Eventos

Durante vários dias, milhares de visitantes passam por este evento que agrega comércio, animação, indústria, atividades socioculturais e artesanato.

Entre os destaques imperdíveis estão a Quinta de São Pedro, com uma área dedicada aos animais de criadores locais, mais de 100 expositores de várias áreas de comércio, o Vinhos nas Linhas, um verdadeiro paraíso para os apreciadores de vinho, com provas e venda dos melhores da região e concertos no palco da Feira de São Pedro, com artistas conhecidos do grande público, que este ano no cartaz Xutos & Pontapés, Carlão ou Plutónio. Não faltarão os habituais divertimentos, restaurantes, tasquinhas e outras estruturas de comida e bebida.

Áreas Protegidas

Com uma área total de 1154 km2, o Geoparque do Oeste possui diversos locais e paisagens de importância geológica internacional que se distribuem por seis municípios: Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Peniche e Torres Vedras. A oeste, este território está delimitado pelo Oceano Atlântico, estendendo-se por 72 kms ao longo da costa, dos quais 15 kms são praias de areia, bem conhecidas dos veraneantes e dos praticantes de surf. 

O seu património geológico, que remonta ao período Jurássico, é internacionalmente conhecido pelas características únicas de preservação e pelas descobertas na área da paleontologia, tendo sido identificados mais de 180 sítios fósseis, incluindo ninhos com ovos contendo dos mais antigos embriões de dinossauro conhecidos em todo o mundo. As arribas litorais compostas por camadas com mais de 200 milhões de anos têm especial interesse para o turismo científico como é o caso do Estratotipo da Ponta do Trovão em Peniche que data do Jurássico inferior, ou das Praias de Paimogo na Lourinhã e de Santa Cruz em Torres Vedras do Jurássico Superior. 

Para melhor compreender este valioso património recomenda-se a visita do Museu da Lourinhã, em cujo pátio é possível observar um conjunto de pegadas de dinossauros, e do Dino Parque da Lourinhã, onde, de uma forma lúdica, se fica a saber mais sobre esta época tão distante.

Há muito mais para conhecer nesta região e a melhor forma de aprofundar esta descoberta será seguir alguns dos 28 percursos pedestres propostos pelo Geoparque Oeste. Mas é possível fazê-lo com menos esforço através de uma dezena de rotas para veículos automóveis (que incluem uma rota acessível) ou até num passeio de barco. Os percursos propostos estão organizados tematicamente e abrangem muitos interesses, que vão desde a biodiversidade da fauna e flora, aos diversos monumentos e museus. É de salientar a importância histórica destas terras que tiveram um papel de relevo na luta contra as invasões napoleónicas, já que foi aqui que se travaram algumas batalhas importantes, sobre as quais se poderá ficar a saber mais nos Centros de Interpretação das Linhas de Torres ou da Batalha do Vimeiro. 

Não se poderá deixar a região sem experimentar os sabores da sua gastronomia, sobretudo dos peixes frescos e mariscos, bem como os vinhos ou a aguardente vínica da Lourinhã. A criatividade destas gentes está ainda patente no artesanato, em que se destacam as Rendas de bilros de Peniche ou a cerâmica das Caldas da Rainha, e em festividades como o Carnaval de Torres Vedras.

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Museus e Palácios

O Centro de Interpretação da Comunidade Judaica situa-se no centro histórico de Torres Vedras, junto ao castelo e a 50 metros da antiga judiaria, e ocupa um conjunto de edifícios de arquitetura tradicional, conhecido por Cerca da Josefa.

Lá, ergue-se um memorial das vítimas de Torres Vedras da Inquisição: é relatada a história de como a antiga judiaria foi apropriada pela comunidade cristã, ao converter a sinagoga em celeiros e erguer aí um dos pontos da procissão do Senhor dos Passos.

É um equipamento composto por três espaços: numa primeira sala, é explicada a presença judaica em Portugal e em Torres Vedras, desde as suas origens até à expulsão e conversão forçadas, dando a conhecer acervo documental como contratos, cartas de perdão ou cartas régias; na segunda, é reconstruída a judiaria que existiu em Torres Vedras e descritas as principais famílias da comunidade, indicando nomes, profissões e práticas quotidianas, donde se destacava a família Guedelha, à qual pertencia o rabi-mor D. Judas Guedelha, fundador da sinagoga grande de Lisboa (1307); a última sala é dedicada à conversão forçada dos judeus em cristãos, chamados a partir daí cristãos-novos, às denúncias das práticas judaicas e ao impacto que a atividade inquisitorial teve e que constitui a parte mais dramática da história da comunidade judaica.

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