Sugestões
Bicicleta
Descobrir Portugal de bicicleta é uma experiência única. Que se faz ao ritmo de cada um, sentindo aromas e sons que de outra forma talvez passassem despercebidos. Com o mar por companhia, subindo e descendo montanhas, ou a passear por aldeias e cidades, as opções são inúmeras! É só começar a pedalar!
Com um clima agradável, sem grandes extremos de temperatura, e um sol que brilha ao longo do ano inteiro, Portugal oferece boas condições para ser explorado de bicicleta. Percorrendo poucos quilómetros passamos das serras à praia, do bulício citadino à pacatez da vida campestre, já que no nosso país a diversidade de paisagens é muito grande, sempre a curtas distâncias. E de bicicleta é ainda mais fácil fazer os desvios necessários para chegar àquele local de onde as vistas são absolutamente deslumbrantes.
Photo: Lisboa Região © Yves Callewaert
A variedade de traçados possibilita todas as experiências – da estrada à montanha, para bicicletas de touring e de btt, fazendo viagens tranquilas ou seguindo percursos desafiantes que elevam os níveis de adrenalina ao máximo. Muitos dos itinerários estão georreferenciados, e são disponibilizados em podcasts ou através de aplicações para smartphones. Mas quando não é possível aceder ao roadbook há sempre gente simpática e disponível que ajuda a encontrar o caminho perdido.
Photo: © Turismo do Alentejo
Em Portugal, há cada vez mais percursos cicláveis. Junto ao litoral, nos parques naturais e florestas e nas cidades, são muitas as vias sinalizadas, bem como áreas de apoio e lojas específicas para os utilizadores. Alguns hotéis também estão equipados para receber os praticantes com todos os serviços necessários à sua recuperação e à do veículo, de modo a que tudo funcione sempre na perfeição. E é ainda possível combinar o uso da bicicleta com os transportes públicos, e assim aproveitar todas as possibilidades para passear pelo país.
Aqueles que não trazem a sua bicicleta podem optar pelo aluguer para dar voltas pequenas ou passeios mais prolongados. E em muitas localidades são disponibilizadas bicicletas de utilização gratuita, uma forma saudável e ecológica para passar o dia a descobrir as suas atrações.
Photo: © Caminhos da Natureza/Portugal Nature Trails
Para os que querem conhecer Portugal de bicicleta mas com a comodidade de uma viagem organizada, encontram várias empresas que organizam programas em que tudo está incluído. Dos melhores hotéis aos guias especializados, dos restaurantes onde se saboreia a gastronomia mais autêntica às visitas a monumentos e museus, há propostas para todos os gostos. E aqueles que preferem manter a sua independência podem optar pelos “self-guided tours” e viajar de forma individual, sem guia e sem horários, mas usufruindo dos serviços de apoio que lhes forem mais convenientes. Enfim, umas férias com muito exercício mas sem nenhuma preocupação!
Photo: © Caminhos da Natureza/Portugal Nature Trails
Também é possível combinar os percursos de bicicleta com outras atividades na natureza, como os passeios a cavalo ou a observação da fauna e flora. Assim, é possível desfrutar de mais experiências que permitem conhecer melhor os encantos de Portugal.
Mais informações em:
www.portuguesetrails.com
Conhecer Lisboa
Lisboa é uma cidade que dá vontade de ir descobrindo, vendo o que aparece em cada bairro, em cada rua. É uma cidade simpática e segura. Com muita coisa para ver, mas relativamente pequena. É ideal para passar vários dias ou um ponto de partida para passear pelo país. É antiga. É moderna. É, sem dúvida, sempre surpreendente.
Podemos escolher um tópico ou um tema para a explorar. A oferta é vasta: Lisboa romana, manuelina, barroca, romântica, literária, boémia, noturna, a cidade do Fado. E as formas, também as há muito diferentes: a pé, de elétrico, de segway, em autocarro hop-on-hop-off, num tuk tuk, vista do rio num passeio de barco ou na outra margem, depois de atravessar o Tejo num cacilheiro... as sugestões são infindáveis.
No entanto, há locais obrigatórios, que não se podem perder e fazem sempre parte da lista. Como o bairro histórico de Alfama e do Castelo, com uma das vistas mais fabulosas sobre a cidade e o rio.
Temos de passar pela Baixa, em direção a Belém, o bairro dos Descobrimentos, com a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos, ambos Património Mundial. Mas também com o original Museu dos Coches ou o moderno Centro Cultural de Belém. Ah, e não nos podemos esquecer de provar os deliciosos pastéis de nata!
Guardamos o fim da tarde e a noite para conhecer o Chiado e o Bairro Alto, polos de animação garantida. Assim como o Cais do Sodré, mais próximo do rio.
Mas a parte nova da cidade também não pode ser esquecida. Seja para visitar alguns museus de referência como o Museu Calouste Gulbenkian, na zona norte, ou continuando pelo rio, o Museu Nacional do Azulejo. Fica a caminho do Parque das Nações, a zona portuária que foi completamente reconstruída para a Exposição Universal de 1998. É hoje um espaço de lazer importante, com uma nova paisagem urbana.
Aqui destacamos os diferentes bairros da cidade. Com “10 coisas para ver e fazer em Lisboa” e o itinerário “Lisboa num dia”, o plano de visita ficará mais completo.
Para além de todos os locais para visitar, ao longo de todo o ano Lisboa é palco de muitos eventos que animam a cidade e se anunciam na nossa agenda. Uma coisa é certa, Lisboa é uma cidade inesquecível!
Caramulo, Açor e Lousã - Serras a descobrir
- experimentar o slide do Caramulinho
- fazer rafting ou canoagem nos ribeiros da Serra do Caramulo
- contemplar as quedas de água da Fraga da Pena
- apreciar a vegetação da Mata da Margaraça
- descer as encostas da Serra da Lousã em btt
- escalar os Penedos de Góis
- tomar banho nas muitas praias fluviais da região
- percorrer a pé os “Caminhos do xisto”
A imagem mais comum do Centro de Portugal é a natureza em estado puro, maciços de serras e muitos rios em vale profundos, desenhando paisagens de grande beleza.
A montanha mais alta e mais famosa é a Serra da Estrela, mas o Centro de Portugal tem outras que vale a pena conhecer.
São lugares para descobrir sem pressas, inspirando o ar puro e desfrutando da natureza preservada em passeios tranquilos ou atividades com mais adrenalina.
Nestas serranias esperam-nos ainda outras aventuras entre paisagens intocadas de uma beleza indescritível, ouvindo o silêncio da natureza. Nada melhor para a alma.
A norte, a Serra do Caramulo, tem o seu ponto mais alto no Caramulinho a 1075 metros de altitude, que oferece belas panorâmicas sobre toda a região.
Classificada como paisagem protegida, a Serra do Açor deslumbra-nos do alto dos seus 1.349 metros. Os socalcos, a água a correr em levadas e a impressionante Mata da Margaraça, tornam-na um lugar diferente.
A oeste, a Serra da Lousã guarda autênticos tesouros paisagísticos e monumentais e é também um local de eleição para os desportos de aventura.
Algarve, destino de golfe
Diversas vezes considerado o melhor destino de golfe do mundo por revistas da modalidade e associações internacionais de operadores turísticos especializados, o Algarve faz jus a esta distinção mantendo uma qualidade a toda a prova.
Com um clima privilegiado que permite jogar ao longo do ano inteiro e uma grande diversidade de campos, quase quatro dezenas, a região é o paraíso dos golfistas. A maioria dos campos está implantada em zonas preservadas, com vistas deslumbrantes. São reconhecidos internacionalmente pela qualidade das suas instalações, em que a arquitetura é assinada por jogadores prestigiados e campeões lendários, como Sir Henry Cotton, Rocky Roquemore, Arnold Palmer e Ronald Frea. A somar a tudo isto, temos excelentes profissionais, uma diversificada rede de hotéis e boas acessibilidades, que vão desde as ligações aéreas diretas com diversos destinos do mundo à facilidade dos transfers entre o aeroporto internacional de Faro e os vários resorts.
Photo: Quinta de Cima, Vila Nova de Cacela
Os campos distribuem-se de um extremo ao outro da região. À beira mar ou no interior, planos ou montanhosos, a escolha é diversificada, mas qualquer um nos poderá presentear com vários birdies e eagles, e quem sabe com um hole in one. Entre Lagos, Sagres e a Serra de Monchique encontram-se circuitos com vários graus de dificuldade, em que os greens e fairways são emoldurados por belos cenários naturais. É nesta zona, perto de Portimão que se encontra o primeiro campo inaugurado no Algarve, o Penina Hotel & Golf Resort premiado por diversas vezes como um dos melhores da Europa.
Photo: Vale do Lobo Royal Golf Course, João Paulo
A zona mais central, entre Vilamoura, Quinta do Lago e Vale do Lobo, é uma das mais luxuosas do Algarve e também uma das mais bem equipadas para a prática de golfe. Estes campos combinam links e fairways com falésias, lagos e bunkers, proporcionando buracos de elevada categoria. É o caso do buraco 16 do Royal Golf Course em Vale do Lobo o mais fotografado da Europa: um exigente Par 3 em que três espetaculares falésias sobre o mar se interpõem entre o tee e o green. Ou o buraco 6 do Pine Cliffs à beira de uma ravina a exigir uma tacada sobre a praia.
Photo: Pestana Vale da Pinta Golf Course, Lagoa
No Sotavento os campos são mais planos, mas os seus traçados imaginativos são desafios que exigem a utilização de diversos tacos. Muitos são condimentados com as espécies originais da região, como figueiras, oliveiras, alfarrobeiras e sobreiros, pelo que uma volta de golfe é sinónimo de um passeio na natureza. Para além disso, as vistas panorâmicas sobre o Rio Guadiana, o Atlântico, a Serra e o Parque Natural da Ria Formosa são tão bonitas que podem até quebrar a concentração do golfista, prejudicando as suas pancadas de saída.
Verdadeiros testes às capacidades técnicas dos mais exímios jogadores que têm de pôr à prova as suas estratégias, muitos destes campos são palco de importantes torneios internacionais como o Portugal Masters, que faz parte da PGA European Tour e se disputa no Victoria Golf Course em Vilamoura desde 2007.
Photo: Penina Sir Henry Cotton Championship Course, Portimão
Mas o Algarve é também para os principiantes. Em toda a região há uma oferta variada de Academias de Golfe de reputação internacional onde se podem dar os primeiros passos ou aperfeiçoar as técnicas de jogo. Apetrechadas com equipamentos sofisticados, aplicam métodos de ensino inovadores e são apoiadas por profissionais certificados pela Professional Golfers Association (PGA), que dominam vários idiomas. A maioria dos campos oferece programas de formação, e para aqueles que querem treinar por sua conta o seu jogo curto, existem áreas de treino e vários campos de golfe pitch and put espalhados pela região. Uma ampla escolha para golfistas de todos os níveis!
Distinções
Reconhecido como um dos melhores destinos de golfe, o Algarve faz justiça às distinções. Com um clima privilegiado que permite jogar o ano inteiro e 33 campos com 18 ou 27 buracos, a maioria dos quais situados em zonas bem preservadas e com vistas deslumbrantes, é um paraíso para golfistas de todo o mundo.
- Portugal, Melhor destino de Golfe do Mundo durante cinco anos consecutivos, entre 2014 e 2018 - World Golf Awards
- Portugal, Melhor destino de Golfe da Europa durante cinco anos consecutivos, entre 2014 e 2018 - World Golf Awards
- Algarve, Melhor destino de Golfe da Europa em 2016, 2014 e 2020 - pela IAGTO – International Association of Golf Tour Operators
- Algarve, Melhor destino de Golfe da Europa Continental em 2017, 2018, 2019 e 2020 – Revista “Today’s Golfer”
- Algarve, Melhor destino "Best Value" de Golfe da Europa Continental em 2012, 2013, 2015,2017 e 2018 – Revista “Today’s Golfer” (melhor relação qualidade/preço)
Mais informações: www.visitalgarve.pt
Vinha da Ilha do Pico, Património da Humanidade
- tirar uma fotografia junto de um dos típicos Moinhos de cúpula vermelha
E que tal provarmos um vinho que cresce na rocha basáltica? Parece estranho que tais condições produzam um néctar delicioso, mas a verdade é que em tempos recuados, este vinho ia diretamente à mesa dos czares da Rússia.
A cultura da vinha na Ilha do Pico começou no final do séc. XV, quando se iniciou o povoamento da ilha. Graças ao solo vulcânico, rico em nutrientes, ao micro clima seco e quente das encostas protegidas do vento por muros de pedra áspera e escura e aquecidas pelos raios do sol, as vinhas, da casta verdelho, conseguiram aqui condições excecionais de maturação. Mais tarde, foi exportado para muitos países da Europa e América, e chegou até a mesa da corte russa. As vinhas, que marcam a paisagem da ilha, produzem ainda um fresco vinho frutado, seco e leve, que é o companheiro ideal de um prato de marisco ou peixe e também o vinho de cheiro, cuja presença é obrigatória nas mesas em dias de festa.
Estes terrenos, Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico, misto de natureza lávica e práticas culturais ancestrais foram em 2004 classificados como Património da Humanidade pela UNESCO. Os sítios do Lajido da Criação Velha e do Lajido de Santa Luzia são os maiores exemplos desta arte de parcelar a terra que esta distinção veio reconhecer. Estas vinhas plantadas em chão de lava são enquadradas por apertadas paredes de pedra solta, chamadas de “currais” ou “curraletas”, que as protegem do vento marítimo mas deixam entrar o sol necessário à sua maturação.
Inúmeras são as espécies de flora e fauna que fazem parte deste habitat natural, com uma rica presença de espécies endémicas das florestas da Laurissilva características da Macaronésia.
Outros testemunhos da atividade vinícola são as “Rilheiras”, sulcos deixados pelas rodas dos carros de bois que transportavam uvas e barris, e nos portos e portinhos junto à beira-mar a “rola-pipas”, rampa escavada junto ao mar, através da qual se rolavam as barricas de vinho que eram, posteriormente transportadas em barcos para o Faial. Também associado à cultura da vinha, foi construído um património edificado como solares, adegas, armazéns, poços de maré, conventos e ermidas, merecedores de uma visita durante a estadia nesta ilha.
Depois de apreciarmos o desenho deste gigantesco labirinto de pedra à beira mar é altura de provar o vinho. Seco ou doce e reconfortante, sabe ainda melhor numa pitoresca adega. Nas Adegas do Pico, por vezes adaptadas ao turismo rural, as paredes de pedra vulcânica entrelaçam-se com o mar e a vegetação. A memória viva do ciclo do verdelho tem novo capítulo no Museu do Vinho. Instalado na Madalena, num antigo convento carmelita, tem coleção de alfaias, alambiques e pipas. A sua frondosa mata de dragoeiros dá um remate cénico ao lagar que resistiu à passagem do tempo.
Continuando ao longo dos tempos a produzir vinhos de excecional qualidade, recentemente a Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico tem lançado novos vinhos, nomeadamente o "Lajido", legítimo herdeiro do velho "verdelho", e distintos vinhos de mesa, branco e tinto.
Os vinhos do Pico têm tradição. O VLQPRD, aperitivo, os vinhos de mesa, brancos, tintos, o vinho de cheiro, a angélica e as aguardentes do Pico, podem ser encontrados em qualquer restaurante ou supermercado, tornando-se fácil prová-los e trazê-los connosco.
A Ria Formosa e o Sapal de Castro Marim
- identificar as várias aves que se ouvem por todo o lado
- apreciar a plumagem azul-escura da galinha-sultana, a espécie em vias de extinção que é símbolo do Parque Natural da Ria Formosa
- visitar os canis onde se cria o cão de água, uma raça autóctone portuguesa
- ir aos festivais do marisco que se realizam em Faro e Olhão no mês de agosto
- a pé ou de bicicleta, seguir os trilhos entre as salinas no Sapal de Castro Marim e assistir à extração do sal
A Ria Formosa, o mais importante santuário de vida selvagem no Algarve, e o Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António, a zona alagadiça do Rio Guadiana, são duas áreas protegidas a descobrir a pé ou de barco. Passeios que vão ficar na nossa memória!
Para começar a visita o melhor será irmos ter com quem sabe. Os respetivos Centros de Educação Ambiental fornecem informações sobre as espécies que se podem avistar e os trilhos pedestres aconselhados para desfrutar em pleno das paisagens respeitando a natureza. E nestes labirintos de canais há muito para admirar. Dos verdes da vegetação que se harmonizam com os azuis das águas e contrastam com a brancura das salinas, aos tons rosados das penas dos flamingos, encontramos muitos motivos para fotografias de sonho. Dá vontade de não largar o botão de disparo!
No longo cordão de areia que separa a Ria Formosa do mar descobrimos praias deslumbrantes, quase desertas, embora o Parque Natural, que se estende ao longo de 60 quilómetros entre a Península do Ancão e a Praia da Manta Rota, seja frequentado por cerca de 1500 espécies de seres vivos. A galinha-sultana e os guarda-rios com as suas plumagens vistosas, o camaleão que toma as cores dos locais onde passa ou o cão de água simpático e felpudo, são alguns dos residentes habituais.
Mas neste oásis de preservação de fauna e flora também há uma grande variedade de moluscos que fomentam uma das principais atividades económicas da região, e dão origem a especialidades da gastronomia que nos vão deliciar, como o arroz de lingueirão, ou as ostras e os mexilhões. Para termos uma perspetiva sobre esta área e a sua dimensão há que procurar pontos altos como a fortaleza de Cacela Velha, uma aldeia de origem árabe que vale a pena conhecer.
E se dirigirmos o olhar para leste, quase vislumbramos o Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António, a primeira Reserva Natural criada no nosso país. Esta zona de salinas, pastagens e sapais, tem como limites as duas localidades e estende-se ao longo do Rio Guadiana.
Para além dos trilhos pedestres, podemos observá-la a partir do castelo de Castro Marim para uma vista abrangente, ou de barco para uma experiência mais relaxante. Junto à margem vamos descobrir rãs, sapos, tritões e lagartixas e nos céus, a cruzar o horizonte, são a cegonha branca, o perna-longa e a garça que captam todas as atenções. E há ainda uma zona seca com áreas agrícolas onde se cultivam cereais e plantações de amendoeiras, figueiras, alfarrobeiras e oliveiras. Muito para conhecer entre rasgos de natureza resplandecente!
Praias em Lisboa
- passear ao longo da praia
- dar um mergulho no Oceano Atlântico
- jantar ao pôr-do-sol, vista mar
- provar o marisco
Situada no encontro da foz do Rio Tejo com o Oceano, Lisboa é uma cidade com uma forte ligação ao mar, a única capital europeia com praias atlânticas.
Por isso, é imprescindível dar um passeio ao longo da costa ou até fazer uns dias de praia.
Com mais de duas dezenas de praias com Bandeira Azul, a costa tem ótimas condições para a prática de desportos náuticos e atrai surfistas e bodyboarders de todo o mundo, com todos os níveis de experiência.
Dizem os entendidos que aqui se encontram as melhores ondas da Europa, com grande diversidade de tipos de onda e de fundo, de areia ou de laje.
Navegar na costa algarvia
Com cerca de 200 quilómetros de costa, um clima excelente e águas calmas, o Algarve é ótimo para navegar, mesmo não sendo dono de um barco, já que há sempre a hipótese de alugar ou de nos juntarmos aos cruzeiros que dão a conhecer a beleza do litoral.
E conhecer a região a partir do mar é algo completamente diferente, que nos surpreende a cada instante. Dos rochedos dourados em que a erosão esculpiu grutas e formas exuberantes, sobretudo entre Lagos e Albufeira, às falésias avermelhadas e dunas brancas que emolduram amplos areais, a variedade da paisagem é grande. O mar agitado a ocidente, perto de Sagres, aquece e acalma conforme nos dirigimos para leste, tornando esta aventura mais relaxante.
Também há rios navegáveis, como o Arade, que entre Portimão e Silves possui recantos de grande beleza, com fontes de água cristalina, uma vegetação imensa e memórias da presença árabe. Já no extremo leste, a subida do Guadiana é um passeio agradável entre vastas margens, onde podemos avistar moinhos, casas típicas e campos de pastoreio. E pelo meio a Ria Formosa, uma área protegida de sapais, dunas e ilhas quase desertas com areais que parecem não ter fim banhados por águas transparentes.
Podemos conhecer esta diversidade a bordo das pequenas embarcações licenciadas ou nos passeios organizados por diversas empresas. Muitos deles incluem almoço a bordo, ou uma típica sardinhada portuguesa numa baía recatada. E existem também passeios com uma vertente de ecoturismo para observação da fauna e flora no Parque Natural da Ria Formosa e na Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António.
Mas para quem está habilitado, não há nada melhor do que navegar ao leme de uma embarcação e descobrir enseadas escondidas entre dunas e falésias, praias desertas e selvagens inacessíveis por terra. Mergulhar nestas paragens debaixo do sol quente do verão algarvio faz-nos sentir no paraíso. E nem é preciso ter barco, já que há diversas empresas que os alugam por algumas horas ou dias. E aqueles que gostam de pescar testando a sua adrenalina ao tentar capturar espécies grandes, encontram no Algarve um bom destino para pesca grossa, sobretudo nas águas mais ocidentais.
Com mar e ventos de feição, encontram-se aqui ótimas condições para a realização de provas de vela que atraem participantes de diversas partes do mundo. Como cenário ou ponto de escala, o Algarve é presença constante nos calendários dos mais prestigiados eventos internacionais da modalidade. E velejar está ao alcance de todos, já que há muitas escolas e clubes náuticos na maioria das cidades e vilas do litoral onde é possível aprender. É outra forma de descobrir o Algarve, basta traçar uma rota, içar velas, soltar amarras e partir à aventura!
Tomar, cidade templária
- visitar o Convento de Cristo
- fazer um passeio pela Mata dos Sete Montes
- visitar a antiga sinagoga
- deliciar-se com umas “Fatias de Tomar”
- visitar a cidade no ano em que se realizar a Festa dos Tabuleiros
- ir ao Castelo de Almourol
Antiga sede da Ordem dos Templários, Tomar é uma cidade de grande encanto, pela sua riqueza artística e cultural. O expoente máximo está no Convento de Cristo, um das mais importantes obras do Renascimento em Portugal.
Qualquer que seja o motivo para visitar a cidade, subir ao castelo templário e descobrir a obra monumental do Convento de Cristo é imprescindível. A Charola é a parte mais antiga. Este oratório templário foi construído no séc. XII, assim como o castelo, que na época era o mais moderno e avançado dispositivo militar do reino, inspirado nas fortificações da Terra Santa. Foi transformada em Capela-Mor aquando da reconstrução ordenada por D. Manuel I, no séc. XVI, altura em que o conjunto ganhou o esplendor arquitetónico que ainda hoje se preserva e que lhe justificou a classificação como Património da Humanidade.
Vale a pena ver o Convento com atenção para ir descobrindo algumas preciosidades, como as representações no portal renascentista, a particular simbologia da Janela Manuelina da Sala do Capítulo, os pormenores de arquitetura do Claustro Principal e as dependências ligadas aos rituais templários. Para melhor perceber a sua história, é importante saber como a Ordem dos Cavaleiros do Templo se transformou em Ordem de Cristo, salvaguardando o poder, o conhecimento e a riqueza que tinham em Portugal. O célebre Infante D. Henrique, mentor da epopeia dos Descobrimentos, foi um dos seus governadores e protetores mais importantes.
A partir do Convento, podemos descer a pé pela Mata dos Sete Montes até ao centro histórico. Indo pela estrada, vemos a meio do percurso a Ermida de Nossa Senhora da Conceição, uma pequena joia renascentista, obra do português João de Castilho que também trabalhou no Convento.
A seguir, há que visitar Tomar. A área urbana mais antiga, medieval, organiza-se em cruz, orientada pelos pontos cardeais e tendo um convento em cada extremo. A Praça da República, com a Igreja Matriz dedicada a São João Baptista marca o centro, tendo a oeste a colina do Castelo e do Convento de Cristo. Nas ruas em redor podemos encontrar lojas de comércio tradicional e o café mais antigo onde se podem apreciar as delícias da pastelaria local: queijadas de amêndoa e de chila e as tradicionais Fatias de Tomar, confecionadas apenas com gemas de ovos e cozidas em banho-maria numa panela muito especial, inventada por um latoeiro da cidade em meados do século passado.
A sul, o Convento de São Francisco, onde se pode visitar atualmente o curioso Museu dos Fósforos e, a norte, o antigo Convento da Anunciada. A este, no local do atual Museu da Levada, vemos as antigas moagens e moinhos que trabalhavam com a força do rio Nabão que atravessa a cidade. Numa das margens, fica o Convento de Santa Iria e nessa direção, um pouco mais longe, a Igreja de Santa Maria do Olival, onde se encontram os túmulos de vários templários, entre os quais o de Gualdim Pais, o primeiro mestre, morto em 1195.
Toda a cidade se organizou a partir deste núcleo, também palco de um dos maiores eventos tradicionais, a Festa dos Tabuleiros.
Para além de ter testemunhado as lutas da Reconquista Cristã, no séc. XII, Tomar preserva um interessante testemunho da religião hebraica, a antiga Sinagoga do séc. XV, hoje Museu Luso-Hebraico de Abraão Zacuto, dedicado ao distinto astrónomo e matemático quatrocentista. Situado na antiga Rua da Judiaria tem uma valiosa coleção documental e epigráfica. De notar os buracos que se veem em cada canto e que indicam a colocação de bilhas de barro na parede para aumentar as condições acústicas do espaço.
Aos pontos de interesse já referidos, acrescenta-se o Núcleo de Arte Contemporânea, onde se guarda a coleção de um dos mais importantes historiadores de arte portugueses do séc. XX, o Professor José-Augusto França.
Para descansar do passeio cultural, nada como uma pausa no Parque do Mouchão. É um lugar fresco, onde se pode ver a Roda do Mouchão, uma roda hidráulica em madeira. É um ex-libris da cidade e evoca os tempos em que os moinhos, os lagares e as áreas de cultivo ao longo do rio contribuíam para a prosperidade económica de Tomar.
Mas há ainda motivos de passeio nas proximidades, como Castelo de Bode, uma das maiores albufeiras do país, onde se pode fazer um tranquilo cruzeiro com almoço a bordo ou optar por uma diversidade de desportos aquáticos. Também como a pequena ilhota do Rio Tejo onde se situa o Castelo de Almourol ou a localidade ribeirinha de Dornes, para quem quiser aprofundar a visita aos lugares templários da região. Para um itinerário mais completo, sugerimos os Roteiros do Património Mundial - “No Coração de Portugal”.
Observação de Cetáceos nos Açores
- nadar com golfinhos
- levar a máquina fotográfica
Em pleno Oceano Atlântico, os Açores são um arquipélago de nove ilhas de natureza em estado puro e um dos maiores santuários de baleias do mundo.
Entre espécies residentes e migratórias, comuns ou raras, avistam-se mais de 24 tipos diferentes de cetáceos nas suas águas. Para além das comunidades residentes como os golfinhos comuns e roazes, com quem é possível nadar, há baleias que utilizam os Açores como rota de migração. Os golfinhos pintados, cachalotes, baleias sardinheira e de barba são mais frequentes no Verão. A baleia azul pode ser avistada com facilidade nos finais do Inverno. Uma coisa é garantida: seja qual for a estação do ano, há sempre descobertas a fazer.
Os Açores são um ecossistema de características únicas e com águas ricas em peixe, pelo que não é de estranhar que no passado a pesca à baleia fosse uma atividade importante em muitas das ilhas. Hoje, a tradição baleeira foi convertida numa atividade turística muito apreciada, existindo por isso vários pontos de partida, espalhados por várias ilhas, que servem de base para quem queira contactar com os encantadores mamíferos, dando um novo significado a um grito antigo: “Baleia à vista!”.
Na Ilha de S. Miguel, especialmente em Ponta Delgada e Vila Franca do Campo, existem diversos operadores especializados na observação de cetáceos durante todos os meses do ano. No canal entre as ilhas de S. Miguel e Santa Maria, nos meses de Primavera, é frequente o avistamento de baleias-azuis, o maior animal à face da terra, com cerca de 30 metros e até 150 toneladas.
Na ilha Terceira – quer em Angra do Heroísmo, quer na Praia da Vitória – a oferta para observação de cetáceos é variada, destacando-se a oferta as unidades turísticas que disponibilizam programas que conjugam alojamento com atividades de mar. Das múltiplas espécies cujas rotas de migração as tornam avistáveis a partir da ilha assinalam-se as imponentes baleias azuis que passam, na Primavera e no Outono, entre a Terceira e S. Jorge.
Com S. Jorge e Pico, o Faial forma o chamado Triângulo, e tem hoje na cidade da Horta um dos principais e mais dinâmicos centros de observação e estudo de cetáceos do arquipélago. Vários dos operadores de observação de cetáceos presentes na Horta têm como guias cientistas e técnicos ligados à Universidade dos Açores, instituição que ali tem os seus principais centros de estudos e investigação, conduzindo com outras universidades internacionais vários programas de estudo das populações, migrações e rotas dos grandes animais marinhos.
O Pico é a ilha onde a tradição baleeira nos Açores se encontra mais enraizada, com operadores na Madalena, nas Lajes e em Santo Amaro. Podemos conhecer a história nos vários museus e centros etnográfico onde se perpetuam as artes tradicionais desta atividade, com destaque para o Museu dos Baleeiros, e o Centro de Artes e Ciências do Mar - SIBIL, nas Lajes, e o Museu da Indústria Baleeira, em Santo Amaro.
A saída para o mar, para todos aqueles que desejam participar nesta aventura, é devidamente preparada em terra pelo skipper, através de uma explicação aos visitantes sobre as várias espécies que poderão avistar, a forma como irá decorrer a viagem e os cuidados e precauções que devem ser tomados para não interferir com a vida marinha.
Não devemos desanimar quando o mar não permitir efetuar o passeio de observação dos cetáceos. Em terra existem vários museus e centros de interpretação, principalmente nas ilhas do Pico e do Faial, que servem de interessante e cativante guarida. Outra hipótese é visitar as vigias da baleia espalhadas em pontos estratégicos das várias ilhas com panorâmicas surpreendentes.
Na observação de cetáceos há momentos que só acontecem uma vez na vida, por isso não podemos esquecer a máquina fotográfica e registar aquele encontro único… acredite, a experiência é fantástica e toda a família vai adorar!