Representa POIs do Tipo Monumentos
Monumentos
Igreja do Salvador de Real
Monumentos
Ampliada e remodelada no século XVIII, os elementos românicos remanescentes nesta Igreja apontam uma cronologia bem tardia para a sua edificação, que terá ocorrido provavelmente entre os séculos XIII e XIV. Da construção medieval conservou-se o portal principal primitivo, composto por duas arquivoltas ligeiramente quebradas e sustentadas por colunas com capitéis. Desta época, conserva-se também um arcossólio, do lado exterior da parede sul.
Integra a Rota do Românico do Tâmega e Sousa.
4605-332 Vila Meã - Real (Amarante)
Mosteiro de Santa Maria de Cárquere
Monumentos
Segundo uma antiga lenda, a origem da povoação está ligada à Igreja que o Conde D. Henrique mandou construir, em 1099, em memória de um milagre que teria curado D. Afonso Henriques de uma enfermidade congénita.
O templo é manuelino e a capela-mor é gótica dos fins do século XIII. No seu interior destacam-se duas imagens que representam Nossa Senhora, a Branca, de pedra de Ançã, do século XIV, e Nossa Senhora de Cárquere, escultura de marfim.
Realizam-se procissões no 4.º Domingo de Maio e outras festividades sem data fixa.
Integra a Rota do Românico do Tâmega e Sousa.
4660-059 Cárquere (Resende)
Ponte de Espindo
Monumentos
A Ponte de Espindo é formada por um só arco de volta perfeita apoiado em sólidos pilares que arrancam diretamente das margens. O aparelho dos paramentos revela os sucessivos arranjos a que foi submetida, com cantaria de regularidade diversa.
Ponte de origem medieval, mais tardia que a de Vilela, apresenta um tabuleiro em cavalete ou dorso-de-burro que atesta o seu carácter mais gótico que românico.
Integra a Rota do Românico do Tâmega e Sousa.
4620-364 Meinedo (Lousada)
Castelo de Paderne
Monumentos
Edificado em época almóada, numa fase já tardia da presença islâmica no Algarve (séculos XII ou primeiras décadas do século XIII), esta fortaleza rural é um paradigma da arquitetura em taipa militar muçulmana em Portugal.
Ao contrário do que ocorria em épocas anteriores, em que a rede militar se centrava primordialmente nas cidades, os progressivos avanços do reino português levaram à construção de uma segunda linha fortificada, constituída por fortalezas rurais de média dimensão. Situado entre as importantes urbes de Silves e Loulé, o castelo de Paderne controlava assim uma importante passagem entre o interior e o litoral algarvio.
No pequeno recinto existiu uma alcaria envolvida por uma robusta muralha, cuja porta de acesso era protegida por uma torre albarrã. As ruas estreitas contavam com um sistema de esgotos que conduzia as águas residuais e pluviais para o exterior da muralha e os quarteirões eram constituídos por habitações com pátio central.
Após a conquista cristã, em 1248, pelos cavaleiros da Ordem de Santiago, os novos ocupantes adaptaram o modelo urbanístico inicial. No interior, entre ruínas de vivendas, duas cisternas testemunham os dois principais períodos de ocupação do castelo: o islâmico e o cristão.
A passagem do reino do Algarve para a coroa portuguesa determinou o progressivo abandono deste importante reduto militar, que ficou bastante danificado pelo terramoto de 1755.
O Castelo de Paderne está identificado como um dos sete castelos representados na bandeira de Portugal.
8200 Paderne
Igreja de São Francisco / Capela dos Ossos - Évora
Monumentos
Na frontaria sobressai uma galilé com arcos de estilos diferentes, um exemplo típico do "casamento" entre os estilos gótico e mourisco que se encontra em tantos monumentos desta região de Portugal. Sobre o portal manuelino repare nas divisas dos reis que a mandaram construir, D. João II e D. Manuel I, respectivamente o pelicano e a esfera armilar.
A igreja tem a particularidade de ter uma nave única, que termina numa abóboda nervurada, a de maior vão no gótico português. Nos lados, encontram-se doze capelas, todas revestidas de talha barroca. A capela-mor, datada do início do séc.XVI, mantém ainda relevantes elementos renascentistas como as tribunas. Não deixe de observar na capela da Ordem Terceira, num dos braços do transepto, a harmoniosa decoração de pedra, talha e azulejo.
No interior, pode-se ainda visitar a curiosa Capela dos Ossos, construída durante o período filipino (séc. XVII), com os pilares e as paredes completamente revestidos por ossadas. De notar ainda o portal renascentista tardio com os capitéis das colunas decorados de forma diferente consoante a face que se vê (do exterior ou do interior).
7000-650 Évora
Sé Catedral de Évora
Monumentos
A maior catedral medieval de Portugal.
Igreja fortificada de traça gótica, a Sé de Évora é a maior catedral de Portugal. Iniciada em 1186, consagrada em 1204, e desde logo usada como um dos grandes templos do culto mariano, só ficou pronta em 1250. É um monumento que exibe a transição do estilo românico para o gótico, com posteriores adições renascentistas e barrocas.
A fachada é flanqueada por duas torres, ambas do período medieval, estando os sinos colocados na torre sul. Na torre norte, encontra-se parte do valioso tesouro pertencente ao Museu de Arte Sacra, com peças únicas de valor incalculável – como a imagem da Virgem do Paraíso, figura da Virgem com o Menino que se abre a partir do colo e exibe um retábulo historiado com várias cenas do Nascimento e da Paixão. O notável zimbório central, construído no final do século XIII durante o reinado de D. Dinis, é o seu autêntico ex-libris. O pórtico principal constitui um dos mais impressionantes portais góticos portugueses, com as esculturas de vulto dos Apóstolos feitas no século XIV por Mestre Pêro, o principal nome da escultura gótica do país. Além do pórtico principal existem duas outras entradas: a Porta do Sol, virada a sul, com arcos góticos; e a Porta Norte, reedificada no período barroco.
O interior está distribuído por três naves com cerca de 80 metros de comprimento. Na nave central pode ver-se o altar de Nossa Senhora do Anjo (conhecida localmente como Nossa Senhora do Ó), com imagens em mármore policromado da Virgem e do Anjo Gabriel. O altar do século XVIII e a capela-mor em mármores de Estremoz são obras barrocas de J. F. Ludwig, conhecido como Ludovice, que foi o arquiteto do Palácio de Mafra ao serviço do rei D. João V (1706-1750). Na capela, está exposto por cima da pintura de Nossa Senhora da Assunção um belo crucifixo conhecido como “Pai dos Cristos”.
No transepto, acede-se às antiquíssimas Capelas de São Lourenço e do Santo Cristo e às Capelas das Relíquias e do Santíssimo Sacramento, decoradas com adornos de talha dourada. No topo norte, encontra-se o espetacular portal renascentista da Capela dos Morgados do Esporão. E no coro-alto destaca-se um valiosíssimo cadeiral renascentista esculpido em madeira de carvalho e um órgão de grandes proporções, também do século XVIII.
Pode ainda visitar-se o claustro gótico de 1325 e subir ao terraço, de onde se avista um belo panorama sobre toda a cidade de Évora, uma vez que a Sé está implantada no seu ponto mais elevado.
7000-809 Évora
Sé Catedral de Silves
Monumentos
A mais importante construção gótica no Algarve.
Silves foi nomeada sede de bispado logo no seguimento da primeira conquista da cidade aos árabes, em 1189, mas a Sé só seria construída a partir de 1268, após a sua conquista definitiva durante o reinado de D. Afonso III. Conservou o título de catedral até ao século XVI, quando a sede da diocese foi transferida para Faro, numa época em que a cidade entrou em decadência devido ao assoreamento do rio Arade e à crescente importância do litoral algarvio. Durante esse período, 26 bispos ocuparam a cadeira episcopal.
É um templo em estilo gótico, muito influenciado pela estética do Mosteiro da Batalha, com alterações e restauros feitos posteriormente, em que se destaca a abside, composta por três capelas, e o pórtico da fachada principal inserido num alfiz (uma moldura que enquadra o conjunto escultórico). A entrada na igreja é feita por um portal lateral do lado Sul, em estilo rococó, construído em finais do século XVIII, que é conhecido por Porta do Sol.
No interior, cruzam-se os vários estilos arquitetónicos. A abside e o transepto têm abóbadas góticas ogivais e os altares laterais apresentam decoração de talha em estilo barroco. Podem ainda admirar-se os túmulos de Gastão da Ilha e João do Rego, altos funcionários da administração da cidade durante o século XV, bem como os de alguns bispos de Silves. No centro do altar-mor, encontra-se a pedra tumular do rei D. João II, aqui sepultado em 1495 e cujos restos mortais foram depois trasladados para o Mosteiro da Batalha em 1499.
A igreja foi desde o início dedicada a Santa Maria e, posteriormente, a Nossa Senhora da Conceição, que está representada na capela-mor por uma imagem gótica.
Tal como grande parte dos edifícios em Silves, a Sé é construída em arenito vermelho, o Grés de Silves, que caracteriza a cidade com a sua tonalidade e predominância.
8300-140 Silves
Sé Catedral de Aveiro
Monumentos
O culto mariano ligado às gentes do mar
A primitiva igreja de Nossa Senhora da Misericórdia foi sagrada em 1464 e estava ligada ao convento dominicano com o mesmo nome. Entre o século XVI e o século XVII sofreu obras, tendo as naves laterais sido convertidas em capelas devocionais. Em 1834, o convento foi transformado em quartel militar, e consumido por um incêndio alguns anos mais tarde.
Restou a igreja – com um bonito portal barroco enquadrado por 4 colunas salomónicas, um friso com decoração vegetal e o brasão do Infante D. Pedro, duque de Coimbra – que em 1835 foi convertida em matriz da paróquia de Nossa Senhora da Glória, e em 1938 se tornou a Catedral da Diocese de Aveiro por bula do papa Pio XI.
No interior, as capelas laterais conservam algumas peças de grande valor. Na capela da Visitação pode admirar-se um excelente retábulo datado de 1559, que representa a Virgem e Santa Isabel numa composição muito original. Na capela de Nossa Senhora do Rosário encontra-se uma bela imagem do seu orago, datada do final do séc. XVI, bem como várias telas do século XVII representando os Mistérios Gozosos, Dolorosos e Gloriosos. Numa janela em ogiva da parede primitiva assenta uma imagem gótica da Virgem e o Menino, feita em alabastro, que originalmente se encontrava num nicho no exterior da igreja. O órgão barroco de 1754 está desativado, mas em 2013 foi colocado no transepto um novo órgão, construído na Hungria.
No adro que se abre em frente à igreja, ergue-se um belo cruzeiro gótico de finais do séc. XV, assente num pedestal do séc. XVII. Sobre ele recorta-se uma comovente figuração de Cristo encimando uma cruz cujos braços terminam em flor de lis. O capitel, de grande valor iconográfico, está decorado com os passos da Paixão.
3810-082 Aveiro
Santuário da Senhora da Lapa
Monumentos
Uma história milenar, datada da reconquista cristã.
Na origem da edificação deste santuário está uma história milenar, que data da época da reconquista cristã: no final do século X, algumas religiosas que fugiam às tropas de Almançor, o califa de Córdova, teriam escondido uma imagem da Virgem sob uma lapa (rocha que forma uma gruta ou abrigo natural). Em 1493, essa imagem foi redescoberta por uma pastora de 12 anos chamada Joana, que a encontrou após ter passado por uma estreita fenda. Joana era muda, mas quando a sua mãe tentou lançar a imagem à fogueira ela recuperou a fala.
A fama desse milagre espalhou-se então pela região, dando origem a um culto e a peregrinações ao local. Os primeiros devotos entronizaram a imagem no interior da gruta, tendo-se generalizado a crença de que qualquer pessoa conseguiria passar por aquela estreita fenda, a menos que tivesse cometido algum pecado grave.
Em 1498, foi erigida uma primeira capela ao lado da rocha e, em 1576, o santuário foi confiado aos padres da Companhia de Jesus, sediados em Coimbra, os quais construíram então o atual santuário que alberga o penedo no seu interior. A obra, que denota influências arquitetónicas barrocas e filipinas, ficou concluída em 1635. Mais tarde, em 1685, iniciaram a construção do Colégio jesuíta contíguo à capela.
A Festa da Senhora da Lapa celebra-se anualmente no dia 15 de agosto e continua a atrair milhares de peregrinos. No interior do santuário, além dos retábulos e do nicho dedicado a Nossa Senhora da Lapa, podem admirar-se os altares da Crucificação e da Morte de São José, bem como numerosas doações oferecidas ao longo dos séculos por peregrinos nacionais e estrangeiros. Entre elas destaca-se a imagem de um lagarto gigante que pende do teto e terá sido doada por um crente que escapou ao ataque de um crocodilo na Índia.
3640-170 Sernancelhe
Santuário de Nossa Senhora da Lapa - Vila Viçosa
Monumentos
Santuário Mariano fundado em 1756 por ordem de D. Frei Miguel de Távora, arcebispo de Évora. Obra do arquitecto José Francisco de Abreu, é um exemplar barroco de linhas originais, airosas e muito bem recortado no pórtico.
No interior, destaque para o retábulo da capela-mor, para as grades do cruzeiro, para o púlpito da nave e para o lavabo em estilo rococó.
A festa da Padroeira realiza-se a 8 de Dezembro.