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Arte e Cultura

Encontra-se nas aldeias e nas cidades, nos monumentos e nas tradições, onde se foram juntando influências que os portugueses aplicaram com criatividade. E o mar, sempre tão presente, também moldou a nossa personalidade e levou-nos além do continente europeu, permitindo aprender e partilhar com o resto do mundo.

A arte manuelina, os azulejos e o fado são expressões únicas e símbolos genuínos dos portugueses mas também um contributo para o Património Mundial. Só em Portugal, já foram efetuadas 16 classificações pela UNESCO, entre monumentos, paisagens e património intangível.

Escolhendo uma região, um itinerário ou um tema específico podemos descobrir um património único e paisagens diferentes a curta distância, onde ainda se mantem a autenticidade dos costumes locais. A gastronomia tradicional e a habitual hospitalidade do alojamento no espaço rural complementarão o passeio na perfeição.

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N1008

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Mosteiro dos Jerónimos

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Torre de Belém

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Arte e Cultura

Roteiro de Arte Urbana

Roteiro de arte para celebrar abril

Os murais são manifestações artísticas que representam verdadeiras janelas para a história e identidade de Portugal. Por todo o país, cada obra convida a conhecer a Revolução de 25 de Abril de 1974 através da arte, explorando o património cultural e turístico.

A arte urbana sempre foi um espelho dos tempos e com a celebração dos 50 anos do 25 de Abril, as cidades ganham novas cores para lembrar e celebrar a história. Se antes os murais revolucionários serviam para afirmar a liberdade recém-conquistada, hoje continuam a ser uma poderosa manifestação artística que liga passado e presente.

Após a Revolução, os murais surgiram como forma de expressão coletiva, carregados de simbolismo e de mensagens de resistência. Cinco décadas depois, a arte volta às ruas com novas linguagens e com o mesmo compromisso: celebrar a democracia.

Um dos exemplos é o projeto Murais da Liberdade, que convida a uma viagem artística, expondo a temática da Revolução em 14 localidades, ao longo do país. Cada mural conta uma história, através dos rostos de figuras incontornáveis como o capitão Salgueiro Maia e o músico Zeca Afonso, e de símbolos, como os cravos vermelhos. Há cidades que pedem uma paragem para um panorama artístico mais alargado, como Faro, no Algarve, a propósito das intervenções do Festival F, ou Ponta Delgada, nos Açores, que convida a um mergulho imersivo na criatividade com o Walk&Talk — Bienal de Artes.

Se gosta de descobrir cidades através da sua arte, este roteiro leva-o a murais que homenageiam o 25 de Abril.

PORTO E NORTE

Em Valença, o Circuito de Arte Pública Urbana, dedicado aos 50 anos do 25 de Abril, transformou a cidade num museu a céu aberto. Os murais e instalações interativas espalhados por esta cidade única convidam a uma reflexão sobre liberdade e a participação, ao mesmo tempo que embelezam o centro histórico.

Aprecie o encontro perfeito entre a arte contemporânea e a imponência da Praça-forte de Valença, que se ergue sobre a paisagem. Cada obra do circuito oferece uma nova perspetiva, tornando a cidade um destino perfeito para quem aprecia arte ao ar livre. Conheça as tradições e explore o artesanato local e os produtos típicos, celebrando a herança cultural da cidade.

Valença é o destino perfeito para quem procura uma experiência autêntica, onde a arte, a história e a tradição se encontram em cada rua e em cada canto da cidade.

LISBOA

Lisboa, Almada e Setúbal tornaram-se telas vivas com murais de celebração da Revolução e a Liberdade. 

Lisboa
é uma cidade onde a história se foi escrevendo na rua. No bairro de Belém, visite o maat – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, onde a arte contemporânea e o design desafiam os limites da criatividade. Nos Jardins, o mural coletivo "48 Artistas, 48 Anos de Liberdade" reinterpretou em 2022 o icónico Painel do Mercado do Povo de 1974. A obra foi feita por alguns dos artistas que participaram na versão original, como Teresa Magalhães e Guilherme Parente, e por novos criativos, como Vhils, Joana Vasconcelos e Maria Imaginário, refletindo a diversidade da arte portuguesa contemporânea. Admire mais arte urbana na zona ribeirinha, como o painel de Bordalo II no CCB, os murais em Alcântara ou na estação de comboio de Santos.

Por sua vez, a iniciativa "5 Décadas, 5 Artistas, 5 Murais" espalha pela cidade diferentes visões sobre a liberdade, criando um percurso que convida à descoberta e à reflexão. Cada mural conta uma história única: em Campolide, revive-se a Revolução com cenas marcantes do dia que mudou Portugal; perto do Castelo de São Jorge, na rua Costa do Castelo, a resistência e o papel do teatro ganham forma na parede, num mural de Kruella D‘Enfer; e na Rua dos Caminhos de Ferro, em Santa Apolónia, uma tela em tons de rosa e azul, produzida por Arisca, destaca uma simbologia de Igualdade e Sabedoria.

Se passar pela Avenida de Berna, perto da Fundação Calouste Gulbenkian, repare no mural  que presta mais uma homenagem ao capitão Salgueiro Maia e destaca igualmente o papel das mulheres nos movimentos de libertação das antigas colónias portuguesas. Feito originalmente, em 2014, por Vhils, Miguel Januário (+maismenos+), Frederico Draw, Diogo Machado (Add Fuel) e Gonçalo Ribeiro (Mar), foi recentemente renovado por quatro artistas: Tamara Alves, Sara Fonseca da Graça (Petra Preta), Moami e Mariana Malhão.

Outro projeto a destacar é o mural "1.500 Azulejos para Celebrar 50 Anos de Abril”, coordenado por Miguel Januário (+maismenos+). Criado com a participação de centenas de pessoas, a ideia distribui-se entre Lisboa e Porto, utilizando a tradição do azulejo para simbolizar um futuro democrático ainda em construção.

Para quem aprecia a ligação entre tradição e arte contemporânea, vale a pena visitar o Museu Nacional do Azulejo, onde a azulejaria portuguesa ganha novas leituras, e descobrir outros exemplos de arte urbana em Xabregas e Marvila, onde a vibrante cultura se revela no Festival Iminente.

Em Almada, o projeto "Conta-me Histórias", desenvolvido pelo Centro Artístico A Casa ao Lado, une gerações através da arte mural. Jovens artistas inspiraram-se em relatos de quem viveu o 25 de Abril, transformando as ruas numa exposição a céu aberto. Aproveite para explorar os murais espalhados pelo centro da cidade, onde vários artistas têm deixado a sua marca. Para um olhar mais experimental, a Casa da Cerca - Centro de Arte Contemporânea é uma paragem obrigatória.

Em Setúbal, a iniciativa "Histórias Que as Paredes Contam – 50 Anos de Muralismo", coordenada pelo chileno Alejandro "Mono" González, reuniu artistas de diferentes gerações à volta de um mural que ganhou vida à medida que a criatividade e a inspiração fluíam. Um projeto que refletiu a evolução do muralismo enquanto ferramenta política e artística. Quem quiser mergulhar ainda mais na identidade artística local pode visitar a Casa da Cultura de Setúbal, onde exposições temporárias exploram novas linguagens visuais.

Seja em Lisboa, Almada ou Setúbal, os murais de Abril transformaram as cidades em espaços de memória e criatividade.

ALENTEJO

Se procura destinos onde a história se cruza com a expressão artística, o Alentejo tem várias paragens obrigatórias.

Em Estremoz, a combinação entre a memória histórica e a identidade local revelam-se no mural comemorativo junto ao Parque da Porta de Santa Catarina. Criado pelos artistas Davide Alves e Miguel Gustavo, a obra assinala o papel da cidade na Revolução dos Cravos, homenageando o Regimento de Cavalaria nº 3 (RC3) e duas figuras locais: o Capitão Andrade de Moura e o Sargento Brás. A cidade é conhecida pelos tradicionais bonecos de barro, classificados como Património Cultural Imaterial da UNESCO, que podem ser vistos no Centro Interpretativo. Não deixe de passar no centro histórico, bem preservado, e entrar no Museu Berardo Estremoz, onde se valoriza a arte e a tradição da azulejaria.

Mais a norte, em Nisa, a arte ganha outras formas de expressão através da reinterpretação das tradições locais. A Rua de Santa Maria foi transformada numa tela contemporânea, em que a decoração das fachadas e pavimentos se inspirou nos bordados e rendas típicas. Os motivos geométricos e florais, característicos da olaria pedrada desta vila, desenham um percurso visual único que valoriza o património. Também em Nisa se pode admirar a Valquíria Enxoval, uma instalação têxtil da artista Joana Vasconcelos, que celebra o artesanato através de uma peça de grande impacto visual.

Os murais que celebram os 50 anos do 25 de Abril transformaram Portugal numa galeria ao ar livre, onde arte e memória se entrelaçam para contar a história da Revolução. De Norte a Sul, das ilhas ao continente, cada obra reflete a identidade e o espírito democrático do país, dando voz a novas gerações de artistas e reafirmando o papel da arte urbana como meio de expressão e de reflexão.

Celebre a liberdade num roteiro de cores, de formas e de histórias que marcam os muros das cidades portuguesas.


Oceanos de Diálogo

Oceanos de Diálogo na Expo Osaka Kansai 2025

Portugal tem muito a oferecer na Expo Osaka Kansai 2025. Será uma oportunidade para descobrir o país, fortalecer laços culturais e celebrar a histórica conexão entre Portugal e o Japão. A mascote portuguesa UMI, um cavalo-marinho cujo nome significa “mar” em japonês, vai guiá-lo numa viagem em que os mares ligam os dois países.

Oceano: Diálogo Azul

Na Expo Osaka, o pavilhão português tem como tema “Oceano: Diálogo Azul”, em homenagem aos oceanos que há séculos ligam Portugal e o Japão, celebrando uma história de intercâmbio e de influências cruzadas, desde a chegada dos navegadores portugueses ao Japão, no século XVI, até aos dias de hoje.

Portugal: Um destino para todos os sentidos

Em Portugal, o património conta séculos de história nas suas cidades e monumentos, a natureza estende-se das montanhas às praias banhadas pelo Oceano Atlântico e a gastronomia reflete tradição e inovação, enquanto os vinhos destacam a excelência do país. Por tudo isto, é um destino de bem-estar, onde cada experiência se torna memorável.

O ikigai, que no Japão representa a razão de ser e a motivação diária, encontra-se em Portugal na valorização do património, no desenvolvimento sustentável e na construção de um futuro inovador. Também a curiosidade - kokishin - é comum a Portugal e ao Japão. O espírito de descoberta e de exploração tem marcado a história de ambos os países e continua a inspirar novas ligações e aprendizagens. É esta ligação ao oceano e a constante busca pelo conhecimento que são representadas pela mascote portuguesa UMI.

UMI
UMI

Um roteiro de inspiração japonesa em Portugal

Faça um roteiro de inspiração japonesa em Portugal e visite os locais em que o testemunho das duas culturas continua presente.

Em Lisboa, o Museu do Oriente é um espaço de referência para compreender a relação deste país ocidental com o Oriente. Fique a conhecer os biombos Namban, que fazem parte de um conjunto de obras de arte que ilustram os primeiros encontros entre portugueses e japoneses, além de outras peças que refletem a troca comercial e cultural entre as duas nações.

Em Belém, descubra o Pavilhão da Ásia, no Jardim Botânico Tropical, onde se encontram peças e elementos decorativos de diferentes culturas asiáticas, do Japão à China. É um ótimo espaço para quem quer saber mais sobre a influência asiática em Portugal. Anualmente, o Jardim Vasco da Gama recebe a Festa do Japão, evento que celebra a cultura nipónica com exibição de artes marciais, caligrafia, origami, espetáculos musicais, cosplay e gastronomia japonesa.

A visita ao Museu Nacional de Arte Antiga é obrigatória. A grande coleção de arte oriental inclui objetos de porcelana, pinturas e peças de mobiliário que testemunham o intercâmbio entre Portugal e o Oriente durante a época das Descobertas.

No Bairro Alto, passe pela Casa Ásia, situada no Largo Trindade Coelho, entre a Igreja e o Museu de São Roque. Este espaço oferece uma perspetiva envolvente sobre a cultura asiática em Portugal e está totalmente adaptado a visitantes com deficiência visual e auditiva.

Imperdível, a Fundação Calouste Gulbenkian acolhe um importante acervo de arte japonesa, incluindo cerâmicas de Arita e pinturas que evidenciam a influência e sofisticação da arte nipónica.


Biombo Namban - Museu Nacional de Arte Antiga ©José Pessoa

No Alentejo, se quiser explorar a ligação do sul de Portugal ao Japão, passe por Évora e pelo Paço Ducal de Vila Viçosa, dois lugares visitados por quatro japoneses convertidos ao Cristianismo pelos Jesuítas, no século XVI. Na Sé de Évora, maravilhe-se com a imponência do órgão de tubos japonês, um património nacional com séculos de história e que foi tocado pelos primeiros príncipes que vieram do Japão para a Europa.

Numa viagem aos arquipélagos portugueses, considere uma passagem pelo Jardim Botânico José do Canto, em Ponta Delgada, nos Açores, para admirar as espécies botânicas japonesas, como o mirtilo-japonês e a gingko biloba, que também refletem a troca botânica entre as culturas oriental e ocidental ao longo dos séculos. Por sua vez, na Madeira, no Jardim Tropical Monte Palace, no Funchal, encontra o painel “A Aventura dos Portugueses no Japão”, composto por 166 azulejos que contam a história deste intercâmbio comercial entre as nações. Deixe-se envolver pela vegetação exótica, os bambus e as estátuas budistas em pedra.


Jardim Tropical Monte Palace ©Rumman Amin - Unsplash

Se deseja vivenciar ainda mais o espírito japonês em Portugal, participe nalguns dos mais icónicos eventos anuais que celebram a cultura a rigor e que atraem fãs de todas as idades. O Amadora BD, embora focado em banda desenhada, destaca-se pela presença de manga e anime. Por sua vez, o Iberanime, que se realiza em Matosinhos, é um evento dedicado exclusivamente à cultura japonesa, com concursos de cosplay, workshops e áreas temáticas sobre anime e tradições nipónicas. Já a Comic Con Portugal, em que a cultura pop se mostra e destaca, poderá apreciar anime e manga, entre as muitas atrações.

Como se vê, a história das relações entre Portugal e o Japão manifesta-se em diversos espaços culturais e naturais. Em Osaka, no Pavilhão de Portugal, terá igualmente uma oportunidade única de explorar e compreender esta ligação entre os dois países.


500 anos de Camões

Portugal, onde o amor e o mar são eternos

Embarque numa viagem que comemora os 500 anos do nascimento do célebre poeta Luís Vaz de Camões. Descubra o espírito intemporal do país, onde a tradição e mudança convivem em harmonia. Sinta a intensidade do amor e a vastidão do mar que inspiraram os versos de Camões.

Camões e o mar
Portugal é uma porta de entrada para o Atlântico, onde o mar é tão parte da vida como a própria terra. O ritmo das ondas, o horizonte e a brisa salgada foram as mesmas forças que inspiraram as obras de Camões. Em «Os Lusíadas», Luís de Camões descreveu a partida das naus portuguesas de Lisboa para a Índia, mas poderá sentir o mesmo espírito de descoberta noutros locais à beira-mar, como em Sagres, onde outrora os navegadores encaravam o desconhecido, ou em Sines, onde nasceu Vasco da Gama, figura histórica e personagem central do poema épico de Camões.

Tal como para os navegadores, Portugal oferece inúmeras oportunidades para os amantes da natureza e da aventura. Desde surfar nos vários spots de norte a sul do país, a velejar ao longo da costa portuguesa, existe uma forma de cada viajante viver esta relação entre Portugal com o mar, onde oceano não é apenas cenário; é uma presença, um lembrete do seu papel na construção da história.

Os caminhos do poeta
Para os amantes da literatura, Portugal oferece uma viagem no tempo, onde cada vila e cada monumento revela histórias e homenagens ao célebre poeta. Lisboa, onde Camões viveu e morreu, é o ponto de partida perfeito para uma jornada em busca das suas memórias.

No coração da cidade, há lugares como a Biblioteca Camões, situada no Largo do Calhariz, onde o nome do poeta é celebrado através de um acervo cultural que mantém viva a sua herança. No Miradouro de Santa Catarina, conhecido como Miradouro do Adamastor por causa da escultura do gigante personificando o Cabo das Tormentas que aí se encontra, é um símbolo das forças da natureza que Camões descreveu com tanto vigor. Muito próximo, no Largo Luís de Camões, ponto de encontro no charmoso bairro do Chiado, uma estátua presta homenagem ao poeta, imortalizando o seu contributo para a literatura portuguesa.

Na Baixa, ao caminhar pela Rua das Portas de Santo Antão, entre no Pátio do Tronco, onde Camões foi preso, lugar marcado por um painel de azulejos que o homenageia. Subindo a Calçada de Santana, encontrará a casa onde se crê que Camões tenha vivido os seus últimos dias, no nº 139.

A caminho do bairro de Belém, visite o Museu Nacional de Arte Antiga que abriga uma excecional coleção de arte portuguesa, incluindo pinturas, esculturas e artes decorativas dos períodos medieval e renascentista. Dedique algum tempo para apreciar as obras que retratam cenas dos «Lusíadas» e ganhe uma apreciação mais profunda das representações visuais do épico de Camões.

Em Belém, o Mosteiro dos Jerónimos é uma obra-prima arquitetónica e um símbolo das descobertas marítimas portuguesas. Construído em estilo manuelino, este Património Mundial da UNESCO está intimamente ligado à obra de Camões, «Os Lusíadas». Reserve um tempo para apreciar os detalhes na fachada e explore o seu belo interior, incluindo o túmulo de Luís de Camões e de Vasco da Gama.

A poucos passos do Mosteiro dos Jerónimos, encontra-se a icónica Torre de Belém que outrora guardava a entrada do porto da cidade. Este local testemunhou as partidas e chegadas de muitos dos navegadores mencionados em "Os Lusíadas". Suba até ao topo para desfrutar da vista panorâmica sobre o Rio Tejo e refletir sobre a importância histórica do passado marítimo de Portugal. Não deixe também de subir ao Padrão dos Descobrimentos, voltado para o Rio Tejo, que celebra as grandes figuras da era das viagens marítimas, onde Camões também está representado.

Embora Lisboa seja o local mais frequentemente apontado como a sua cidade natal, há quem defenda que Camões nasceu em Chaves. O roteiro camoniano desta cidade passa por vários locais de destaque histórico e cultural, incluindo a Praça de Camões, o Museu da Região Flaviense – instalado no Paço dos Duques de Bragança, preserva a história local e o possível legado do poeta na região – e a Torre de Menagem do antigo castelo medieval, um ponto de observação e memória que remete para o contexto histórico em que viveu e escreveu.

Acredita-se também que Camões tenha estudado em Coimbra, talvez no Mosteiro de Santa Cruz, onde se formaram alguns dos maiores pensadores da época. Coimbra, com o seu ambiente universitário, nas margens do Mondego, reflete o espírito de juventude e descoberta que marca os primeiros anos do poeta. Percorrer esta cidade é voltar ao tempo em que o poeta dava os primeiros passos na literatura e no pensamento.

A memória de Camões encontra-se ainda em vilas como Constância, onde dizem que terá vivido. Ao passear pelas ruas estreitas desta zona ribeirinha, sentirá que recuou no tempo, rodeado pelas mesmas paisagens e arquitetura que inspiraram os seus versos. Anualmente no dia 10 de Junho realizam-se as «Pomonas Camonianas», festas que retratam a época em que viveu o poeta, prestando-lhe homenagem. Visite o Jardim Horto de Camões, onde podemos encontrar 52 espécies botânicas referidas na obra lírica e nos «Lusíadas».

Ainda para os admiradores de «Os Lusíadas» e da história de Portugal, uma visita a Aljubarrota oferece uma viagem à essência do heroísmo português celebrado por Camões. Comece pelo CIBA – Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota e siga para o Campo de Batalha, onde o poeta exalta o valor de D. Nuno Álvares Pereira. No centro de Aljubarrota, conheça a lenda da Padeira de Aljubarrota, uma figura de resistência que ecoa o espírito de liberdade e da coragem que perpassa a obra de Camões. Continue pelo Mosteiro da Batalha, erguido em homenagem à vitória de 1385, e explore o Museu para uma visão mais profunda do contexto histórico.

A 10 de junho, dia da sua morte em 1580, comemora-se o Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas.

Na celebração dos 500 anos de Camões, descubra o legado de um poeta cujas palavras captaram a essência de ser português e floresceram ao longo dos séculos. Através dos livros e escritores, viva o espírito de um Portugal onde tradição e inovação coexistem e deixe que a obra do poeta seja o ponto de partida para a sua própria jornada de descoberta.


Descubra as cidades do interior

Prepare-se para uma viagem fascinante pelas cidades do interior de Portugal, onde a autenticidade se encontra em cada esquina e a história ganha vida em cada monumento. Deixamos-lhe dez convites para explorar, descobrir e apaixonar-se ainda mais pelo país.

Viaje até à região Porto e Norte

Miranda do Douro
Na margem do majestoso Rio Douro, Miranda do Douro encanta com a sua herança cultural e as suas inspiradoras paisagens. Não deixe de explorar o Parque Natural do Douro Internacional, onde poderá desfrutar de vistas de cortar a respiração e observar a vida selvagem única da região. Descubra também a gastronomia local, onde os sabores tradicionais se revelam em pratos singulares que irão satisfazer os seus sentidos.

Chaves
Conhecida pelas águas termais e pela sua história milenar, Chaves convida a visitar o castelo, uma impressionante fortaleza que oferece vistas panorâmicas sobre a cidade e os arredores. E, durante esta viagem, não se esqueça de provar os famosos pastéis de Chaves, uma iguaria que não pode perder.

Aventure-se no Centro de Portugal

Castelo Branco
Castelo Branco integra a Rede de Cidades Criativas da UNESCO, na categoria artesanato e artes populares, com o bordado das colchas. Com um castelo como símbolo icónico, a cidade convida a mergulhar na história e na cultura da região, a conhecer o Jardim do Paço Episcopal, um oásis de tranquilidade no coração da cidade, e a saber mais sobre o artesanato local. Visite o Museu Francisco Tavares Proença Júnior, que abriga uma coleção de arte portuguesa, de pintura, escultura, arqueologia e arte popular, e o Centro de Cultura Contemporânea. Já a gastronomia de Castelo Branco reflete a riqueza dos sabores regionais, por isso delicie-se com pratos tradicionais como o maranho e o bucho recheado.

Idanha-a-Nova
Além de preservar as suas tradições ancestrais, como o artesanato e a gastronomia típica da região, Idanha-a-Nova destaca-se como um importante centro cultural, sendo palco de eventos de música de renome internacional. Esta vila preserva e celebra a sua herança musical, com o adufe a fazer-se ouvir nas ruas. Explore também a natureza intocada da região, através de trilhos, rios e montanhas que maravilham os sentidos.

Covilhã
Nas encostas da Serra da Estrela, a Covilhã tem uma vasta tradição na indústria de lanifícios, além de combinar história e cultura graças à vibrante vida académica da Universidade da Beira Interior. Explore o centro histórico, onde poderá admirar a arquitetura tradicional, e suba ao ponto mais alto da Serra da Estrela, para desfrutar de vistas inspiradoras sobre a região e experimentar atividades ao ar livre, como esqui, snowboard e caminhadas. Anote ainda na sua rota: deleitar-se com as iguarias locais, como o queijo da Serra da Estrela, os enchidos e o borrego e cabrito assados.

Explore a serenidade do Alentejo

Arraiolos
Conhecida pela geometria dos padrões de tapetes bordados à mão, pelas oliveiras centenárias e pelas paisagens, Arraiolos é uma vila com um centro histórico bem preservado e tradições enraizadas. Dominando o horizonte da vila, encontra-se um dos poucos castelos circulares em Portugal, o Castelo de Arraiolos, uma fortaleza circular construída no século XIII, que recebe eventos culturais e festivais ao longo do ano. Além do castelo, esta localidade alentejana é também conhecida pelas suas muralhas históricas e pelo aqueduto que as rodeia. Se procura perder-se na paz e na serenidade do sul do país, em família, aqui a simplicidade da vida rural funde-se com a natureza.

Marvão
Localizada no topo de uma colina, Marvão é uma vila medieval que desafia a passagem do tempo e que parece recortada das páginas de um conto de fadas. O castelo destaca-se na paisagem, uma fortaleza que serviu como uma importante linha de defesa ao longo dos séculos e que permite ter uma visão panorâmica sobre a planície e o pôr do sol desta zona alentejana. Deambule pelas ruas estreitas de Marvão, onde as casas caiadas de branco e as flores coloridas criam um cenário pitoresco, ou opte por um passeio de bicicleta pelos trilhos no meio da natureza. Das praças tranquilas às igrejas antigas, motivos não faltarão para colocar este destino no seu mapa.

Évora
Como Capital Europeia da Cultura 2027 e Património da UNESCO, Évora é uma cidade que respira património e cultura. Explore alguns dos monumentos mais imponentes, como o Templo Romano que remonta ao século I, a Sé Catedral de Évora de estilo gótico e a lúgubre Igreja de São Francisco/Capela dos Ossos, que são testemunhos significativos do passado. Passeie pelas ruas, onde poderá descobrir lojas de artesanato local e experimentar a gastronomia e os vinhos alentejanos, conheça o Centro de Arte e Cultura Eugénio de Almeida e reserve algumas horas para explorar os recantos da Universidade de Évora e da Biblioteca Pública de Évora. Nas redondezas, caminhe pelo Parque Natural da Serra de São Mamede, desfrute da beleza natural da região e observe a vida selvagem única que aqui prospera.

Pelo sul do país, no Algarve

Alcoutim
Situada nas margens do Rio Guadiana, Alcoutim encerra em si mesma um segredo histórico: o legado de contrabando, que, durante vários séculos, levou os habitantes locais a desafiar as fronteiras políticas e económicas como meio de subsistência na região. Também o Prémio Nobel da Literatura nacional José Saramago manifestou a sua curiosidade pelos tempos antigos desta zona ribeirinha algarvia no livro Viagem a Portugal – uma nota revisitada pelo escritor José Luís Peixoto no projeto Viagem a Portugal Revisited, que destaca as atividades contrabandistas e a história dos pescadores entre duas margens. Entre tranquilos passeios de barco até Sanlúcar, visitas ao castelo amuralhado e às praias fluviais, como a do Pego Fundo, explore as paisagens verdejantes e deguste os produtos agrícolas locais e o peixe fresco pescado no rio.

Castro Marim
Conhecida pelas salinas de qualidade, pelo castelo medieval e pelas praias intocadas, Castro Marim é um convite para conhecer o coração do Algarve e evadir-se do bulício das grandes cidades. Explore a imponente fortaleza desta vila raiana, que oferece vistas deslumbrantes sobre a região, e descubra os segredos da sua história através de uma visita ao Museu Arqueológico Regional. Passeie pelos campos salgados, com um ecossistema único, e demore-se neste refúgio costeiro, para relaxar e desfrutar do sol e do mar.

Planeie a sua escapadela e embarque numa viagem inesquecível pelas cidades do interior de Portugal, para descansar, em família, do burburinho e azáfama dos grandes centros urbanos.


25 Abril, 50 Anos de Liberdade

Em Portugal, celebra-se a liberdade todos os anos no dia 25 de abril, mas também todos os dias em que se pode exprimir a opinião, dizer o que vai na alma, ser o que se quiser, escolher o destino. 

25 de abril de 1974. Neste dia histórico aconteceu a Revolução dos Cravos que acabou uma ditadura de 48 anos em Portugal. Para saber mais sobre o que aconteceu, evocam-se os símbolos, reconhecidos no mundo inteiro, dão-se a conhecer os lugares onde aconteceram os momentos mais importantes e há um programa alargado de eventos por todo o país.

OS LUGARES


Largo do Carmo

LISBOA
Apesar de terem existido ações em todo o território nacional, foi Lisboa, onde estava o governo, que se tornou o principal cenário de operações da Revolução. Durante a visita ao centro histórico, faça um itinerário pelos lugares onde se passaram os acontecimentos mais importantes do dia 25 de Abril: o Terreiro do Paço, o Largo do Carmo e o Chiado.

Quem quiser, pode repetir o percurso do dia da Revolução passando por 14 locais, como a Ribeira das Naus, o Terreiro do Paço e a Rua do Arsenal, entre outros, que estarão assinalados no chão por pequenas placas, com um QR Code para obter mais informação.

Não deixe de visitar o Museu do Aljube. Instalado numa antiga cadeia política, é dedicado à memória do combate à ditadura e à resistência, em prol da liberdade e da democracia. 

Seguir a linha de costa entre Lisboa e Cascais é um passeio cénico obrigatório. Ao passar pelas várias localidades – Algés, Caxias, Paço de Arcos, Oeiras, Carcavelos, Parede, São Pedro do Estoril, São João do Estoril, Estoril, Cascais - irá ver vários fortes que fizeram a defesa do Estuário do Rio Tejo ao longo dos séculos. Em Caxias, é de assinalar a referência a um dos Fortes, o que fica mais afastado da costa, que durante a ditadura serviu de cadeia da Polícia Internacional de Defesa do Estado, a PIDE.


Forte de Peniche ©Shutterstock / JPF

Peniche
Peniche é conhecida por ser palco das grandes competições de surf, pelas suas ondas perfeitas na Praia dos Supertubos. Vale a pena conhecer o património natural e cultural desta região, em que merece referência a Fortaleza de Peniche.

O Forte, construído no séc. XVI, foi uma importante praça militar da costa portuguesa durante séculos e voltou a ter um papel importante durante a ditadura, quando foi transformada em cadeia destinada a opositores políticos do regime. Atualmente é o Museu Nacional Resistência e Liberdade, para manter a memória desse período histórico.


Jardim Portas do Sol, Santarém

Santarém
Miradouro sobre a região fértil do vale do rio Tejo, em Santarém há um património histórico que vale a pena visitar. Como um livro de pedra, na cidade pode ficar a conhecer a história de arte portuguesa através dos monumentos, com particular destaque para os exemplos de arquitetura gótica.

A cidade também irá celebrar de forma especial o aniversário da Revolução dos Cravos, uma vez que foi de Santarém, da Escola Prática de Cavalaria, que partiu a coluna militar comandada pelo Capitão Salgueiro Maia, em direção a Lisboa, iniciando o golpe militar.


Forte de Santa Luzia, Elvas ©Christophe Cappelli / Shutterstock

Grândola
A sucessão de praias do litoral alentejano, entre Troia e Melides, pertence ao concelho de Grândola. Além de ter algumas das praias mais apreciadas da costa portuguesa, a localidade ficou para a história por ser o nome da canção de Zeca Afonso,  “Grândola, Vila Morena”.

A música foi escolhida pelo Movimento das Forças Armadas como o segundo sinal transmitido pela rádio, dando a indicação aos militares que se podiam pôr em marcha em direção a Lisboa. Iniciava-se assim a Revolução dos Cravos. A canção tornou-se um hino do acontecimento histórico e relembra os valores conquistados: a liberdade, a igualdade e a solidariedade.

Alcáçovas
No concelho de Viana do Alentejo, Alcáçovas é referência na lista de Património Imaterial classificado pela UNESCO, por ser o centro de fabrico tradicional de chocalhos, um saber transmitido de geração em geração, que obedece a um processo manual muito próprio. No Museu do Chocalho, conta-se essa história através de uma coleção particular com mais de 3.000 peças recolhidas ao longo de 60 anos.

Perto da localidade, foi no Monte Sobral que se realizou a primeira reunião entre os Capitães de Abril e onde se começou a delinear a Revolução dos Cravos.

Elvas
Sendo uma cidade perto da fronteira, a importância militar de Elvas é natural e por isso o elaborado complexo de fortificações militares justificou a sua classificação de Património Mundial pela UNESCO. No seu itinerário pela cidade, visite o Museu Militar de Elvas, onde se conservam os chaimites e veículos blindados que participaram na Revolução.


Murais de Liberdade, São João da Madeira © Ruído

Roteiro Artístico “Murais de Liberdade”
A partir de 1974, paredes e muros serviam de tela a mensagens destinadas a mobilizar quem passava na rua para os valores em luta. Atualmente, a arte urbana ocupou esses lugares e continua a ser uma forma de expressão de intervenção muito apreciada, que veio modificar a paisagem das cidades.

Num roteiro de norte a sul do país, em 14 localidades, os “Murais de Liberdade” revelam obras de arte urbana da autoria do projeto “Ruído”. Enquanto se passeia pelas cidades onde tiveram lugar os acontecimentos mais importantes da Revolução dos Cravos, poderá relembrar a história em murais onde se destacam temas e acontecimentos significativos, através dos símbolos representativos da liberdade, do humanismo e da democracia.

COMEMORAÇÕES

Por todo o país, há um programa alargado de atividades para assinalar a data e comemorar a Liberdade. Destacam-se as exposições de fotografia e de registos documentais da época, que mostram um Portugal diferente dos dias de hoje, e os concertos, que recordam uma das expressões mais importantes e universais de intervenção, a música.

Consulte o programa das Comemorações do Cinquentenário. No dia do 25 de Abril, terá a oportunidade de participar ou assistir a iniciativas nas principais cidades, com destaque para os Desfiles da Avenida da Liberdade, em Lisboa, e da Avenida dos Aliados, no Porto.

SÍMBOLOS


©ChayTessari / Unsplash

O Cravo vermelho
O cravo vermelho no cano de uma espingarda ou na mão é uma imagem icónica do 25 de Abril. Sendo uma flor da época, a história desse momento está ligada ao gesto de uma mulher, Celeste Caeiro. Vivia no Chiado e trabalhava num restaurante que no dia 25 de abril de 1974 celebrava o primeiro aniversário e tinha cravos vermelhos para oferecer aos seus clientes. Quando o dono percebeu pela rádio o que estava a acontecer nas ruas da cidade, fechou o restaurante e deu os cravos a Celeste. A caminho de casa, no Rossio, Celeste, ao ver os chaimites passar em direção ao Largo do Carmo perguntou a um soldado o que se passava e ofereceu-lhe um cravo que o colocou na espingarda. Assim foi dando os cravos a outros soldados que os iam colocando nas espingardas e outras floristas da Baixa fizeram o mesmo.
O cravo na espingarda ajudou o povo a identificar as tropas da revolução e ficou para a posteridade nas muitas imagens que se captaram desse dia.

O lápis azul
Durante a ditadura, nada se publicava em Portugal sem o visto prévio da Comissão de Censura do governo. Na imprensa, nos meios de comunicação social e em todo o género de manifestações culturais os censores vigiavam, riscavam os textos a lápis azul e proibiam tudo o que pudesse apresentar alguma ideia que pusesse em dúvida o regime e a ditadura. A liberdade de expressão foi uma das maiores conquistas de Abril.

A música
Ao dia da Revolução dos Cravos ficaram diretamente associadas duas músicas, transmitidas pela rádio, que foram usadas como sinais para dar início ao golpe de Estado que poria fim à ditadura do Estado Novo.

A primeira música foi “E depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho, transmitida pelos Emissores Associados de Lisboa às 22h55, na véspera, para que os militares iniciassem os preparativos para a operação militar desencadeada pelo Movimento das Forças Armadas.

Às 00h20, tocaria a canção Grândola Vila Morena”, de José Afonso (ou Zeca Afonso), na Rádio Renascença. Era a senha para a operação militar avançar, com forças vindas de Almada, Aveiro, Estremoz, Figueira da Foz, Mafra, Santa Margarida, Santarém, Serra da Carregueira, Tancos, Vendas Novas e Viseu.


A Demanda do Graal

Imagine-se um cavaleiro da corte do Rei Artur a participar na busca do Cálice Sagrado. Essa demanda não terá lugar no Reino de Logres, mas no coração de Portugal, nestas paisagens do oeste da Europa, outrora dominadas por cavaleiros templários e monges cistercienses. Este é o mote para um roteiro de dois dias em que poderemos redesenhar uma geografia mítica e partir numa busca imaginária que irá culminar em Tomar, o ponto de reunião dos heróis da demanda.

O percurso começa em Alcobaça, no Mosteiro erguido pela Ordem de Cister que adaptou os contos pagãos da Demanda do Graal segundo os preceitos das virtudes cristãs. Este é também o primeiro templo gótico em Portugal e lembra a abadia de Uter Pendragon, onde Galaaz fez a vigília e conheceu a sua missão. Prosseguimos para o Campo militar de Aljubarrota, palco da batalha em que D. João I venceu os castelhanos garantindo a independência de Portugal, tal como em Ginzestre, Lancelot derrotou o Rei Lionel. O Mosteiro de Santa Maria da Vitória celebra esse feito extraordinário numa arquitetura sublime, que tem o seu expoente nas Capelas Imperfeitas. 


Castelo de Almourol ©Paulo Magalhães

Continuamos por cenários que podiam ilustrar contos de cavalaria. É assim o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros que lembra a Terra Foraia com lagos que aparecem e desaparecem como o Polje de Minde, e antros profundos nas belíssimas grutas. Já o Castelo de Almourol, inacessível numa ilhota no meio do rio Tejo, foi um importante bastião defensivo da Ordem do Templo e palco imaginário de lendas de gigantes e donzelas.

Dedicamos o segundo dia a Tomar, cidade repleta de símbolos esotéricos. No Convento de Santa Iria, a imagem que a evoca no local do seu martírio revela, na base, uma figura conotada com o Rei Artur, um touro que olha para norte em direção à constelação do Boieiro onde cintila a estrela Arcuturus. Na Igreja de Santa Maria do Olival, panteão templário, descobrem-se os signos de Salomão e estrelas de David. Esta seria a Ermida da Oliveira Vermelha cenário das visões proféticas de Galvão e Estor.


Dornes

A cerca de 30 kms, fica a Torre atalaia de Dornes - o “castelo estranho” da amada do cavaleiro Dalides. Mais perto de Tomar existe uma piscina natural em forma de taça com o nome de “Agroal”, cujas letras colocadas por outra ordem formam “O Graal”. No centro da cidade, a roda do Rio Nabão lembra um selo rodado do 1º Rei de Portugal, D. Afonso Henriques no qual se lê “Portugral”. Seria este o “Porto do Graal”?


Mata Nacional dos Sete Montes

Ao visitar a Mata dos Sete Montes, o “Jardim de Urganda”, descobrimos a Charolinha no meio da vegetação frondosa e subimos a encosta para visitar o castelo e o Convento de Cristo. O conjunto reproduz o traçado dos muros de Jerusalém com o Santo Sepulcro no interior, e a Igreja Manuelina copia o Templo de Salomão nas suas proporções. A Charola, belíssima em forma de círculo, onde os cavaleiros templários assistiam à missa, rodeia o altar, uma távola redonda. Este poderia ser o Paço Espiritual onde a taça sagrada se manifestou e será o culminar deste roteiro, uma demanda em que o “Graal” não terá a forma de cálice, mas sim da descoberta de paisagens e monumentos deslumbrantes.


Os 4 elementos

Neste roteiro de três dias sentiremos a força dos 4 elementos da natureza, em paisagens preservadas há milhares de anos. A água dos grandes horizontes marítimos e dos rios, o ar de uma limpidez desarmante, o fogo cujo poder se manifestou na formação do planeta e a terra que, ora pedra dura, ora fértil, providencia alimento ao Homem.

O ponto de partida é a península de Peniche, outrora uma ilha que ao longo do tempo se ligou ao continente. Bem perto, o Baleal, pitoresca aldeia sobre um esporão rochoso, também se torna uma ilha durante a maré cheia que submerge o cordão arenoso, única travessia terrestre. No Cabo Carvoeiro, aprecia-se a força do mar e as formas das rochas esculpidas pela erosão. Ao largo, avistam-se as Ilhas Berlengas. Acrescentando mais um dia ao roteiro, pode-se marcar a viagem de barco até este pequeno arquipélago que é uma reserva natural, onde iremos encontrar um ecossistema único no mundo. Aí podemos percorrer os trilhos que  levam às grutas ou à praia de águas cristalinas e deslumbrarmo-nos com a vista.


Salinas da Fonte da Bica, Rio Maior ©Região de Turismo do Oeste

Prosseguimos para o interior, em direção ao Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros e surpreendemo-nos com as salinas em plena montanha, abastecidas pelas minas de sal-gema existentes nas profundezas. As Salinas da Fonte da Bica, a apenas 3 kms de Rio Maior, cobrem o solo no verão com um manto branco de talhões recortados geometricamente. Perto de Alcanede, fica a Gruta do Algar do Pena, a maior sala subterrânea descoberta em Portugal. No Centro de Interpretação, percebemos como a água moldou as formações complexas das estalactites e das estalagmites.

No dia seguinte dirigimo-nos a Alcobertas para ver um dólmen transformado em capela, um dos mais importantes monumentos megalíticos do género na Europa. Ao passar por Vestiaria, podemos apreciar o notável portal manuelino da Igreja de Nossa Senhora da Ajuda. Já em Valado dos Frades, podemos visitar a Villa Romana de Parreitas cuja fundação remonta à Idade do Ferro. Muito anterior a esta época, o miradouro jurássico de Alqueidão da Serra é um excelente ponto para observar toda a região; e distinguir as silhuetas do castelo de Porto de Mós ou do Mosteiro da Batalha


Grutas de Mira d'Aire©Luís Afonso

Mira de Aire, Santo António e Alvados são nomes de Grutas visitáveis no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros. Numa delas ou em todas, não podemos deixar de apreciar a beleza do interior da terra neste grande maciço calcário. Sobre o solo espera-nos outra surpresa. Perto de Fátima, na Pedreira do Galinha, encontram-se as pegadas dos dinossauros que aqui viveram há cerca de 175 milhões de anos. Este é o mais longo trilho de saurópodes conhecido em todo o mundo.

Para o último dia sugerimos ambientes verdes e frescos. Na Reserva Natural do Paul do Boquilobo, entre lagoas, riachos e ribeiras, os trilhos levam-nos a observar a maior colónia de garças-brancas da Península Ibérica, entre cerca de 200 espécies de aves aqui presentes. 

Prosseguimos até à Barragem do Castelo de Bode, um dos maiores lagos artificiais da Europa. nada como fazer um cruzeiro para nos deixarmos fascinar pela beleza de cada recanto da albufeira, enquanto enchemos os pulmões com o ar puro do pinhal. Para ter mais adrenalina podemos praticar desportos náuticos e terminar este itinerário de espírito renovado pelo contacto com a natureza."


Caminhos da Fé

Durante três dias partilhamos fé e crenças seguindo caminhos que nos guiam por sinais de manifestações divinas.

O itinerário inicia-se em Peniche, cidade de pescadores, onde visitamos a Igreja consagrada a Nossa Senhora dos Remédios, cuja fama milagrosa atrai grandes romarias. Na Atouguia da Baleia, oferecida pelo 1º rei de Portugal aos Cruzados que o ajudaram a conquistar Lisboa, visita-se a Igreja de São Leonardo, santo de devoção destes guerreiros. Prosseguimos para Óbidos, onde as muralhas protegem ruas estreitas de traça medieval. No passeio descobrimos o castelo e algumas igrejas no meio do casario. Como decerto haverá vontade de ficar nesta vila tão bonita, pode-se passar a noite no castelo ou numa casa senhorial, para rematar a jornada em grande estilo.


Sítio da Nazaré ©Lena Sib

No 2º dia, conhecemos as Caldas da Rainha, onde no séc. XV, D. Leonor mandou edificar o primeiro hospital termal do mundo. Rumamos à Nazaré, onde se desvenda no Sítio, no topo do altíssimo esporão rochoso, a marca da ferradura do cavalo de D. Fuas Roupinho. Reza a lenda que quando caçava um veado, este cavaleiro foi salvo da queda mortal ao invocar o auxílio de Nossa Senhora. Visitamos a Ermida da Memória e a Igreja do séc. XVII, e depois descemos à praia num dos mais antigos elevadores do país, para ter uma perspetiva diferente deste promontório banhado pelo Atlântico.

Prosseguimos para o Mosteiro de Alcobaça, que D. Afonso Henriques prometeu erguer se conquistasse Santarém. Construído pela Ordem de Cister em 1178 foi o centro espiritual destas terras consagradas à Virgem Maria. Na igreja, deixamo-nos invadir pela mística da sua dimensão e sobriedade. No transepto, estão os belíssimos túmulos de D. Pedro I e D. Inês que, colocados frente a frente, aguardam o reencontro no Dia do Juízo Final. Seguimos para Cós, para outro mosteiro cisterciense em que o exterior pobre e austero não deixa suspeitar da riqueza no interior. Nas redondezas, as Capelas da Senhora da Luz em Póvoa de Cós e da Senhora das Areias em Aljubarrota recordam a intervenção da Virgem na recuperação de chaves perdidas. Continuamos até ao Mosteiro da Batalha dedicado a Santa Maria, a quem D. João I pediu auxílio para derrotar os castelhanos em Aljubarrota. Os rendilhados de pedra desta obra-prima do gótico, a que o sol do fim de tarde acrescenta uma beleza sublime, são fascinantes.


Fátima

No último dia, conhecemos o Santuário de Fátima, Altar do Mundo, onde se sente o ambiente de religiosidade da Cova da Iria, visitada por milhões de peregrinos. O enorme recinto está circunscrito entre a imponente Basílica de Nossa Senhora do Rosário e a Igreja da Santíssima Trindade, mas é a Capelinha das Aparições que atrai os devotos. Erigida de acordo com o desejo transmitido pela Virgem, está ao lado da azinheira onde teve lugar a maioria das aparições. Na pequena aldeia de Aljustrel, podemos visitar as Casas dos Pastorinhos e descobrir outros cenários de aparições, como a Loca do Cabeço ou Valinhos.

Seguimos para Ourém. O seu nome está ligado ao romance trágico de Fátima, donzela moura, que por amor a um cavaleiro cristão se converteu ao Cristianismo e passou a chamar-se Oureana. O castelo é uma das mais inovadoras obras da arquitetura militar do séc. XV, hoje em dia transformado em palco de banquetes medievais. E assim terminamos este roteiro, com uma viagem no tempo jantando entre damas e cavaleiros.


O Tesouro dos Templários

Em dois dias, procuramos o “Tesouro dos Templários”, escondido no coração de Portugal. 

Dedique o primeiro dia a Tomar. Comece o percurso na Igreja de Santa Maria do Olival, uma das primeiras de estilo gótico em Portugal, mandada construir pelo Grão-mestre dos Templários, D. Gualdim Pais no séc. XII, para panteão da Ordem. Na Igreja de São João Baptista encontram-se os símbolos que contam a lenda da fundação da cidade. Bem perto, a Sinagoga do séc. XV mantém-se impecavelmente conservada. Já a Capela de São Gregório tem a forma perfeita da hóstia, símbolo da glorificação da Eucaristia. Antes de subir ao castelo, pode descansar no Parque do Mouchão. Atravessado pelo Rio Nabão, conserva uma roda, outrora um engenho necessário à economia local é hoje um dos pontos pitorescos mais fotografados.

O castelo fundado em 1160 pelos Templários, era o mais moderno e avançado dispositivo militar do reino, inspirado nas fortificações dos Cruzados na Terra Santa. Dentro do Convento de Cristo, a Charola, grande rotunda templária, é a maior e mais bem conservada da Europa. Inspirada na imagem do Santo Sepulcro é a memória mítica de Jerusalém e do Templo de Salomão, lugar da fundação desta Ordem. Extintos em 1312 pelo Papa Clemente V, aos Templários sucede em Portugal a Ordem de Cristo, que deu continuidade ao seu espírito de cruzada na epopeia dos Descobrimentos. Foi dos locais exóticos alcançados pelas caravelas que veio a inspiração para muitos dos elementos decorativos usados no estilo manuelino, cujo apogeu é a janela da igreja profusamente ornamentada. Percorrer todo o convento, onde se conjugam os estilos românico, gótico e maneirista, é como folhear um livro de história de arte.

No trajeto de descida, a Ermida de Nossa Senhora da Conceição revela-nos o mais puro estilo renascentista. Na Mata dos Sete Montes, vemos a Charolinha, templo miniatura escondido entre a vegetação frondosa. E mais à frente, surpreendemo-nos com o Aqueduto de Pegões de 7 quilómetros de extensão, importante obra pública do séc. XVII. Nesta altura, decerto o corpo já pede descanso; talvez para sonhar com os locais fantásticos que se visitaram durante este dia.


Castelo de Almourol ©Leoks

No segundo dia vai ser necessário automóvel. Seguimos a estrada para a barragem do Castelo de Bode e com tempo, fazemos um cruzeiro na albufeira para apreciar a paisagem. Na Atalaia, podemos visitar a Igreja Matriz, belo exemplar do estilo renascença. Continuamos até Vila Nova da Barquinha, de onde parte o barco para o Castelo de Almourol, que parece emergir no meio do Rio Tejo. Este cenário irreal faz pensar em lendas de gigantes e histórias míticas. Prosseguimos para a Golegã, terra de cavalos e cavaleiros onde se situa a Quinta da Cardiga, antiga propriedade dos Templários, hoje pertença de particulares. Seguimos de novo para norte em direção a Ferreira do Zêzere para ver, no Pereiro, as ruínas da Torre de D. Gaião e visiar a povoação de Areias, nas antigas terras templárias.

Este roteiro termina com outra preciosidade deste “Tesouro” – a Torre de Dornes. Exemplar raro da arquitetura militar, edificado pelos Templários para defesa do território, integra-se harmoniosamente na bonita aldeia situada nas margens da albufeira do Castelo de Bode. É mais uma imagem deslumbrante que levamos no regresso a casa.


Visita a Leiria

Leiria é uma Cidade Criativa da Música. Esta distinção, feita pela UNESCO, reflete o espírito inovador de uma cidade vibrante onde a música é apenas o mote para a descoberta do património cultural, arquitetónico e paisagístico de uma cidade criada em 1142, por D. Afonso Henriques, o 1º rei de Portugal.

A descoberta da cidade banhada pelo Rio Lis, começa na Praça Rodrigues Lobo. O nome da Praça, com várias esplanadas e calçada portuguesa, homenageia o poeta e escritor nascido em Leiria, em 1580. É ponto de encontro de Leirienses e visitantes e serve de palco a várias iniciativas culturais e desportivas que ocorrem ao longo do ano. O romance “O Crime do Padre Amaro do escritor Eça de Queiróz, publicado em 1875 e considerado a primeira obra literária do realismo português, faz várias referências à Praça e a outros locais da cidade que serviram de inspiração ao enredo.

Do coração da cidade, rapidamente se chega à Casa da Cidade Criativa da Música, uma obra da autoria do Arquiteto Gonçalo Byrne. O edifício espelhado reflete numa das suas fachadas o Castelo de Leiria, tornando-o ainda mais imponente. É um espaço dedicado ao desenvolvimento e promoção de projetos culturais, com residências artísticas, corporizando a missão traçada para a cidade: criatividade, cultura e desenvolvimento sustentável.

Vale a pena subir ao Castelo, que assume uma posição incontornável na identidade e na imagem de Leiria. A partir da emblemática galeria de arcadas, a vista sobre a cidade é deslumbrante. No interior das imponentes muralhas, é possível observar inúmeros vestígios das várias fases de ocupação e construção, entre as quais se destacam as obras de requalificação feitas pelo arquiteto suíço Ernesto Korrodi, no final do séc. XIX. Figura importante na história da cidade, são também da sua autoria inúmeras obras edificadas que poderá encontrar nas ruas de Leiria, como o atual Banco das Artes, edifício onde funcionou uma agência do Banco de Portugal, ou o Centro Cultural Mercado de Sant’Ana.

No largo que dá acesso ao Castelo e nas imediações da Igreja medieval de S. Pedro, um edifício moderno chamará a atenção. É o m|i|mo – Museu da Imagem em Movimento, um espaço dedicado ao cinema e à fotografia que vale bem a pena visitar. 


M|i|mo - Museu da Imagem em Movimento

Voltando em direção ao centro da cidade, percorra as ruas estreitas do centro histórico. A Rua Barão de Viamonte ou Rua Direita, como é vulgarmente conhecida, liga o Largo da Sé à Praça do Terreiro. É uma das ruas principais, com lojas de comércio local, restauração e artesanato bem como ponto de passagem em percursos culturais dedicados a rotas literárias, à arte urbana ou na animação de rua.

Continue até ao Largo da Sé, para conhecer a Catedral de Leiria, uma igreja construída em 1550 que tem como característica única o facto de a Torre Sineira estar afastada do edifício principal. Aquando do Terremoto de 1755, a Igreja sofreu sérios danos e foi necessário construir uma nova torre, em estilo barroco, junto a uma das antigas portas da muralha do castelo, a Porta do Sol ou do Sul. Ainda no largo, destaca-se um edifício antigo, com vários painéis em azulejos do período romântico, séc. XIX. No edifício funcionou a farmácia da Família Paiva e a fachada azulejada é um dos poucos exemplos deste período em Leiria e um interessante recurso publicitário.

No Largo Paio Guterres, também conhecido como Largo do Gato Preto (ao olhar para a calçada rapidamente se percebe a origem do nome), merece atenção a Casa dos Pintores. Este pequeno edifício, que integra atualmente o Centro de Diálogo Intercultural de Leiria, é uma peça de arquitetura histórica relevante, exemplo do traçado urbano medieval da cidade e representa o tipo de habitação mais antigo no centro histórico de Leiria. É assim chamada devido à grande quantidade de artistas que retrataram a sua fachada.

Ainda no centro histórico da cidade, mas agora na Rua Afonso de Albuquerque, um novo elemento arquitetónico da autoria do Arquiteto Korrodi embeleza o percurso. Trata-se da Casa do Arco, local onde existiu o Hospital e a Casa da Misericórdia.

Mas há muito para ver e fazer na cidade. Passear nas margens do Rio Lis através do percurso pedonal identificado - Percurso Polis, é uma proposta acessível a todos, seja contemplando calmamente a paisagem ribeirinha e as diferentes pontes ao longo do trajeto, ou aos que pretendem usufruir de um espaço para a prática desportiva em qualquer altura do ano. Junto à margem esquerda do Rio Lis, encontra-se a Igreja e o Convento de Santo Agostinho. O conjunto destes dois edifícios, onde atualmente está instalado o Museu de Leiria, está classificado como Imóvel de Interesse Público. O retábulo da capela-mor da Igreja foi projetado pelo Arquiteto Ernesto Korrodi no início do séc. XX. O espólio do Museu de Leiria inclui coleções municipais e a reserva arqueológica, que testemunham as vivências de um território longamente habitado. O museu é muitas vezes palco de concertos e desde a sua abertura já recebeu inúmeros prémios nacionais e internacionais.

Um pouco mais adiante e ainda na margem esquerda do rio, vê-se o Moinho de Papel. A sua história remonta a 1411 e terá sido um dos primeiros engenhos deste género a surgir na Península Ibérica. O edifício foi reabilitado pelo Atelier do Arquiteto Siza Vieira.

 Moinho do Papel, Leiria
 Moinho de Papel

Durante a visita ou, se preferir, no final, poderá desfrutar de uma Brisa do Lis, uma iguaria da doçaria conventual local que consiste num pequeno bolo feito de gemas de ovo, açúcar e amêndoas. Melhor ainda se o fizer no topo da colina onde se situa o Santuário de Nossa Senhora da Encarnação, monumento edificado no séc. XVI, a que se chega por um escadório barroco, do séc. XVIII, com 162 degraus. A Nossa Senhora da Encarnação é a padroeira de Leiria e a festa realiza-se a 15 de agosto, todos os anos.


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