Representa POIs do Tipo Localidade
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Porto Covo
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Porto Covo continua a ser a simpática povoação de pescadores, de pequenas casas brancas, que foi recuperada pelo Marquês de Pombal depois do terramoto de 1755.
A visita vale bem a pena pelas belas praias escarpadas e escondidas que se encontram ao longo da costa. Durante o verão muitos visitantes ocorrem a esta zona para recuperar forças, encontrando a calma e a tranquilidade perdidas no tempo.
A cerca de 250 metros ao largo de Porto Covo, avista-se a abandonada Ilha do Pessegueiro, fonte de inspiração para os mais poéticos. Aí encontraram-se vestígios de ocupação cartaginesa durante o séc. III a.C. e de ocupação romana, nomeadamente tanques de salga de peixe, mas a tradição e o imaginário falam-nos de um refúgio de piratas ao longo dos séculos.
Actualmente, podem ver-se ruínas de um forte construído no séc. XVII que, juntamente com uma fortaleza gémea em Porto Covo, defendiam esta parte da costa. Os mais corajosos, podem tentar ir até à ilha, mas com cuidado, pois não existem visitas organizadas.
Alcoutim
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A fundação e estabelecimento da vila de Alcoutim estão principalmente associados ao facto de se situar no local até onde se fazem sentir as marés do rio Guadiana, o que obrigava os barcos, que faziam o tráfego dos metais e de outros produtos da região, a aguardar durante horas pelas condições propícias para a descida do rio. Posteriormente, a sua posição estratégica, de fronteira com o vizinho Reino de Castela, exigiu necessariamente a construção de estruturas de apoio e defesa, das quais permanecem alguns vestígios.
Alcoutim, apesar de ter perdido as muralhas que durante séculos a defenderam, mantém nas suas ruas estreitas e íngremes, a atmosfera tranquila de uma vila algarvia serrana.
Um passeio de alguns minutos leva à descoberta de casas centenárias e da Igreja da Misericórdia. Para terminar importa descer até à beira-rio, marcada pela sóbria ermida de Santo António e pela antiga Casa dos Condes de Alcoutim. Depois é saborear uns momentos de repouso, na companhia de uma bebida fresca numa esplanada, enquanto se aprecia o barco de pesca que regressa ou os veleiros ancorados na pequena marina, vendo-se a povoação espanhola na outra margem do rio.
Castro Marim
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No alto de um morro o castelo, noutro o forte em forma de estrela. Entre os dois espraiam-se as casas brancas de Castro Marim, de platibandas coloridas, açoteias e chaminés rendilhadas. Unindo a igreja, o castelo e o forte, as ruas de Castro Marim têm casas que, na sua singeleza, reflectem a típica arquitectura algarvia. O branco sempre predominante é quebrado por ocres e azuis luminosos. As platibandas dizem bem do gosto pelas formas geométricas ou pelos motivos florais.
Quem sobe ao castelo de Castro Marim, vê de um lado o mar e de outro os montes que se estendem até ao horizonte. Essas são as serras que desafiam os que apreciam os grandes espaços, se interessam por identificar aves e plantas, gostam de passeios a pé ou de bicicleta ou de contactar com a Natureza.
Silves
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Silves
Situada numa colina da Serra de Monchique, Silves deve a sua fundação e desenvolvimento ao Rio Arade, importante via de comunicação que atraiu o estabelecimento de povos desde a Idade do Ferro, 3.000 anos antes de Cristo.
O Arade foi também porta de entrada para os romanos que aqui exploraram o cobre e comercializaram outros produtos, tais como o azeite, o vinho, os frutos secos e o sal.
No séc. V chegaram os visigodos que permaneceram apenas até ao séc. VIII quando o território a Sul foi ocupado pelo domínio muçulmano. Data dessa época a grande prosperidade de Silves. Foi então uma cidade importante, polo comercial e cultural, capital regional de um dos reinos Taifa.
Dos vários povos que passaram pela urbe, foram os muçulmanos aqueles que deixaram uma marca mais profunda, sendo desta época a definição do atual traçado urbano.
Atento o grande protagonismo que granjeou como polo cultural e político do Garb Al Andaluz (nome dado ao Sudoeste peninsular do Al Andaluz, atual Algarve), vários autores, poetas e geógrafos se referem à Xelb islâmica como a cidade muçulmana mais importante do Garb, conhecida como a “Bagdad do Ocidente”.
Após uma investida fracassada dos cristãos liderados por D. Sancho I, em 1189, Silves é conquistada definitivamente por D. Afonso III, em 1242, com a ajuda das tropas de D. Paio Peres Correia, Mestre da Ordem de Santiago.
Silves torna-se sede de bispado, constrói a sua Sé sobre as ruínas da antiga mesquita e torna-se a capital de todo o Algarve.
Mantendo a importância económica, no séc. XV Silves assiste ao impulsionamento ativo das suas gentes, por parte do Infante D. Henrique, na participação das viagens marítimas além-fronteiras portuguesas.
O declínio desta localidade teve início com o impedimento da navegabilidade devido ao assoreamento do rio e à mudança da sede de bispado para Faro em meados do séc. XVI.
Muito destruída com o terramoto de 1755, apenas a revolução industrial, durante o séc. XIX, sobretudo com a exploração da cortiça e a comercialização da fruta seca lhe viria a dar novo fôlego. Marcam presença na paisagem urbana de Silves um conjunto de casas, dessa época, pertencentes à burguesia emergente.
No séc. XX, a construção da Barragem do Arade, acompanhada de importantes infraestruturas de irrigação, elevam este concelho ao mais importante centro produtor nacional de Laranja.
Vila Real de Santo António
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No séc. XVI existia, provavelmente mais perto do mar, uma Vila de Santo António de Arenilha que, no séc. XVIII, tinha desaparecido engolida pelo mar e pelas areias. Importava, porém, controlar a entrada de mercadorias pelo Guadiana, colocar sob supervisão régia as pescarias de Monte Gordo e fazer frente a Espanha, com que se estivera em guerra em 1762/63.
A construção de Vila Real de Santo António, com evidentes vantagens económicas e políticas foi, portanto, mais do que um puro acto de vontade régia.
A experiência da reconstrução de Lisboa após o terramoto de 1755 foi, assim, ensaiada em Vila Real de Santo António. Primeiro na planificação cuidada da estrutura urbana, facilitada pelo terreno plano. Em seguida pela utilização de módulos arquitectónicos rígidos. E, finalmente, pela pré-fabricação de elementos de construção standard como as cantarias que vieram de Lisboa, em barco, talhadas e aparelhadas para imediato assentamento.
Para apreciar o plano urbanístico de Vila Real de Santo António é necessário passear pelas suas ruas. Comece pela Praça Marquês de Pombal, coração da vila, de empedrado radiante a partir do obelisco erguido em 1776. Ela contém três dos principais elementos urbanos do séc. XVIII: a igreja, a Câmara Municipal e antiga Casa da Guarda. Depois devem percorrer-se alguns quarteirões, erguidos já por iniciativa particular, mas em que é ainda aparente um formulário arquitectónico.
O fim do percurso proposto é o edifício da antiga Alfândega, junto às margens ajardinadas do Rio Guadiana.
Faro
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Faro
A sua posição geográfica concorreu para que, no século IV a. C., ali se instalasse uma colónia de Fenícios tornando-se num importante entreposto comercial fundamentado na troca de produtos agrícolas e peixes. Entre os séculos II a.C. e VIII d.C., dando pelo nome de Civitas Ossobonensis, manteve-se sob o domínio Romano desenvolvendo-se em termos industriais.
A sua tomada pelos Mouros, em 713, Ukxûnuba (transcrição árabe do seu nome latino Ossonoba), prolongou a sua condição de cidade portuária de relevante importância regional, rivalizando apenas com Silves. O traçado urbano atual da cidade permite ainda perceber qual o perímetro das Muralhas que a protegiam, cuja ideia original se deve a Ben Bekr, príncipe muçulmano do século IX, núcleo atualmente conhecido por Vila-Adentro.
Data igualmente da época islâmica a Porta Árabe, que era a entrada na cidade para quem chegava por mar. Considerado exemplar único de arquitetura árabe em Portugal, tendo em conta o bom estado de conservação e o facto de ainda se encontrar no local de origem, e que ainda podemos ver no interior do Arco da Vila.
Vila-Adentro será conquistada definitivamente pelos cristãos em 1249, durante o reinado de D. Afonso III. Constrói-se então a Sé Catedral no local da antiga Mesquita e reforçam-se as muralhas, sinais do novo domínio.
Faro manteve-se durante séculos como um importante núcleo comercial algarvio e em 1540 foi elevada a cidade para assim se tornar sede de Bispado, até então em Silves. A maioria dos monumentos religiosos, reflexo também da riqueza económica, datam dessa época, como são o caso da Igreja da Misericórdia, os Conventos de São Francisco, de Nossa Senhora da Assunção (adaptado a Museu Arqueológico Infante D. Henrique), de Santiago Maior e de Santo António dos Capuchos.
No século XIX Faro, que contou com uma reorganização administrativa centralizando os poderes regionais, tornou-se uma das mais importantes cidades do Algarve. A Nobreza e a Burguesia mandaram erguer as suas casas apalaçadas, bem como as suas segundas casas nos arredores, dos quais se destaca o impressionante Palácio de Estoi.
Nos arredores da cidade, para além do património arquitetónico já mencionado, importa destacar a beleza do Parque Natural da Ria Formosa.
Aljezur
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Limitado pelo mar e pela serra, o concelho de Aljezur reflete nas suas paisagens esta dupla influência. A orla marítima é marcada por altas falésias onde se aninham areias e dunas, enquanto o interior é uma sucessão de horizontes cobertos de vegetação. Entre ambos, vales e charnecas férteis mantêm a tradição do cultivo. Percorrer o concelho é uma oportunidade de recuperar a tranquilidade e de reencontrar o silêncio.
Aljezur é uma pequena vila da costa vicentina com casas caraterísticas da arquitetura rural algarvia, em que platibandas e vãos de janela coloridos realçam as fachadas brancas. As sinuosas e estreitas ruas da vila transportam o visitante para os tempos distantes da medina árabe.
No alto do morro, as muralhas do castelo lembram o seu passado histórico, símbolo de lutas entre mouros e cristãos. No século X, a vila de Aljezur seria uma quase ilha - pelo que o seu nome árabe era al-Yazira (a ilha) -, contornada pela ribeira de Aljezur, que chegou a ser um porto fluvial do antigo império almorávida.
Sines
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Antiga vila de pescadores, foi sendo alterada pelo turismo e pela indústria. Actualmente é um porto industrial petrolífero muito importante na economia do país.
Sobre a baía, podem-se ver as ruínas de um castelo medieval, restaurado no séc. XVI. Diz-se que foi aqui que nasceu Vasco da Gama (1468-1524), filho do Alcaide-mor de Sines. Numa das torres do castelo está instalado um núcleo museológico dedicado ao navegador.
Em Sines pode ainda visitar o Museu Arqueológico, onde se guardam vestígios arqueológicos encontrados na região, comprovando a sua ocupação em tempos remotos.
Serpa
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Sobre uma elevação a poucos quilómetros da margem esquerda do Guadiana, o grande rio do sul de Portugal, ergue-se a vila de Serpa, topónimo que remonta ao domínio romano, há cerca de 2.000 anos.
Com a chegada à Península de povos muçulmanos no séc. VIII Serpa ficou sob o domínio do Islão com o nome de Scheberim. Os Portugueses conquistaram-na em 1166, mas em 1191, uma grande ofensiva almóada voltaria a reconquistar praticamente todo o território a sul do rio Tejo, incluindo Serpa. Em 1232, a região regressaria à posse portuguesa, sob o cetro do rei D. Sancho II. No reinado de D. Dinis. quando foi definitivamente retificada a fronteira luso-castelhana, Serpa recebeu deste monarca o seu primeiro foral, no ano de 1295, que reconstruiu e ampliou o seu imponente castelo defensivo. Em 1707, no decurso da Guerra da Sucessão do trono de Espanha, Serpa seria sitiada uma última vez por tropas espanholas comandadas pelo Duque de Ossuna.
A primeira impressão que o visitante tem de Serpa é a visão das grandiosas muralhas do Castelo onde se rasgam as Portas de Moura e as de Beja, únicas sobreviventes das 5 portas primitivas. Incluso na muralha do lado Leste, assenta o vasto solar dos condes de Ficalho, destacando-se também o alteroso aqueduto em arcada italiana que se estende até à extremidade da muralha sul.
Dentro da vila, o traçado das ruas, que se abrem para grandes largos onde coexiste uma arquitetura tradicional, erudita e religiosa, confere a Serpa um carácter muito singular.
A parte mais alta do morro corresponde ao núcleo urbano primitivo, medieval, mouro e cristão. Aqui encontra-se a igreja de Santa Maria, o que sobra da antiga torre de menagem do castelo, a Torre do Relógio e o Museu de Arqueologia. De relógios, fala-nos também o Museu do Relógio, instalado no antigo convento do Mosteirinho, único no seu género na Península Ibérica.
Depois de percorrer Serpa, não deixe de ir à Pousada de S. Gens, donde desfrutará do panorama imenso da planície a perder de vista pontuado pelos vastos olivais que rodeiam Serpa. Fora de portas, merecem visita o Convento de Santo António, erigido no séc. XV e alguns pequenos templos de devoção popular: Nossa Senhora de Guadalupe e, na estrada para Beja, S. Sebastião, esta do séc. XVI, onde se casam os estilos manuelino e mudéjar, testemunhando o complemento das duas culturas que conviveram na região.
Cerca de 10 km para sul, com a companhia do rio Guadiana à esquerda, o Parque Natural do Guadiana, com um património natural riquíssimo, oferece algumas das mais belas paisagens do sul de Portugal.
Monsaraz
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Vila medieval, conseguiu manter as suas características ao longo dos séculos. Um passeio a Monsaraz é também uma viagem no tempo, pois é um local único onde ainda se consegue encontrar a paz e a tranquilidade esquecidas pelos tempos modernos.
Marcada pela cal e pelo xisto, torna-se "Monsaraz Museu Aberto" todos os anos, durante o mês de Julho, oportunidade para conhecer os hábitos e costumes alentejanos no artesanato, na gastronomia e nos vários espectáculos culturais que aí têm lugar, incluindo a música, o teatro, a dança e exposições de artes plásticas.
No património destacam-se o Castelo e a Torre de Menagem medievais, o edifício dos Antigos Paços da Audiência (séc. XIV/XVI) e a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Lagoa (séc. XVI/XVII).