Sugestões
Portagens
Portugal possui uma boa rede viária composta de Autoestradas (AE), Itinerários Principais (IP), Itinerários Complementares (IC), Estradas Nacionais (EN) e Estradas Municipais.
A circulação nas autoestradas está sujeita ao pagamento de portagens, que em Portugal podem ser de dois tipos diferentes - as tradicionais com cabines e as que são exclusivamente eletrónicas.
Nas portagens com cabines o pagamento é feito em numerário ou por cartão bancário, existindo uma forma alternativa de pagamento, a Via Verde, um sistema de teleportagem em que a cobrança é efetuada por débito bancário, e que se destina apenas aos possuidores de um identificador de via verde, previamente adquirido nos respetivos pontos de venda (www.viaverde.pt ).
Este sistema também está disponível para os veículos de matrícula estrangeira através do Via Verde Visitors, um dispositivo temporário que mediante o respetivo aluguer permite a circulação e o pagamento em todas as infraestruturas rodoviárias que disponham de sistema de cobrança de portagens (incluindo as vias de portagens eletrónicas e as pontes). A adesão a esta modalidade não tem fidelização, nem prazo de validade e o identificador tem uma garantia vitalícia. Mais informações e adesão disponíveis em https://visitors.viaverde.pt/pt/ sendo o pagamento efetuado através de um cartão de crédito internacional e apenas nos meses em que o serviço é utilizado.
Portagens eletrónicas
As vias com portagens eletrónicas estão devidamente identificadas. Nestas vias não existem cabines de portagem vigorando um sistema de cobrança que é exclusivamente eletrónico e em que a passagem dos veículos é detetada através dos pórticos existentes ao longo da via.
Para efetuar o respetivo pagamento, os veículos com matrícula estrangeira poderão utilizar os meios de pagamento identificados em www.portugaltolls.com. Há várias modalidades disponíveis que se destinam apenas e especificamente às vias de portagens eletrónicas e cuja adesão pode também ser efetuada online:
- Easytoll - associa o cartão bancário à matrícula do veículo efetuando o débito automático na conta e é válido por 30 dias;
- Tollcard - pré-carregamento com valores fixos (5, 10, 20 ou 40 euros) consumidos em função da utilização e válido por um ano após ativação;
- Cartão virtual 3 dias – tem um custo fixo e é válido por 3 dias com viagens ilimitadas. Apenas disponível para veículos classe 1 (incluindo motas) e classe 2.
- Cartão virtual multiviagem – tem um custo fixo e é válido apenas em trajetos pré-definidos com partida ou destino nos aeroportos do Porto e de Faro.
É ainda possível utilizar o dispositivo Temporário CTT que, mediante pré-carregamentos, é válido apenas nas autoestradas com sistema de cobrança exclusivamente eletrónico e os dispositivos Via Verde válidos em todas as portagens, eletrónicas ou não, e em pontes.
Interoperabilidade com sistemas de outros países
Atualmente, todos os dispositivos Via-T (Espanha) e alguns dispositivos franceses são aceites na rede nacional de autoestradas, quer nos sistemas exclusivamente eletrónicos quer nas barreiras tradicionais, onde podem ser usadas as vias reservadas a clientes Via Verde. A utilização do serviço estará dependente do emissor do seu dispositivo, pelo que recomendamos que, antes da utilização nas autoestradas portuguesas, entre em contacto com o seu emissor e confirme que o serviço se encontra ativo.
Veículos de matrícula portuguesa
Quanto aos veículos de matrícula portuguesa e no caso dos veículos em regime de aluguer sem condutor, algumas empresas, para comodidade dos clientes, instalaram nas suas viaturas dispositivos eletrónicos para pagamento de portagens, repercutindo os custos nos valores a cobrar. Se os veículos não tiverem dispositivo instalado são normalmente os clientes a efetuar o pós-pagamento nas Estações de Correio (CTT) ou das lojas pertencentes à Rede Payshop a partir do 2º dia após a passagem na portagem e durante um período de 15 dias úteis. Depois de terminado o prazo de pagamento, o condutor incorrerá numa situação de infração sujeita a coimas.
Rout-E: descobrir Portugal de mota elétrica
Hoje em dia, é incontornável pensar em mobilidade sustentável e em adotar meios de transporte com baixas ou nulas emissões de CO2, seja no que fazemos todos os dias ou para continuar a viajar, mas reduzindo a pegada de carbono nas deslocações.
No projeto Rout-E, sugerimos cinco itinerários de norte a sul do território nacional - Porto e Norte, Centro de Portugal, Lisboa, Alentejo e Algarve – mostrando percursos e locais que caraterizam o que há de melhor no país. À boleia de motas elétricas, dando visibilidade a uma forma diferente de passear, revelamos o que se descobriu numa viagem onde sustentável e espontâneo foram as palavras-chave, a que se juntou uma oferta diversificada e autêntica fora dos habituais polos de atração das grandes cidades.
Junte-se a esta ideia e inspire-se para realizar a sua viagem sustentável por Portugal.
Porto e Norte
O Vale do Douro e as suas vinhas convidaram a uma rota panorâmica, que seguiu para os Passadiços do Paiva e daí para a paisagem luxuriante da Frecha da Mizarela. Chegar ao Porto de mota elétrica foi o mote perfeito para visitar uma das mais recentes atrações da cidade, o World of Wine, mas também para descobrir o antigo Mosteiro da Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia.
Centro de Portugal
O Centro de Portugal é uma região extensa, plena de sítios por onde a história passou e por onde, agora, se criaram novas memórias, sempre em veículos sustentáveis. Desde as gravuras rupestres de Foz Côa à aldeia de Castelo Rodrigo, os monumentos históricos encheram o olho, numa sucessão que depois percorreu 100 km até Belmonte, outra Aldeia Histórica. Pelo caminho, os deslumbrantes Passadiços do Mondego mereceram uma paragem, numa rota que reservou surpresas no sopé da Serra da Estrela, entre fábricas de burel e queijos que despertam os sentidos.
Lisboa
Visitar a região de Lisboa de forma sustentável é a melhor opção para ligar o passado longínquo, dos bairros históricos de Belém e da Baixa Pombalina, à renovação da cidade para o séc. XXI, como se anunciou no Parque das Nações. Depois de descobrir a cidade, o passeio seguiu para norte, aproveitando o facto de ser a única capital europeia com praias atlânticas. Foi praticamente obrigatório seguir a estrada ao longo do mar - passando por Estoril, Cascais e Guincho, com paragem nas Azenhas do Mar, em Mafra e na Ericeira -, num dos percursos mais apreciados da costa portuguesa.
Alentejo
Por planícies pintalgadas de amarelo emergiu o Alentejo, uma região recheada de segredos e localidades que retêm o seu espírito já de séculos. O percurso pode começar no refúgio costeiro da Comporta e rumar a sul, passando por castelos que contam histórias de estoicismo de quem lá viveu. A partir das aldeias caiadas de branco, como Santa Susana, ou em xisto, como Monsaraz, abrem-se estradas para cidades grandes como Évora e Beja, cujas ruas deixam marca no imaginário de quem as visita.
Algarve
A sul, o Algarve continua a ser um destino imperdível e uma referência para o slow travel: partindo das reservas de sal de Castro Marim e calcorreando as terras mais conhecidas deste paraíso muito português, de Loulé a Portimão, passando por Silves. A vila histórica de Lagos revelou as suas surpresas, a caminho de um destino final em Sagres, junto ao ponto mais ocidental do Algarve e mais a sudoeste de Portugal.
Num compromisso que assenta na sustentabilidade social, económica e ambiental, Portugal é um destino de paisagens que primam pela valorização e preservação do seu património cultural, de braços abertos para todos os que o queiram descobrir.
Uma nova rota sustentável começa agora: está na hora de partir à descoberta!
Rota do Pão-de-Ló
Portugal é um país rico em gastronomia e doçaria; uma caraterística muito lusitana, de servir e deliciar quem está à mesa. Mas entre tantos bolos e doces tradicionais daqui e dali, prontos a meter o ponto final numa farta refeição ou a trazer cor a uma pausa a meio do dia, há uma iguaria que une os portugueses: o Pão-de-Ló.
Mais cremoso ou mais seco, mas sempre fofo, é um bolo que remonta pelo menos ao séc. XVIII. Acredita-se que a versão original portuguesa derivou da genovesa, o Génoise, criado por Giovan Battista Cabona; ou de criações ibéricas da época renascentista, que eram apelidadas de "Pão de Espanha". O que é certo é que esta delícia esponjosa até hoje maravilha pessoas de todas as culturas e gerações.
A receita, na variedade mais básica, é muito simples. São três os ingredientes essenciais: ovos, açúcar e farinha de trigo. Não leva fermento nesta versão; bate-se o açúcar com os ovos, acrescenta-se a farinha e vai ao forno. Mas eis a riqueza do Pão-de-Ló: há tantas variantes, do norte ao centro do país, famosas em todo o território e cada português tem a sua preferida.
Comece-se por Guimarães, bem a norte do país, que se destaca por contar com raspas de limão neste doce. Uns 25 quilómetros a sul, chega-se à freguesia de Margaride, em Felgueiras, onde o pão-de-ló se carateriza pela confeção com batedores de madeira e uma ida a um forno de abóbada de barro, em forma de barro também. Perto, a oeste, na cidade de Vizela, encontra-se o Pão-de-Ló mais distinto, o Bolinhol; este destaca-se por ter forma retangular e ser coberto de calda de açúcar.
©Emanuele Siracusa / Centro Portugal
Mais a sul, no cruzamento entre o Douro e o Tâmega, há uma tradição mais manual no que toca à confeção: os elementos são batidos durante dez minutos com as mãos, seguindo depois para forno de barro. Em Arouca, o Pão-de-Ló serve-se com uma particularidade: para além da calda de açúcar de Vizela, o doce é preparado em fatias e embalado, vendendo-se assim ao público. E para uma textura extra fofa e cremosa, nada como rumar até ao litoral; lá, o pão-de-ló de Ovar (que conquistou denominação de origem protegida em 2016) conta com um interior húmido, cujo ponto de cozedura vai depender inteiramente da destreza e discernimento do pasteleiro.
Já nas imediações de Ílhavo, o pão-de-ló de Vagos não é habitualmente comercializado, apesar de se distinguir dos demais com um travo de laranja e um gostinho de sal. Em Figueiró dos Vinhos, o aspeto do bolo não se fica por menos: é cozinhado numa forma tipo bundt, e adquire um aspeto de anel raiado. Perto de Peniche, em Alfeizerão, o Pão-de-Ló tem direito a álcool, na forma de aguardente vínica; é côncavo ao centro, o seu exterior crocante e é mais baixo do que a generalidade dos pães-de-ló.
Também temos o pão-de-ló de Rio Maior, com um diâmetro de 20 a 25 centímetros e uma cor mais torrada do que a dos demais. O de Alpiarça, nas imediações de Santarém, é o mais mole do país; ao trilhar uma fatia, o creme escorre, vistoso e instagramável. Ainda podemos encontrar em Portugal o não-oficial "pão-de-ló à Brasileira", com uma textura ímpar por serem usados menos ovos.
Fora de Portugal, o japonês "Kasutera", especialidade de Nagasáqui, compara-se bem ao luso, que foi para lá importado há séculos por mercadores portugueses e, nos países anglófonos, são típicos os "sponge cakes", de aspeto relativamente semelhante ao Pão-de-Ló.
É um percurso de norte ao centro, de sabores variados com uma receita em comum, mas uma coisa é certa: onde quer que se coma um pão-de-ló português, fica o travo de terras singulares, a história e evoluções na confeção e um prazer sem comparação. Deixe-se deliciar!
Portugal Manual | Curated Cultural Experiences
Conheça Portugal pelas mãos de artistas que se inspiraram na tradição e no saber-fazer para trabalhar de forma inovadora os materiais de sempre.
O artesanato português é uma imensa manta colorida onde cabem pessoas, artesãos, tradições familiares e conhecimento ancestral, marcas de identidade tecidas na ponta dos dedos que reforçam a coesão social e que contribuem para o desenvolvimento sustentável e económico das regiões.
Vanessa Barragão © Pedro Sadio/Portugal Manual - Curated Cultural Experiences
Da tecelagem à moda, da escultura em madeira à cerâmica, do mobiliário à joalharia – estas e outras atividades estão a trasnformar-se. É com identidade, personalidade e paixão que muitos artesãos têm vindo a recuperar materiais tradicionais na criação de peças contemporâneas, desenvolvendo uma produção em pequena escala com recurso a tecnologias inovadoras e promovendo o consumo sustentável.
É nesta época que muitos reconhecem como sendo plenamente digital, que o projeto Portugal Manual - Curated Cultural Experiences pretende mostrar quem são os novos artesãos que recuperam os ofícios e as matérias-primas locais para criar peças personalizadas e únicas, de norte a sul do país e nas ilhas da Madeira e dos Açores.
Mais informação em https://curatedexperiencesportugal.com
Iva Viana ©Pedro Sadio/Portugal Manual - Curated Cultural Experiences
As Curated Cultural Experiences são uma iniciativa Portugal Manual com o apoio do Visitportugal.
Mercados de Natal em Portugal
Chega a reta final do ano e Portugal ganha outro brilho. Conhecido como o cantinho de inverno mais quente da Europa, não é para menos: podemos sempre contar com um agradável sol de inverno, clima ameno e fracos ventos, de dezembro a fevereiro. Não está fora das possibilidades passear na praia nesta quadra natalícia, nem passar a tarde numa bela esplanada.
Mas o país inteiro ganha vida com o entretenimento de Natal, a começar pelas luzes que trazem alegria e cor aos centros urbanos – e não só. Ouvem-se cantos natalícios, veem-se as delícias da época preencher as vitrines das pastelarias, desde o Bolo Rei às Filhoses, passando ainda pelas Rabanadas; é mágico viver o Natal em Portugal.
Óbidos Vila Natal, ©Câmara Municipal de Óbidos
E no centro dessa magia estão os mercados e as feiras de Natal, que animam as localidades de norte a sul do país. Entre doçaria, produtos locais, artesanato e lembranças natalinas é possível encontrar de tudo nestes eventos, que por hábito têm presente um Pai Natal, muitas vezes elfos e outra animação dedicada ao tema, proporcionando momentos inesquecíveis para toda a família.
Os mercados têm outro brilho, muito português; um povo acolhedor, com uma genuinidade própria que chega às bancas. Os doces são feitos com carinho, entregues com um sorriso; as lembranças ficam para a vida e são sustentáveis, não fosse o artesanato local ser feito à base de materiais únicos do nosso país, como a cortiça e as fibras recicláveis. E este ano, os grandes eventos da quadra estão mesmo de regresso a Portugal!
Aldeia Natal de Cabeça, ©Pedro Ribeiro
Em Lisboa, a Wonderland regressa ao coração da cidade, no Parque Eduardo VII, entre 29 de novembro e 5 de janeiro de 2025, e com ela a enorme roda gigante e a pista de gelo ecológica. Já na Baixa, está de volta até 22 de dezembro, o Rossio Christmas Market, que promete muita diversão para toda a família, além das tradicionais barraquinhas de artesanato e gastronomia da época. Aproveite e assista também a um dos diversos concertos natalícios que regressam à cidade com o programa Natal em Lisboa.
Também Cascais se transforma numa verdadeira “vila Natal”, de 30 de novembro a 2 de janeiro de 2024, contando com o Mercadinho, a Casa do Pai Natal, uma Pista de gelo, e claro, a habitual Roda Gigante na Baía de Cascais. Já em Setúbal Natal, que decorre de 23 de novembro a 5 de janeiro de 2025, tem como grande destaque o mercado na Avenida Luísa Todi, com produtos regionais, artesanato, gastronomia, a Casa do Pai Natal, uma praça de restauração e e uma programação recheada de atividades para toda a família.
©Henrique Seruca/Visit Madeira
No Porto, ao longo de dezembro, uma programação repleta de atividades promete trazer toda a magia do Natal. Entre as atrações estão pistas de gelo, espetáculos de música, apresentações de luzes e diversos eventos de entretenimento, além das tradicionais feiras e mercados típicos da época. Em Viseu, de 1de dezembro a 6 de janeiro de 2025, a cidade volta a viver a magia do Natal através de um programa repleto de iniciativas, como o Mercado de Natal, oficinas, espetáculos e concertos para miúdos e graúdos.
Noutros pontos do país, encontra-se o mesmo ambiente natalício: em Bragança retorna a Terra Natal e de Sonhos, de 30 de novembro o até 6 de janeiro de 2025, que conta com uma vasta programação por toda a cidade e tem como grande atração uma pista de gelo natural, além de uma rampa com 40 metros, que certamente proporcionará muita diversão. Já em Santa Maria da Feira é Perlim - Uma Quinta de Sonhos, que regressa uma vez mais com diversas atrações que prometem muita magia. Em Águeda, os famosos e acolhedores guarda-chuvas e o Maior Pai Natal do Mundo esperam por si de 16 de novembro a 12 de janeiro de 2025.
Em Seia, a Aldeia Natal de Cabeça é uma festa única, por só usar materiais de decoração extraídos da natureza e ser gerida pelos moradores, que recebem os visitantes de 7 de dezembro a 1 de janeiro bem aquecidos por lã da Serra da Estrela. E claro, não podia faltar Óbidos Vila Natal, que de 30 de novembro a 31 de dezembro, transformar-se-á na Escola de Feiticeiros, para receber todos os pequenos e grandes aprendizes de magia.
Em Penamacor, de 7 a 25 de dezembro, a “Vila Madeiro” celebra o Natal com várias atrações, mas tem como ponto alto a chegada do madeiro e o acender da fogueira no adro da igreja Matriz, que junta não só as pessoas da terra bem como os turistas.
Já na ilha da Madeira, de 1 de dezembro a 7 de janeiro, o clima é de festa e a animação é diária, com destaque para a noite do Mercado, a 23 de dezembro, e claro, com o famoso fogo-de-artifício a 31 de dezembro na baía do Funchal.
Consulte a nossa agenda para mais sugestões, mas uma coisa é certa, seja qual for a região de Portugal que visitar: vai viver uma quadra natalícia cheia de cor e tradição.
Ver Portugal à luz da noite
Viaje pela noite de Portugal, para lá da típica vida noturna, quando os recursos naturais e monumentos se iluminam de norte a sul madrugada adentro.
Num país com mais de 900 anos de História, que conta com uma diversidade de paisagens e monumentos, inclusive 25 locais classificados como Património Mundial pela UNESCO, a criatividade e a modernidade aliam-se. Tudo em busca de novos conceitos e audiências, debaixo de um céu com uma tonalidade única, ao abrigo de ricas tradições e festividades.
Sob as estrelas
Sonha com um céu de estrelas, de negro profundo? No coração do Alentejo, o Alqueva foi o primeiro destino turístico do mundo para observação do céu, uma certificação obtida pela Dark Sky. Mas se a sua curiosidade recai sobre povoados autênticos, nada como uma ronda noturna pelas Aldeias do Xisto, no Centro de Portugal. Já no Porto e Norte, no Parque Natural do Vale do Tua foi a primeira área protegida a receber tal certificado; debaixo de um céu bem reputado há muitas atividades, como a observação a olho nu ou por telescópio, excursões fotográficas, canoagem noturna e ioga sob as estrelas.
Créditos: Miguel Claro
E porque os monumentos e património também se veem no ocaso do dia, porque não uma visita noturna às gravuras do Vale do Côa? O sítio da Penascosa é ainda mais impressionante pelas horas da madrugada, no melhor ambiente possível para desfrutar da arte rupestre do Paleolítico.
Celebrações de luz
Os espetáculos luminosos e as tradições populares e religiosas fundem-se ao longo do país, quer se refira a procissão das velas no Santuário de Fátima, na passagem de 12 para 13 de maio, ou as celebrações dos Santos Populares por todo o território durante junho – como o São João, com as fogueiras e com os seus balões plenos de espetacularidade no Porto, ou as marchas de Santo António em Lisboa, havendo arraiais todas as noites em sua honra. Na região do Porto e Norte, durante a Semana Santa em Braga, destaca-se a Vigília Pascal e a procissão do Ecce Homo – onde marcam presença os emblemáticos Farricocos, figuras vestidas de negro.
Foto: Santuário de Fátima
Artistas plásticos são também muitas vezes convidados a produzir obras ou a intervir na paisagem utilizando a luz, veja-se o caso do Aura Festival, em Sintra e do Lumina, em Cascais. Espetáculos de projeção de vídeo pontuam-se de norte a sul em fachadas de monumentos, a fim de promover a história e cultura. Já as luzes de Natal são motivo de visita em inúmeras cidades a partir de novembro.
Festas e tradições
E se Portugal já foi tantas vezes considerado “o país dos festivais”, é por bom motivo. O Festival do Atlântico, por exemplo, integra várias artes e marca o início do verão na ilha da Madeira. A ilha é certamente conhecida pelo fogo de artifício da passagem de ano. O espetáculo aos primeiros instantes de 1 de janeiro já foi reconhecido pelo Livro de Recordes do Guinness; atualmente, chega a oito minutos de animação e espanto.
Foto: Turismo da Madeira
As tradições noturnas fazem parte do património, em especial as festas e romarias de verão, pontos altos de celebração e vivência local. Polvilham continente e ilhas de animação e alegrias de julho a outubro, com particular incidência em meados de Agosto, como se pode experienciar em Viana do Castelo durante as Festas da Senhora da Agonia. Mas em Portugal, o verão prolongado é a imagem de marca. Feiras medievais incluem também nos seus programas de animação espetáculos noturnos, como fogo, encenações e duelos – de referir as de Santa Maria da Feira, Óbidos, Silves e Castro Marim.
Em Lisboa, é possível palmilhar os bairros populares durante todo o ano em visitas guiadas noturnas; estas passam por casas de Fado – que é Património Imaterial da Humanidade – e culminam geralmente com a oportunidade de saborear gastronomia tradicional, como uma boa tigela de caldo verde. Em Coimbra, durante a Semana Académica, em maio, destaca-se a Serenata Monumental da Queima das Fitas, na qual os alunos se juntam para celebrar a vida de estudante, junto à Sé Velha; porém, em todas as cidades académicas do país, durante o período letivo, é possível encontrar em determinados eventos e praças centrais uma tuna em atividade.
Foto: Paulo Magalhães
Circuitos e cruzeiros
Com vontade de abandonar terra firme, que tal um cruzeiro pelo rio? Durante e após o pôr do sol, pode jantar num cenário romântico, à boca do Tejo, em Lisboa, ou do Douro, no Porto. O romantismo também tem o seu lugar noturno em miradouros, os mais evidentes nas duas cidades; pelas colinas e pontos altos com vista para a paisagem urbana, enriquecidas por estarem à beira-rio.
Quem procura dinamismo não terá falta de circuitos noturnos; os roteiros são acompanhados por um guia, que apresenta locais como o centro de Lisboa e a vila de Sintra após o cair da noite, dando a conhecer a história secreta e sombria de rotas mais e menos emblemáticas, num ambiente que desperta o mistério.
Se o seu interesse é o enoturismo, de norte a sul é possível fazer visitas noturnas às vinhas. Combine a descoberta do vinho com atividades que ponham o corpo à prova e encontre a plenitude nas nossas paisagens, quer a correr, quer a caminhar, quer a fazer trekking. Experiências para a vida acontecem em Portugal. Uma delas é a subida ao Pico, nos Açores; pode começar de madrugada ou ao final da noite e ficar no alto da montanha depois de ver o entardecer. Quando acordar e o sol voltar a nascer, vai-se deslumbrar como é apanágio de Portugal: acima das nuvens.
Foto: Turismo dos Açores / Veraçor
Sketch Tour Portugal Reload
Escritores e Urban Sketchers juntam-se numa viagem especial por Portugal.
Em 2017, vinte e quatro urban sketchers de várias nacionalidades foram convidados a fazer uma viagem mostrando o seu talento e dando a conhecer o país à sua maneira, de uma perspetiva diferente.
Em 2021, uma nova edição da Sketch Tour Portugal foi pensada com um novo desafio, aliando o desenho à escrita, ou seja, convidando urban skecthers e escritores portugueses.
Aos sketchers de vários países como Espanha, Itália, França, Reino Unido, Suécia e Egipto, juntaram-se onze autores e escritores de referência da língua portuguesa, de diferentes gerações: Mia Couto, Marcela Costa, Rui Cardoso Martins, Gonçalo Cadilhe, Matilde Campilho, José Luís Peixoto, Joel Neto, Dulce Maria Cardoso, Afonso Cruz, Tiago Salazar e Jacinto Lucas Pires. Entre os sketchers estrangeiros, contamos com Charline Moreau (FR), Marielle Durand (FR), Santi Sallés (ES), Simo Capecchi (IT), Lapin (FR), Maru Godas (ES), Ian Fennelly (RU), Nina Johansson (SE), Reham Ali (EG) e Rita Sabler (EUA) para acompanhar os portugueses Luís Araújo, Nuno Branco, Alexandra Belo, Pedro Loureiro, Celeste Vaz Ferreira, Mário Linhares, Paulo Mendes, Margarida Freitas, Rosário Félix e Marco António Costa.
Surpreenda-se com as palavras e os desenhos e inspire-se para a sua próxima viagem a Portugal.
PORTO E NORTE - Tour I
Pontes centenárias, estações de comboio históricas e o rio Douro enquadrados nos postais da cidade, majestosos no seu percurso ribeirinho. Há também ruelas estreitas, adegas e uma vida que pulsa neste Porto abrigado. Descubra a cidade Invicta pelas mãos de quem a escreve e desenha.
Urban Sketchers: Paulo Mendes (Portugal) e Ian Fennelly (RU)
Escritor: Dulce Maria Cardoso
PORTO E NORTE - Tour II
A região do Porto e Norte é terra de castelos, montanhas e parques naturais, onde nos sentimos envolvidos pelo som suave dos rios e pelo burburinho das aldeias pitorescas. Uma experiência imersiva na alma do Norte de Portugal, através do património histórico e cultural.
Sketchers: Marco António Costa (Portugal) e Rita Sabler (EUA)
Escritor: Jacinto Lucas Pires
CENTRO DE PORTUGAL - Tour I
Uma viagem pelo Centro de Portugal, uma região rica em história, natureza profunda e tranquilidade que nunca deixa de surpreender.
Urban Sketchers: Alexandra Belo (Portugal) e Santi Sallés (Espanha)
Escritor: Gonçalo Cadilhe
CENTRO DE PORTUGAL - Tour II
Praias, passeios de barco, monumentos emoldurados por paisagens, sabores do mar e da montanha: o encontro com a costa atlântica no Centro de Portugal é uma feliz descoberta. Embarque nesta viagem.
Sketchers: Margarida Freitas (Portugal) e Nina Johansson (França)
Escritor: Afonso Cruz
LISBOA
Lisboa pinta-se à luz de quem nela pousa os olhos, com espanto e deleite. Sete colinas queridas, o resplandecente rio Tejo e a azáfama do quotidiano: pormenores que definem as formas da capital de Portugal.
Urban Sketchers: Rosário Félix (Portugal) and Reham Ali (Egito)
Escritor: Tiago Salazar
ALENTEJO - Tour I
O Alentejo é uma região feita de duas realidades muito diferentes: o interior e a costa. Nesta tour é tudo sobre o mar, as falésias, o peixe e a água salgada. Conhecido por ser um sítio onde o tempo para, a Sketch Tour revelou como conquistar o tempo no lindo Alentejo.
Urban Sketchers: Nuno Branco (Portugal) e Marielle Duran (França)
Escritor: Rui Cardoso Martins
ALENTEJO - Tour II
No Alentejo, o tempo não tem horas a cumprir. Na segunda tour confirmou-se que nesta região tudo acontece como é suposto – de uma forma natural, sem pressa, ao ritmo da natureza a cada passo.
Urban Sketchers: Celeste Vaz Ferreira (Portugal) e Lapin (França)
Escritor: José Luís Peixoto
ALGARVE
Reconhecido como destino de férias em Portugal, o Algarve revela-se generosamente a quem o explora com um olhar curioso. É feito de muitos lugares num só. Muitas línguas diferentes, muitas paisagens diferentes, muitas pessoas diferentes numa única região. De leste a oeste, é um destino que vale a pena explorar.
Urban Sketchers: Pedro Loureiro (Portugal) e Simo Capecchi (IT)
Escritor: Matilde Campilho
AÇORES
O arquipélago ergue-se na imensidão do Oceano Atlântico, rodeado pela natureza no seu estado mais puro. Nove ilhas idílicas com montanhas, vulcões, lagoas, grutas, pássaros e pessoas, um verdadeiro banquete para os olhos e para as aventuras de uma vida. Conheça os Açores em toda a sua magnificência!
Urban Sketchers: Mário Linhares (Portugal) e Maru Godas (Espanha)
Escritor: Joel Neto
MADEIRA
A Madeira foi escolhida para dar início à Sketch Tour Reload, um lugar onde a natureza é a língua franca e é difícil encontrar palavras para descrever o que se vê.
Urban Sketchers: Luís Araújo (Portugal) e Charline Moreau (França)
Escritor: Marcela Costa.
Acompanhe a Sketch Tour Portugal no Youtube/Visitportugal e em www.sketchtourportugal.com
É tempo de ser
Depois de mais de um ano a sonhar e a guardar a vontade de sair de casa e viajar, chegamos finalmente a bom porto. E isso significa que o esforço de todos valeu a pena.
É tempo de surfar
Comece por descobrir o sol e o mar, a usufruir do ar livre e a fazer exercício. Pode fazer um passeio pela costa e escolher uma das muitas praias de qualidade que Portugal tem. Não vai ser fácil escolher… há 372 praias com Bandeira Azul!
E quanto ao exercício, passeie, mergulhe, faça surf ou bodyboard. Relaxe e tome banhos de sol. O importante é sentir o mar! Deixe-se inspirar pelo horizonte largo e pelo céu azul. É tempo de seguir em frente, com confiança. É tempo de ser!
É tempo de saborear
De norte a sul, conheça o país pelos sabores, da comida e do vinho. Os peixes mais frescos na costa atlântica; os enchidos, os queijos e os saborosos pratos de carne no interior; a dieta mediterrânica, simples e requintada ao mesmo tempo, em que o pão, o azeite e as ervas aromáticas têm um lugar importante na mesa.
Prove sem pressa e brinde ao melhor da vida. Ser português também é gostar de estar com os amigos, à mesa, numa conversa que corre sem ter hora para terminar. É tempo de viver e saborear. É tempo de ser!
É tempo de andar
Explore os trilhos na natureza, seja em poucas horas ou por etapas, percorra os passadiços à beira-rio, parando para se refrescar nas praias fluviais, ou os antigos caminhos entre aldeias que ainda são usados por quem lá vive. Ou siga a rota dos pescadores, sempre a ver o mar, ao longo da costa atlântica. Um passeio na natureza é sempre revigorante e uma boa forma de aliviar a tensão e recuperar o equilíbrio.
Esqueça a bússola e o GPS, descubra os parques naturais e deixe-se levar pelo prazer de andar e observar simplesmente o que encontra pelo caminho. É tempo de se mexer e sair de casa, sentir a brisa, o ar puro. É tempo de ser!
É tempo de alcançar
É tão bom regressar às pequenas vilas e às aldeias do interior, para voltar a sentir o tempo! Visite as aldeias de pedra e vilas com castelos que protegeram as fronteiras durante séculos. Aproveite para conhecer as artes e os ofícios desses lugares e descobrir os sabores tradicionais da comida feita com os produtos da terra e com muito carinho.
Faça um itinerário por estradas secundárias, para apreciar a paisagem e viajando ao seu próprio ritmo. Descubra os segredos da cultura portuguesa, da arquitetura, dos mestres que sabiam como o tempo era valioso para aperfeiçoar a arte do saber fazer. Chegue aos sítios com a curiosidade de um estranho e parta como amigo. É tempo de recuperar o tempo, de alcançar, de fazer história. É tempo de ser!
É tempo de inspirar
Explore de forma diferente os lugares que já conhece e reencontre o que, de facto, tem significado para si. Percorra os bairros antigos de cidades como Lisboa ou o Porto, suba ao ponto mais alto para a melhor vista e desça até ao rio para sentir a brisa ao final da tarde, quando o sol se põe na direção do mar Atlântico.
Descubra como a arte urbana deu vida a prédios antigos, deslumbre-se com os grandes e pequenos tesouros que se encontram nos museus ou simplesmente aprecie a frescura dos jardins em dias de calor. É tempo de viver a cidade de dia e de noite, voltar a assistir a espetáculos e concertos. É tempo de planear novas aventuras. É tempo de se inspirar!
Reservas da Biosfera
Em Portugal encontram-se 12 áreas classificadas pela UNESCO como Reservas da Biosfera onde a conservação da diversidade biológica e cultural é conciliada com o desenvolvimento económico e social, mantendo o equilíbrio entre as pessoas e a natureza.
Estes 12 espaços naturais fazem parte da Rede mundial de Reservas da Biosfera e são como laboratórios vivos, tendo por objetivos principais a conservação das paisagens, dos ecossistemas e das espécies bem como o seu desenvolvimento de uma forma sustentável a nível social, económico, cultural e ecológico.
Parque Nacional Peneda-Gerês © Shutterstock - Marc Venema
No Norte de Portugal, encontram-se duas Reservas da Biosfera divididas pelas fronteiras geográficas, mas unidas pelas características da natureza e pela cultura: a Reserva da Biosfera Transfronteiriça do Gerês–Xurés cuja área em Portugal corresponde ao nosso único Parque Nacional que possui uma enorme riqueza de fauna e flora e a Reserva da Biosfera Transfronteiriça da Meseta Ibérica, no extremo nordeste do país que inclui os Parques Naturais de Montesinho e do Douro Internacional e a Paisagem Protegida da Albufeira do Azibo.
Parque Natural do Douro Internacional - © Europarques
A primeira a ser classificada em Portugal, foi a Reserva Natural do Paul do Boquilobo, uma planície aluvial de pântanos e zonas húmidas muito procurada por diversas espécies de aves em que se destacam as garças brancas. Ainda no Centro de Portugal, encontram-se mais duas Reservas da Biosfera - a Reserva Natural das Berlengas, um pequeno arquipélago em estado quase selvagem e a Reserva Transfronteiriça do Tejo Internacional, um espaço que se distribui pelas duas margens deste grande rio que marca a fronteira entre Portugal e Espanha, e que em território nacional coincide com a área do Parque Natural do Tejo Internacional. Mais a sul, nas extensas planícies do Baixo Alentejo, a Reserva da Biosfera de Castro Verde é um mosaico de sistemas ecológicos, ricos em habitats e espécies, em que se destaca uma grande variedade espécies de aves.
Reserva Natural do Paul do Boquilobo - © ICNF
Quatro das nove ilhas do arquipélago dos Açores são Reservas da Biosfera, uma classificação que inclui também as zonas marinhas envolventes. No grupo ocidental, a Ilha do Corvo é procurada por uma grande diversidade de aves migratórias e possui um elevado número de endemismos de flora, tal como a vizinha Ilha das Flores em que o elemento água é marcante com as suas cascatas e ribeiras a enquadrarem paisagens deslumbrantes. Já no grupo central, integram esta rede a Ilha Graciosa que possui um conjunto de ilhéus com importantes colónias de aves marinhas e a Ilha de São Jorge com a designação Reserva da Biosfera das Fajãs de São Jorge pelas suas mais de 70 fajãs que tiveram origem em desabamentos de terras ou lava que se estenderam até ao mar.
Ilha de São Jorge (Açores) - © Publiçor
No arquipélago da Madeira, a Reserva da Biosfera de Santana abrange toda a área do concelho, caracterizada pela sua riqueza florística inserida na Floresta Laurissilva, bem como a zona marinha envolvente, em que se destaca a Reserva Marinha da Rocha do Navio. A mais recente inserção portuguesa nesta rede mundial é a Reserva da Biosfera da Ilha de Porto Santo que possui paisagens consideradas únicas, com destaque para a imensidão da sua praia, a sua ruralidade, os seus ilhéus e o mar envolvente.
Geoparques
Conheça os geoparques portugueses que a UNESCO integrou na sua Rede Mundial. São territórios únicos que possuem locais de elevada relevância geológica, onde vai descobrir paisagens deslumbrantes.
Esta distinção foi atribuída aos Geoparques Naturtejo, Estrela e Oeste no Centro de Portugal, Arouca e Terras de Cavaleiros na área do Porto e Norte e às ilhas dos Açores no oceano Atlântico. Todos estes territórios têm características muito diferentes, mas em comum têm a preocupação com a conservação e proteção dos valores naturais e culturais, bem como promoção do desenvolvimento sustentável envolvendo as comunidades locais.
Geopark Naturtejo
Geopark Naturtejo - Portas de Almourão
O Geopark Naturtejo foi o primeiro em Portugal a obter esta classificação que reconhece a importância dos seus 17 geomonumentos como as imponentes Portas de Ródão que envolvem o Rio Tejo ou os icnofósseis de Penha Garcia. É também aqui que se situa o Parque Natural do Tejo Internacional, onde se podem observar 154 espécies de aves e praticar atividades como escalada, canoagem ou passeios pedestres e de btt. Numa visita a estas terras é imprescindível descobrir a sua herança cultural, bem patente nas aldeias históricas e do xisto.
Estrela Geopark
Estrela Geopark - Vale Glaciar
Não muito distante, fica o Estrela Geopark onde se encontra a montanha mais alta de Portugal Continental. Aqui, são visíveis as marcas da última glaciação em diversos locais como o Vale Glaciário do Zêzere ou a Lagoa Comprida. Na sua visita, poderá seguir os trilhos marcados no terreno que o levam a miradouros com vistas arrebatadoras, de onde pode apreciar as lagoas, as rochas moldadas pela natureza ou a riqueza da flora e fauna. Destaque também para o património cultural nas aldeias, nos castelos ou nas marcas da religiosidade, que para além dos muitos templos católicos, inclui uma forte presença judaica mais evidente em Belmonte.
Geoparque Oeste
Baleal - Geoparque Oeste | © OesteUGGp
Mais a sul, o Geoparque Oeste possui um património geológico, internacionalmente conhecido pelas características únicas de preservação e pelas descobertas na área da paleontologia, tendo sido identificados mais de 180 sítios fósseis e 12 espécies de dinossauros encontrados pela primeira vez no território. Nesta região, encontra-se também uma grande biodiversidade de fauna e flora e 70 geosítios, em que se destacam as arribas litorais compostas por camadas com mais de 200 milhões de anos. Para conhecer o Geoparque existem diversos percursos pedestres e rotas para veículos que levam também à descoberta dos locais históricos onde se travaram batalhas importantes contra as invasões das tropas napoleónicas.
Arouca Geopark
Passadiços do Paiva - Arouca Geopark | © Nelson Garrido
A norte, no Arouca Geopark poderá descobrir 41 geosítios com características singulares, de que se destacam as Pedras parideiras de Castanheira ou os Trilobites gigantes de Canelas. Este território montanhoso, cujos pontos mais altos estão nas Serras da Freita e de Montemuro, é atravessado por rios com excelentes condições para o canyonning, canoagem ou o rafting, que tem nos rápidos do Paiva um dos melhores locais de prática em Portugal. Outras visitas obrigatórias são a queda de água da Frecha da Misarela e os Passadiços do Paiva, que atravessam o geoparque ao longo de 8 kms, sendo uma excelente forma de o apreciar.
Geopark Terras de Cavaleiros
Geopark Terras de Cavaleiros - Albufeira do Azibo
No Nordeste Transmontano, no Geopark Terras de Cavaleiros encontra cerca de 180 km de trilhos que o levam à descoberta de 42 geosítios de reconhecido valor científico e locais de grande beleza como a Paisagem Protegida da Albufeira do Azibo. A oferta de atividades é diversificada e inclui a observação de aves, a prática de btt, canoagem, kayak ou simplesmente o relax nas praias fluviais. Numa visita à região é também fundamental descobrir a riqueza da gastronomia e a originalidade das tradições, em que se destacam os Caretos de Podence que animam as festividades de inverno.
Geopark Açores
Geopark Açores - Ilha do Pico | © Maurício de Abreu
Em pleno oceano Atlântico, o Geopark Açores é único no mundo, já que dispõe de 121 geossítios dispersos pelas nove ilhas e pela zona marinha que as envolve, espelhando a vasta geodiversidade vulcânica do arquipélago. Cada uma das ilhas tem características específicas tendo em comum a beleza avassaladora de uma natureza inebriante. Vulcões, caldeiras, lagoas, campos lávicos, fumarolas, águas termais, fajãs, escarpas, grutas e algares vulcânicos, integram a lista de riquezas geológicas da região que a majestosa montanha do Pico, de cone ainda intacto, parece proteger.