059 Lisboa