www.visitportugal.com

Romance

Primeiro que tudo com o mar. O mar sempre inspirou os portugueses, que com ele têm uma relação que perdura no tempo. Foi o mar que nos fez ousar nos Descobrimentos e ele nos ensinou a nostalgia, a tristeza da partida, os amores desfeitos, a saudade.

Mas também nos ensinou a chegada. E com ele aprendemos a arte de bem receber, o encanto de dar as boas vindas. Em paisagens de campo ou de mar, abrimos ao romance palácios, como o Buçaco, quintas e solares, como os que podemos encontrar à beira Douro numa Paisagem do Património Mundial, onde se recebe generosamente quem nos visita.

Também a luz e a cor de Portugal inspiram romance. É luz e cor de mar, mas é também a luz coada no recanto dum bosque de Sintra, os tons difusos por entre a folhagem que inspiram poetas, pintores, amores. Podemos vivê-los numa viela de Alfama, em Lisboa, na planície do Alentejo derramada aos nossos olhos ou na ilha da Madeira, tão famosa para luas de mel. E em tantos outros sítios, como no arquipélago dos Açores ou no litoral alentejano, onde a natureza permanece intocada à espera de ser descoberta.

Ninguém resiste ao encanto dum castelo medieval adaptado aos tempos modernos, onde podemos dedicar-nos às coisas boas da vida. Num spa, numa refeição memorável, numa praia a perder de vista, numa prova de vinhos, num programa de cultura e lazer.

Um passeio de charrete, um jantar à luz das velas, um pôr do sol sobre o mar são momentos que ficam para sempre. Mesmo que seja por poucos dias, o clima ameno, a variedade de paisagens e os ambientes românticos garantem momentos inesquecíveis em Portugal.

Codigo Interno: 

N1018

Galeria Videos: 

Imagem Detalhe: 

Miradouro de São Pedro de Alcântara

Imagem de pesquisa: 

Baía

Adicionar a novidades: 

0

Tab Genérica: 

Detalhes de Experiência: 

Romance

Visitar Óbidos

Não deixe de…
  • subir às muralhas
  • beber uma Ginjinha num copinho de chocolate

A vila medieval de Óbidos é uma das mais caraterísticas e bem preservadas de Portugal.

Suficientemente perto da capital e situada num ponto alto, próximo da costa atlântica, Óbidos teve uma importância estratégica no território. Já ocupada antes de os romanos chegarem à Península Ibérica, a vila tornou-se mais próspera a partir do momento em que foi escolhida pela família real. Desde que o rei D. Dinis a ofereceu a sua esposa D. Isabel, no séc. XIII, ficou a pertencer à Casa das Rainhas que, ao longo das várias dinastias, a foram beneficiando e enriquecendo. É uma das principais razões para se encontrarem tantas igrejas nesta pequena localidade.

Dentro de muralhas, encontramos um castelo bem conservado e um labirinto de ruas e casas brancas que encantam quem por ali se passeia. Entre pórticos manuelinos, janelas floridas e pequenos largos, encontram-se vários motivos de visita, bons exemplos da arquitetura religiosa e civil dos tempos áureos da vila. 

A Igreja Matriz de Santa Maria, a Igreja da Misericórdia, a Igreja de São Pedro, o Pelourinho e, fora de muralhas, o Aqueduto e o Santuário do Senhor Jesus da Pedra, de planta redonda, são alguns dos monumentos que justificam uma visita atenta. Assim como o Museu Municipal de Óbidos, onde se encontram as obras de Josefa de Óbidos. Foi, no séc. XVII, uma pintora de referência e uma mulher com uma atitude artística irreverente no seu tempo. Os seus quadros refletem a aprendizagem com grandes mestres da época como os espanhóis Zurbarán e Francisco de Herrera, ou os portugueses André Reinoso e Baltazar Gomes Figueira, seu pai.

Qualquer altura é boa para visitar Óbidos. Pelas histórias de amor que aí se contam e pelo ambiente medieval, é uma sugestão inspiradora para um fim-de-semana romântico ou simplesmente tranquilo. E se incluir uma noite de alojamento no castelo, então o cenário será perfeito. 

Na gastronomia local, destaca-se a caldeirada de peixe da Lagoa de Óbidos, ainda melhor se acompanhada pelos vinhos da Região Demarcada do Oeste. Outra atração é a célebre Ginjinha de Óbidos, que se pode apreciar em vários locais, de preferência num copinho de chocolate.

Durante todo o ano, um programa de eventos traz alguma animação a esta pequena localidade, mas sem dúvida os mais concorridos são o Festival Internacional do Chocolate, o Mercado Medieval e a Óbidos Vila Natal, em que se decora a vila com motivos alusivos à época. De referir também, o FOLIO – Festival Literário Internacional de Óbidos, a SIPO – Semana Internacional de Piano de Óbidos, o Festival LATITUDES – Literatura e Viajantes e, mais recentemente o Óbidos Vila Gaming que concedem uma atmosfera especial ao lugar. É desde 2015, Cidade Criativa da Literatura da UNESCO.

Não muito longe, fica o extenso areal da Praia d’El Rey, onde os golfistas podem apreciar um campo de golfe com vista para o mar atlântico. Passando a cidade das Caldas da Rainha, cuja história também está ligada à Casa das Rainhas, encontra-se a praia da Foz do Arelho, ligando a Lagoa de Óbidos ao mar. Um bom local para um almoço de marisco e peixe fresco ou para um fim de tarde ao pôr-do-sol, à beira-mar. 


Praias do Algarve

Dos longos areais protegidos por falésias douradas às pequenas baías aninhadas entre rochedos, o Algarve tem praias para todos os gostos. Em comum oferecem a certeza de umas férias perfeitas ao sol.

E quais são os ingredientes desta oferta? O clima ameno, que conta com a presença do sol cerca de 300 dias por ano. O mar de águas límpidas, quase sempre tépidas e tranquilas. E as areias, finas e brancas, um convite irrecusável à descontração, num gesto tão simples como estender a toalha ao sol para ganhar um bronzeado invejável, ou brincar a construir castelos à beira-mar na companhia dos mais pequenos.

Da costa sudoeste perto de Aljezur até ao extremo leste junto a Vila Real de Santo António são cerca de 200 quilómetros de praias muito diversas entre si. A maior parte tem boas condições de segurança e qualidade reconhecida pela bandeira azul da Europa, com equipamentos que garantem o desporto e a diversão. Muitos são areais de grande beleza que oferecem cenários idílicos para momentos românticos, e outros ficam perto de locais de animação noturna, procurados por aqueles que não dispensam música e dança nas férias. Mas também há praias quase desertas, em que a natureza se preserva num estado praticamente selvagem.

Há um grande número de praias acessíveis a pessoas com dificuldades de locomoção e muitas têm mesmo equipamentos que permitem que todos usufruam dos banhos de mar. E também há praias reservadas aos naturistas, e outras que por serem pouco frequentadas têm áreas em que essa prática é tolerada. 

As praias mais inexploradas estão na Costa Vicentina, em contraste com a zona central, entre Lagos e Faro, onde se encontram areais cosmopolitas, consequência da maior densidade de oferta hoteleira, que inclui muitos resorts de alta qualidade. O Parque Natural da Ria Formosa é uma reserva de sossego, uma área de águas plácidas recortadas por ilhas, canais e lagoas, que marca a transição para leste, onde os mares são mais quentes e suaves e os areais muito extensos. 

Quase todas as praias possuem restaurantes e bares para descansar e tomar um refresco quando o sol está a pique, saborear o peixe fresquíssimo da região ou ficar a apreciar o entardecer, com o sol a esconder-se nas águas do mar. O remate perfeito para um dia bem-passado. 


O Porto em poucos dias

Não deixe de…
  • visitar a Casa do Infante, junto à Ribeira
  • admirar o casario antigo de Miragaia, bem perto do cais da Ribeira
  • de dia ou à noite, passear pela rua Galeria de Paris e adjacentes, perto da Torre dos Clérigos
  • dar um pulo à Rua Miguel Bombarda para uma lufada de design e arte contemporânea
  • passear no Parque da Cidade, com frente marítima
  • desfrutar das boas praias e esplanadas junto à Foz
  • provar uma francesinha, uma das especialidades do Porto
  • provar os peixes frescos e mariscos, ou os bolinhos de bacalhau
  • conhecer um pouco do litoral a norte ou a sul do Porto
  • sair à noite no Porto
  • conhecer as Festas de São João

Nuns breves dias de visita ao Porto, há locais que não podemos deixar de conhecer. No dizer de muitos visitantes, esta cidade tem algo de místico que dificilmente se consegue descrever e que varia conforme o local, a hora e a luz do dia.

Mas que passa seguramente pelas pessoas, conhecidas por serem liberais e afáveis no trato, assim como pelo Douro e o património das duas margens, com as suas pontes e monumentos, azulejos, varandas floridas e ruas de comércio. O centro histórico do Porto e a margem do rio Douro do lado de Gaia, onde ficam as caves do vinho do Porto, estão classificados Património Mundial.

A Estação de S. Bento, com o átrio forrado a azulejos, é ideal para iniciar um percurso. Pouco mais à frente fica a , a não perder, de cujo terreiro se oferece a primeira vista sobre o rio, o casario e a outra margem. Dali podemos descer por escadinhas e ruas medievais até à Ribeira, com esplanadas e recantos pitorescos. Vale a pena ficar um pouco para sentir o ambiente e absorver o rio com a ponte D. Luís e a margem em frente, antes de entrar num cruzeiro sob as seis pontes do Porto. Depois de se ver do rio a silhueta do casario e das torres das igrejas, espera-nos o interior dourado da Igreja de S. Francisco. Bem próximo podem espreitar-se mais igrejas e monumentos, azulejos nas fachadas e visitar o Palácio da Bolsa. O elétrico parte junto ao rio para um percurso que segue até à Foz, onde se pode passear a pé e encher os pulmões de ar do mar. Ali começa a Av. da Boavista. Não longe fica Serralves, com jardins para passear ou descansar e exposições de arte contemporânea. O museu é obra de Álvaro Siza Vieira, um dos mais destacados arquitetos da Escola de Arquitetura do Porto, galardoado com o prémio Pritzker.

Junto à Rotunda da Boavista fica a Casa da Música, que se impõe pela sua forma arquitetónica e cartaz cultural. Nesta zona encontram-se boas lojas para compras. Mas também se encontram junto à Av. dos Aliados. No caminho ficam os jardins do Palácio de Cristal, com outra panorâmica sobre o rio, e o Museu Soares dos Reis. Outro jardim, cheio de esculturas, é o da Cordoaria, envolvido por igrejas e outros monumentos. Vale a pena subir à Torre dos Clérigos para nova vista sobre o Porto. Logo ali, a livraria Lello que inspirou histórias de Harry Potter. Continuamos a pé até aos Aliados, passando por lojas e prédios arte-nova. Após conhecer esta vasta avenida, vale a pena seguir até à Rua de Santa Catarina, só para peões, para fazer compras à vontade. O Café Majestic é ideal para uma pausa.

Ainda falta ir à margem sul do rio para visitar as caves do vinho do Porto e provar o vinho no seu ambiente peculiar. A partir da Ribeira, podemos atravessar a pé a ponte D. Luís e ver deste lado, uma das mais bonitas vistas sobre o Porto. E ainda se pode passear no teleférico de Gaia, que sobe e desce deste lado do rio.

Em termos gastronómicos, este lado do cais é uma boa opção, mas a Ribeira também fervilha de restaurantes e esplanadas, tal como a Foz, com belas vistas sobre o mar. Portugal conquista os turistas pela sua gastronomia, mas isso ainda é mais verdade no Porto e na região norte. Em qualquer restaurante, mais requintado ou mais popular, há a certeza duma boa refeição acompanhada pelos excelentes vinhos do Douro, ou pelo fresco vinho verde, característico da região.


Relaxar no Alqueva, o Grande Lago

Não deixe de…
  • dormir sob as estrelas do Alqueva num barco casa
  • provar o vinho da região
  • deliciar-se com a gastronomia tradicional
  • subir ao castelo de Monsaraz

Para passar uns dias descontraídos e em boa companhia, o Grande Lago em que se transformou a albufeira do Alqueva é o pretexto perfeito para relaxar.

Falamos de um dos maiores lagos artificiais da Europa, construído sobre o Rio Guadiana. Tem uma albufeira de 250 km2 e abrange cinco concelhos do Alentejo, com muitos pontos de interesse. Na margem direita, recebem-nos os castelos de Juromenha, Alandroal, Terena, Monsaraz e Portel e, na margem esquerda, Mourão e Moura são miradouros privilegiados sobre este espelho de água. 

O lago veio dar uma atmosfera surpreendente a esta região. Onde antes havia campo, com oliveiras, sobreiros e azinheiras, hoje vemos água e vida renovada, com ótimas condições para atividades ao ar livre e para a prática de desportos náuticos como a vela, o ski e wakeboard ou para passeios em canoa e kayak, sempre tão revigorantes. Para os amantes das caminhadas e da bicicleta, há percursos cursos sinalizados que se podem fazer. São uma boa forma de descobrir costumes e tradições e nos integrarmos com as populações locais.

É um bom sítio para fazer uma surpresa à família, para a levar num passeio pelas estradas panorâmicas em redor do Alqueva ou, melhor ainda, alugar um barco-casa e dormir debaixo de estrelas. O que também é uma ideia a considerar para um fim-de-semana romântico. Não podemos esquecer que estamos numa região onde o céu foi considerado pela UNESCO uma reserva para observação de estrelas. À noite, as luzes públicas são reduzidas ao mínimo, para possibilitar as condições perfeitas para ver o céu, mesmo para os mais astrónomos mais principiantes.

Não podemos deixar de ir à nova Aldeia da Luz, a única povoação submersa pelas águas da barragem que teve de ser literalmente mudada de sítio. A propósito, foi criado um Museu, em que grande parte do espólio é constituída por objetos dos habitantes e onde todas as memórias da antiga aldeia ficaram registadas.

Também a localidade de Monsaraz é incontornável. Uma vila-museu medieval preservada, com muralhas e ruas de xisto que encanta e surpreende. Muito próximo, na área do Convento da Orada, o Cromeleque do Xerez, de forma quadrada, é uma visita obrigatória.

Naturalmente, no Alqueva, como por todo o país, não é possível resistirmos aos sabores da comida regional. Neste caso, destacam-se as açordas, as migas, os pratos de carne de porco, os enchidos e os vinhos do Alentejo.

No Grande lago, é fácil deixarmo-nos cativar pelo turismo rural enquanto apreciamos os prazeres da vida simples do campo e contemplamos a natureza em redor.


Lisboa num dia

Não deixe de…
  • andar de elétrico
  • provar um pastel de Belém

Num dia, é possível conhecer os principais pontos da capital portuguesa – museus, monumentos e vistas de encher o olho.

Primeiro, a começar a manhã logo do topo: das muralhas do Castelo de São Jorge, uma vista sobre toda a cidade, as outras colinas, o Tejo, os rooftops. É um local sereno para saborear Lisboa, do cimo deste reduto conquistado por D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, aos mouros em 1147.

Ao descer a encosta a pé, apanha-se o elétrico 28 frente ao miradouro das Portas do Sol, para se passar (e parar) na mítica Sé de Lisboa. É um edifício histórico de traçado românico, alicerçado onde antes já houve uma mesquita e se pode atualmente visitar o Museu do Tesouro e os claustros. Ao retomar a rota do 28, segue-se em direção à Baixa, zona do mapa lisboeta feita para andar a pé. Sobe-se em direção ao Chiado, já é altura de almoçar. Quer numa esplanada, quer num restaurante mais exclusivo, a oferta é muita e variada.

Chega a tarde, e segue-se o sol sempre para oeste. Guarda-se algum tempo para visitar o Museu Nacional de Arte Antiga, um dos mais emblemáticos do país, a contar com um sem-número de esculturas, ourivesaria e pinturas portuguesas e europeias dos séculos XIV a XIX – com o destaque principal para os Painéis de São Vicente. Entra-se na rota dos museus, que prossegue já para Belém, rumo ao Museu dos Coches, que alberga um espólio único no mundo de viaturas tantas, muitas utilizadas pelas cortes portuguesa e europeias.

Segue-se para o imponente Mosteiro dos Jerónimos, que está classificado como Património da Humanidade desde 1983. Um verdadeiro livro em pedra e mármore sobre um período dourado da História de Portugal, vale a pena aventurar-se pelos claustros e pela igreja, onde jazem os afamados Luís de Camões e Vasco da Gama, depois de passada a vista pelo portal sul a pente fino.

Aponta-se ao limite ocidental da Praça do Império, um impressionante edifício já moderno chama a atenção: é pois o Centro Cultural de Belém, paredes de mármore raramente à parte do panorama cultural e mediático da cidade, com um programa diverso e reputado de espetáculos. É onde está instalado o Museu de Arte Contemporânea - Coleção Berardo.

O dia está a chegar ao fim, e já com o sol rasante, vai-se até à Torre de Belém. A antiga fortaleza foi erigida no século XVI, com vista a defender a entrada do Tejo dos ataques por via marítima – à moda portuguesa, é uma estrutura militar que se destaca invulgarmente pelos seus elaborados adornos, os quais pertencem à escola de estilo manuelino.

Termina-se o passeio pelos lados de Belém – ou volta-se ao centro histórico, a passadas largas para o Bairro Alto, uma das zonas com maior concentração de animação noturna de Lisboa, com oferta de restaurantes, bares e discotecas para todos os gostos e disposições.


Vale do Douro

Não deixe de…
  • visitar algumas das quintas produtoras de vinho que se dedicam ao enoturismo
  • pernoitar nos hotéis de inspiração vínica que existem no Porto e Vale do Douro
  • participar nas vindimas
  • fazer um cruzeiro ambiental no rio junto a Miranda do Douro
  • visitar as aldeias vinhateiras de Barcos, Favaios, Provesende, Ucanha, Salzedas e Trevões

O Vale do Douro também podia ser chamado de vale encantado tal a beleza e encantamento que as suas paisagens oferecem.

Com partida do Porto, onde o rio desagua e onde desaguam também os vinhos do Douro (de mesa) e do Porto (vinho generoso) produzidos nas suas encostas, podemos conhecer de várias maneiras esta Paisagem Cultural, classificada Património Mundial: por estrada, de comboio, num barco de cruzeiro, ou até de helicóptero. Nenhuma delas nos vai deixar indiferentes. 

Num percurso pelos Miradouros que oferecem as melhores vistas, teremos que cruzar o rio de norte para sul e vice-versa. Mas no caminho podemos admirar paisagens deslumbrantes sobre o rio e visitar vinhas, vilas e aldeias até chegar a Miranda do Douro, onde o rio entra em Portugal.

Começamos por visitar em Vila Nova de Gaia as caves onde o vinho do Porto envelhece. Ficamos a conhecer um pouco melhor este vinho aproveitando, como não poderia deixar de ser, para provar o precioso néctar. E no rio ainda hoje podemos apreciar antigos barcos rabelo, os únicos que transportavam o vinho das quintas produtoras até à foz antes da construção das várias barragens que tornaram o rio navegável.

No Peso da Régua, o Museu do Douro dá-nos a conhecer outra perspetiva da cultura do vinho e da região. Não longe, mas na margem sul, fica Lamego, uma das mais bonitas cidades do norte de Portugal, situada na base duma imensa escadaria de azulejos azuis e brancos que leva ao Santuário de Nossa Senhora dos Remédios. No Pinhão, mesmo à beira do rio, a estação de caminhos de ferro é de visita obrigatória para ver os seus antigos azulejos dedicados à cultura da vinha.

Antes de chegar ao Pocinho, podemos fazer um desvio na margem sul para conhecer o castelo de Numão e apreciar a vista sobre o horizonte. Pouco mais a leste fica o Parque Arqueológico de Foz Coa, uma galeria de arte rupestre ao ar livre classificada Património da Humanidade, assim como o respetivo Museu em Vila Nova de Foz Coa.

Chegando a Barca de Alva entramos no Parque Natural do Douro Internacional já que o rio daqui até Miranda do Douro faz fronteira entre Portugal e Espanha. Neste percurso o rio corre apertado entre altas escarpas até chegar à pequena cidade raiana onde entra em Portugal.

Até Barca de Alva, o Alto Douro Vinhateiro é também a mais antiga região vinícola demarcada do Mundo. O rio fez a primeira obra cavando na terra os vales profundos, enquanto o Homem transformou as montanhas de xisto em terra e muros e nela plantou a vinha, verde no verão, cor de fogo no outono. Com uma sabedoria herdada de gerações, inclinou os terraços para que os raios de sol abracem as videiras e deem às uvas o calor de que o vinho precisa. Por isso dos frutos da terra e do trabalho do Homem se fez este vinho e esta paisagem únicos.


Aldeias históricas

Não deixe de…
  • percorrer as ruas estreitas do Piódão e reparar nas janelas e portas azuis
  • experimentar um voo de parapente em Linhares da Beira
  • provar as sardinhas doces de Trancoso
  • admirar as ruínas do castelo e da antiga Casa da Câmara em Marialva e do Paço de Castelo Rodrigo
  • percorrer as muralhas de Almeida em forma de estrela
  • descobrir as caras do Mendo e da Menda em duas casas de Castelo Mendo
  • conhecer a história de Belmonte no Museu interativo
  • descansar no Chafariz da Bica em Castelo Novo e apreciar a arquitetura do Largo
  • apreciar as várias fases de construção da catedral de Idanha-a-Velha
  • trazer um adufe ou uma marafona de Monsanto

Feitas de granito e xisto, as aldeias históricas conservam histórias de conquistas e tradições antigas e deslumbram pelas paisagens, património e simpatia das gentes que as habitam.

Assentes no alto das serras, distinguem-se ao longe nas altivas torres dos seus castelos medievais. É por isso que estão estrategicamente alinhadas ao longo da fronteira. Reis e senhores da terra sabiam que assim podiam dormir mais sossegados. Enganavam-se por vezes. Mouros e cristãos, castelhanos e portugueses, todos tentaram tomá-las para si e por isso cada uma tem uma história muito antiga ou uma lenda para contar. Hoje são pacíficas e mantêm nas pedras da rua e das casas o que Portugal tem de mais genuíno: a autenticidade do seu povo e o orgulho de uma História com 900 anos.

São doze no total e para as conhecer sugerimos um percurso que começa no único local onde não há um castelo para visitar – o Piódão. A aldeia estende-se pela encosta escondida nos confins da Serra do Açor, e talvez por isso não tenha sido necessário fortificá-la. A visita implica uma grande caminhada, pois não há outra forma de percorrer estas ruas estreitas que serpenteiam entre as casas de xisto. 

Em Linhares da Beira, já na Serra da Estrela, destaca-se o castelo erguido num planalto, ponto de vigia sobre o horizonte. Mas também não devemos perder a igreja matriz de origem românica que guarda tábuas atribuídas a Grão Vasco, importante pintor quinhentista. O centro histórico de Trancoso está rodeado por muralhas medievais e integra uma Judiaria onde podemos descobrir símbolos hebraicos gravados nas pedras das casas.


Marialva foi uma importante praça militar na Idade Média, e Castelo Rodrigo conserva as ruínas de outra fortaleza com marcas de histórias de lutas e traições. Já as muralhas da vila de Almeida, vistas do ar, formam uma estrela de doze pontas que podemos percorrer de um extremo ao outro. Esta sólida estrutura defensiva foi construída no século XVII transformando o burgo medieval numa praça-forte. Em Castelo Mendo, outra povoação fortificada, vamos encontrar as figuras que representam o alcaide que deu nome à aldeia, e a sua esposa esculpidas na pedra de duas casas.

Belmonte, austera na sua arquitetura de granito, viu nascer o navegador Pedro Álvares Cabral, que em 1500 descobriu o Brasil e acolheu judeus expulsos de Castela nos séculos XV e XVI, mantendo ainda hoje uma comunidade ativa que frequenta a sinagoga. A 760 metros de altitude, Sortelha está situada sobre um terreno de rochedos escarpados, que envolvem a aldeia formando um anel. Da torre do seu castelo a vista é de cortar a respiração. 

Em Castelo Novo, com belos exemplares de casas senhoriais, merecem destaque a Casa da Câmara, a Cadeia e o Chafariz de D. João V em estilo barroco. Idanha-a-Velha guarda as ruínas da antiga Egitânia e a catedral visigótica. Logo ao lado, Monsanto, já foi considerada a «aldeia mais portuguesa de Portugal», galardão que é recordado pelo galo de prata no cimo da Torre de Lucano. Esta é a última aldeia deste périplo e aqui costuma dizer-se que não se sabe se é a casa que nasce da rocha ou a rocha que nasce da casa, de tal modo é perfeita a integração na paisagem.

Para melhor organizar a sua viagem consulte as ofertas de atividades e de alojamento que as Aldeias Históricas têm para si em www.aldeiashistoricasdeportugal.com


Visitar Viana do Castelo

Não deixe de…
  • conhecer o Porto de Pesca, assistindo à partida dos barcos para a faina

Viana do Castelo é uma das mais bonitas cidades do norte de Portugal. A sua participação nos Descobrimentos portugueses e, mais tarde, na pesca do bacalhau mostram a sua tradicional ligação ao mar.

A Viana do Castelo depressa se acede a partir do Porto, ou de Valença para quem vem de Espanha. Do monte de Santa Luzia pode observar-se a situação geográfica privilegiada da cidade, junto ao mar e à foz do rio Lima. Esta vista deslumbrante e o Templo do Sagrado Coração de Jesus, edifício revivalista de Ventura Terra, de 1898, podem ser o ponto de partida para visitar a cidade.

Viana enriqueceu-se com palácios brasonados, igrejas e conventos, chafarizes e fontanários que constituem uma herança patrimonial digna de visita. No Posto de Turismo pode-se pedir uma brochura e fazer percursos de inspiração manuelina, renascença, barroca, art deco ou do azulejo. Percorrendo algumas das ruas do centro histórico sempre se chega à Praça da República, o coração da cidade. É onde ficam o edifício da Misericórdia e o chafariz, quinhentistas, assim como os antigos Paços do Concelho. Não longe fica a românica Sé ou Igreja Matriz.

Virada para o mar que fez a história de Viana, uma igreja barroca guarda a imagem da Senhora da Agonia, da devoção dos pescadores. Sai todos os anos a 20 de agosto para abençoar o mar numa das festas mais coloridas de Portugal, onde são de referir a beleza e riqueza dos trajes típicos que desfilam nas festas.

É que Viana - conhecida também pela filigrana em ouro - tem sabido manter as suas tradições, como se pode ver no Museu do Traje (traje e ouro), no Museu Municipal (especial relevo para a típica louça de Viana que aqui se expõe) ou no navio Gil Eanes. Construído nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo para apoiar a pesca do bacalhau, o navio aqui está de novo ancorado para memória das tradições marítima e de construção naval da cidade.

Mas Viana do Castelo é também considerada uma “Meca da Arquitetura” graças aos muitos e importantes nomes da arquitetura portuguesa contemporânea que assinam equipamentos e espaços da cidade. É o caso da Praça da Liberdade de Fernando Távora, da Biblioteca de Álvaro Siza Vieira, da Pousada da Juventude de Carrilho da Graça, do Hotel Axis de Jorge Albuquerque ou ainda do Centro Cultural de Viana do Castelo, de Souto Moura, entre muitos outros.

Nas redondezas da cidade podemos fazer um passeio pela ciclovia litoral ou fluvial ou por um dos muitos trilhos assinalados, assim como praticar surf, windsurf ou kitesurf e bodyboard em praias de areia fina e dourada. E ainda fazer jet-ski, vela, remo ou canoagem no rio Lima


Cascais e a Costa do Estoril

Não deixe de…
  • saborear uma refeição de peixe fresco, com vista para o mar
  • conhecer Cascais de bicicleta
  • comer um gelado, à beira mar
  • ir à praia
  • aprender a fazer surf
  • divertir-se nas noites quentes de verão de Cascais e do Estoril

Cascais e o Estoril, na costa a norte de Lisboa, tornaram-se um dos locais mais cosmopolitas e turísticos de Portugal, a partir do momento em que o rei D. Luís I escolheu a baía para sua residência de verão, no final do séc. XIX.

O clima ameno e uma média de 260 dias sem chuva por ano foi com certeza um motivo forte para esse facto e para as famílias mais abastadas da época seguirem a casa real e aí terem as suas vivendas e palacetes. Vale a pena fazer o passeio e sentir ainda hoje o ambiente desses tempos.

Para lá chegar, ir pela estrada marginal de Lisboa até Cascais ou de comboio é uma boa opção. É um percurso muito cénico, sempre acompanhando o rio Tejo e as concorridas praias da costa do Estoril. Ao longo do caminho, passamos por vários fortes que defendiam a capital, em fogo cruzado com o Forte do Bugio, bem no meio da foz, entre Santo Amaro, de um lado, e a Trafaria, na outra margem.


Buçaco, Luso, Curia – um passeio na Bairrada

Não deixe de…
  • apreciar a vista do miradouro da Cruz Alta na Serra do Buçaco
  • visitar o Vale dos Fetos e a Fonte Fria
  • seguir os trilhos da Mata Nacional
  • beber água nas nascentes do Luso
  • andar de gaivota no Lago do Parque Termal da Curia
  • provar o Leitão assado
  • fazer um brinde com espumante da Bairrada

Entre a majestosa floresta do Buçaco e as estâncias termais do Luso e da Curia, encontramos uma região que nos oferece tudo para nos tratarmos bem.

Começamos pela beleza das paisagens que tem como expoente a Serra do Buçaco, um sítio mágico, que no século XVI foi protegido por decreto papal e transformado em retiro monástico isolado do resto do mundo. Ainda hoje, espalhadas pela serra, se encontram as ermidas e capelas que formam a Via Sacra, e que podem ser visitadas seguindo um dos trilhos para descoberta da Mata Nacional. Mas há outros percursos e visitas guiadas que nos levam a conhecer árvores centenárias, muitos lagos e cruzeiros e em que vamos encontrar lugares que permanecerão na nossa memória como o Vale dos Fetos ou a Fonte Fria. 

Outra imagem inesquecível será decerto a do Palace Hotel que emerge entre a vegetação frondosa. Em estilo neomanuelino, o palácio foi construído no final do séc. XIX para os últimos reis de Portugal ocupando parte do Convento de Santa Cruz, de que hoje ainda subsistem os claustros e algumas celas. É mais um lugar encantado neste ambiente propício ao romance e ao contacto com a natureza.

Bem perto, na vertente oeste da Serra do Buçaco, situam-se as Termas do Luso, cuja nascente fornece uma das águas minerais de mesa mais consumidas no país. A estância termal data do final do século XIX, embora as propriedades terapêuticas das águas já fossem conhecidas um século antes, e conserva os edifícios originais que aliados a um spa inovador a tornam um espaço privilegiado de bem-estar. 

A cerca de 15 quilómetros, as Termas da Curia rivalizam na oferta de saúde e lazer. Aqui respira-se um ambiente da “Belle époque” evocado por construções das primeiras décadas do século XX. Para além do estabelecimento termal, não faltam hotéis com muito charme, um lago artificial com cerca de um quilómetro de perímetro, um circuito de manutenção e campos de ténis e golfe. Tudo pela vida saudável! 

Para além das águas, os vinhos e a gastronomia dão fama a esta região designada por “Bairrada”. O leitão assado é a especialidade mais famosa e atrai muita gente que se desloca de propósito para o saborear. A acompanhá-lo os vinhos brancos, tintos ou espumantes que aqui se produzem são a escolha mais acertada. Se os quisermos conhecer melhor podemos visitar os Museus que lhe são dedicados como o Museu do Vinho da Bairrada e o Aliança Underground Museum, ou seguir a Rota da Bairrada para provas e compras nas caves e adegas dos produtores. Rematamos este passeio com um brinde aos prazeres da vida.


Páginas

Pesquisa avançada
Planeamento Veja os favoritos que selecionou e crie o seu Plano de Viagem ou a sua Brochura.
Esqueceu a sua password?
Faça login através de redes sociais
*Aguarde por favor. *As instruções de recuperação de password serão enviadas para o seu e-mail. *E-mail não enviado. Tente novamente.
Faça login através de redes sociais