Sugestões
Magalhães a inspirar uma descoberta de Portugal
Visite Portugal inspirado no génio de Fernão de Magalhães, o primeiro navegador a empreender uma viagem à volta do mundo, no século XVI. Assuma este espírito explorador e venha descobrir o nosso país.
Comece a sua viagem pela região do Alto Douro Vinhateiro e visite a localidade de Sabrosa onde Magalhães nasceu. Esta é uma região fortemente marcada pela produção vinícola, a primeira a ser demarcada em todo o mundo. A paisagem surpreende pela beleza e originalidade das vinhas cultivadas em socalcos, que a UNESCO reconheceu como Património da Humanidade. Não perca a oportunidade de conhecer as quintas onde se produzem estes néctares e de experimentar programas de enoturismo, passando alguns dias na região.
Photo: Douro © Filipe Rebelo
Não se pode falar nos vinhos sem referir a gastronomia portuguesa, que tanto nesta região como em qualquer outra mostra a influência de culturas distantes, que remontam às viagens dos navegadores portugueses há vários séculos atrás. Aos sabores locais juntaram-se produtos e especiarias trazidos de outros continentes, que hoje em dia são parte integrante da cozinha portuguesa, como a canela, indispensável nos tão apreciados pastéis de nata.
Photo: Pastéis de nata © Shutterstock - GV - Homydesign
Essa influência longínqua está também patente na arte e arquitetura, especialmente num estilo muito português – o Manuelino – que ornamenta monumentos dos séculos XV e XVI e onde se vêm elementos marítimos como cordas e instrumentos náuticos, ou alusivos à fauna e flora de países distantes. Há muitos exemplos em todo o país, destacando-se a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos em Lisboa, ou a janela da Sala do Capítulo no Convento de Cristo em Tomar.
Photo: Biombo Namban-jin, Japão © Fundação Oriente
Também em Lisboa, no Museu Nacional de Arte Antiga fique a saber mais sobre o papel de Portugal como percursor dos encontros de culturas, comprovado por objetos como os biombos Namban em que estão representados portugueses, os primeiros ocidentais avistados no Japão. Outro local a visitar é o Museu de Marinha, que evoca as descobertas dos navegadores portugueses e inclui modelos de embarcações em tamanho real. Aqui ainda poderá ver o primeiro hidroavião a completar a travessia do Atlântico Sul e que foi pilotado por portugueses, mais uma vez confirmando este espírito explorador.
Photo: Dark Sky Alqueva |The Moon Milky Way - Convento da Orada|Monsaraz © Miguel Claro
Fundamental para delinear estas rotas é a observação astronómica. E em Portugal existem diversos locais com excelentes condições de visibilidade noturna para a observação das estrelas, estando dois certificados internacionalmente como “Starlight Tourism Destination” ou Reserva Dark Sky. No Alentejo, o Dark Sky Alqueva aproveita as condições únicas do grande lago, e no Centro de Portugal, as Aldeias do Xisto estão numa zona sem poluição luminosa onde se pode observar o céu na sua plenitude. Para além disso são sítios de grande beleza e tranquilidade onde pode descansar e repor energias para outros desafios.
Photo: Algarve © Turismo do Algarve
Se preferir explorar as profundezas do oceano, experimente os spots com excelentes condições para o mergulho. No continente, ou nas ilhas dos Açores e Madeira, há vários recifes naturais ou artificiais, proporcionados por naufrágios, onde pode apreciar a vida submarina. Mas no mar, nos rios, em terra ou no ar, há muitas outras formas de testar os limites numa grande diversidade de paisagens em plena natureza. Da espeleologia ao rafting, do surf ao canyonning são várias as atividades radicais para fazer subir a adrenalina. É só escolher a que melhor se adapta ao seu gosto e estado de espírito.
Surf no Centro de Portugal
Entre os concelhos de Ovar e Torres Vedras, são cerca de 300 km de costa atlântica na região Centro de Portugal que os surfistas podem explorar à procura da onda perfeita ou simplesmente para se deixarem surpreender pela variedade de ondas.
O verão é a estação do ano mais convidativa na costa oeste para fazer praia, mas é no início do outono e no inverno que se podem ver as melhores provas de surf, quando o mar se torna mais vivo e desafiante.
Nazaré e Peniche são locais de grande referência internacional, mas existem outros surf spots que vale a pena conhecer. Um percurso ao longo da costa irá revelar praias com condições de excelência. Para quem ainda não tem muita prática ou para quem quiser conhecer melhor as caraterísticas do mar atlântico, as escolas de surf têm programas para descobrir os melhores spots e as melhores ondas longe dos lugares mais concorridos.
Aveiro © André Carvalho
Indo de norte para sul, a costa de Aveiro pode ser a primeira paragem. É raro o dia em que não há ondas na Praia da Barra, com vários picos que agradam a qualquer tipo de surfista. A Praia da Costa Nova poderá não ser um spot de surf mas é conhecida pelas casas coloridas às riscas brancas, vermelhas e azuis e vale a pena visitar, assim como a Praia de Mira, uma das primeiras a ter Bandeira Azul em Portugal e um dos locais onde ainda se preservam os métodos tradicionais de pesca. Nesta costa, os pescadores ainda praticam a Arte Xávega, em que as redes são lançadas ao mar em pequenas embarcações e recolhidas a força de braço para o areal (atualmente já com a ajuda de máquinas).
Em termos de singularidade, as praias da Figueira da Foz são muito apreciadas pela comunidade surfista por terem ondas direitas longas. A da Praia de Buarcos chega a atingir os 800 metros no inverno e dizem ser a mais comprida da Europa. Foi na Praia do Cabedelo que se realizou a primeira edição do campeonato mundial de surf, em Portugal, nos anos 80.
Primeiro Molhe, Figueira da Foz © André Carvalho
Continuando o percurso ao longo da costa e acompanhando a longa extensão verde do Pinhal d’El Rei, uma mata com vários séculos plantada nos séculos XIII e XIV, vale a pena passar por São Pedro de Moel, com a sua baía em concha, protegida do vento norte.
Chega-se depois à Nazaré, com um mar surpreendente. O fundo do mar forma um desfiladeiro com 230 km de extensão e 5.000 metros de profundidade conhecido por “canhão da Nazaré”, dando origem a ondas gigantes que terminam na Praia do Norte. Conhecido pelos surfistas portugueses mais destemidos, o fenómeno ganhou um lugar no surf mundial quando o havaiano Garret McNamara bateu o record do Guiness ao surfar uma onda de 30 metros. Desde então, muitos apreciadores do espetáculo do surf acorrem a este local, que tem no Forte de São Miguel Arcanjo um ponto de observação privilegiado.
Garrett MacNamara Wave, Praia do Norte, Nazaré © Tomané
Cerca de 60 km a sul, a península de Peniche é um lugar especial para fazer surf. A sua formação proporciona uma parte da costa virada a norte, onde se encontram as praias dos Belgas, Almagreira, Lagido e Norte, e outra parte virada a sul, abrigando as praias do Molhe Leste, Medão Grande, Consolação e Batel. Os surfistas podem contar com um vento offshore e muitos dias de ondas tubulares, condições ideais tanto para quem tem mais experiência como para amadores. A praia de Medão Grande, mais conhecida pelo nome de Supertubos devido à forma das suas ondas, é uma das mais importantes, onde todos os anos decorre o campeonato Meo Rip Curl, uma etapa do World Surf League.
Peniche © André Carvalho
Muito perto, as praias recortadas do concelho de Torres Vedras, como a Praia de Santa Cruz são um desafio para os melhores surfistas mundiais e frequentemente escolhidas para organizar várias competições internacionais de surf, como o Santa Cruz Ocean Spirit.
Santa Cruz Beach Noah Surf Bar © Emanuele Siracusa
Entre surf e praia, o passeio é enriquecido pelo património e pelas tradições das vilas e aldeias piscatórias que se vão descobrindo ao longo da costa, sem perder as especialidades de peixe fresco e marisco da gastronomia portuguesa, com uma forte ligação ao mar.
De norte a sul, pela E.N. 2
Conheça o interior de Portugal percorrendo a Estrada Nacional 2 que atravessa o país de um extremo ao outro.
Desde Chaves, no Norte quase junto à fronteira com Espanha, até Faro no Algarve à beira do Oceano Atlântico, a mais longa estrada portuguesa tem uma extensão de cerca de 739 quilómetros e muitas histórias para contar. Um itinerário perfeito para descobrir a cultura e a paisagem do nosso país em toda a sua autenticidade.
Antes de partir, e para ficar com uma recordação que comprove a passagem por esta via, muna-se do respetivo passaporte que poderá obter num Posto de Turismo e sempre que parar para visitar as várias localidades não se esqueça de procurar o carimbo que comprova a sua presença.
Photo: Chaves - Ponte romana © ARPT Porto e Norte
Sugerimos que comece a sua viagem junto ao marco que assinala o quilómetro 0 na rotunda perto do Jardim público de Chaves. Esta é uma zona de montanhas rica em águas termais, como as de Chaves que já eram apreciadas pelos romanos, ou as de Vidago e de Pedras Salgadas onde reina um charme que nos faz viajar no tempo até à Belle Epoque. A estrada prossegue passando por Vila Real, Santa Marta de Penaguião e atravessa o Alto Douro Vinhateiro, uma paisagem inigualável classificada património mundial pela UNESCO. Para saber mais sobre este território visite o Museu do Douro em Peso da Régua, que exalta a tradição vinícola desta que é a mais antiga região vinícola demarcada do mundo.
Photo: Vale do Douro © Rui Cunha
A estrada atravessa o Rio Douro e passa por Lamego, cidade histórica onde é obrigatório visitar a Sé e o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios que todos os anos em setembro é palco de uma das importantes romarias do país. Mais a sul, no coração de outra região vinícola demarcada - o Dão -, Viseu possui tesouros artísticos imperdíveis como o Museu Grão Vasco e a Catedral.
A Nacional 2 continua pela zona mais central do país, passando por localidades como Tondela, Penacova, Lousã e Sertã, onde se encontram muitas praias fluviais, verdadeiros oásis de frescura nos dias quentes de verão. Mas o local onde se situa efetivamente o centro geodésico do país está assinalado com um marco – o Picoto da Melriça no concelho de Vila de Rei, um carimbo imperdível no seu passaporte. Em Abrantes, a última localidade a norte do rio Tejo, suba ao castelo para admirar um panorama vastíssimo que abrange grande parte do rio e se estende pela Beira Baixa, Alentejo e Ribatejo.
Photo: Estrada Nacional 2 © Foge comigo! - Fernando Romão
A sul do Tejo, o Alentejo é uma região de planícies a perder de vista e tradições marcadas, algumas das quais foram elevadas à categoria de património da humanidade como o Cante alentejano ou a manufatura de chocalhos. Em Mora, visite o Fluviário que dá a conhecer a diversidade da fauna e flora dos nossos rios, e em Coruche, no Observatório do Sobreiro e da Cortiça, pode ficar a saber tudo sobre estas árvores tão marcantes na paisagem alentejana, que são tema de uma rota no Algarve em São Brás de Alportel.
Photo: Faro - Largo da Sé © Arquivo Turismo de Portugal
Depois de atravessar onze distritos e 35 concelhos, a Estrada Nacional 2 chega ao fim em Faro, com vista para o mar. A capital do Algarve, junto à Ria Formosa é uma cidade que seduz pela sua riqueza histórica e o epílogo perfeito para esta estrada que atravessa tantas histórias. Venha descobri-las ao seu ritmo.

A banhos nos Açores
As nove ilhas dos Açores possuem muitas zonas balneares, algumas em locais absolutamente inesperados. As opções são muito variadas e sempre em sítios de grande beleza, o que torna a escolha difícil.
É possível tomar banho nas crateras de antigos vulcões e em praias com areais de tons que vão do dourado ao negro.Ou em lagoas e poças, algumas delas com águas termais quentes. Mas também há piscinas naturais entre rochas, baías abrigadas e zonas de mar aberto dotadas de infraestruturas de apoio, onde se pode nadar em segurança.
Photo: Praia Formosa | Ilha de Santa Maria © ABAE
No grupo oriental, na Ilha de Santa Maria encontram-se as únicas praias de areia clara do arquipélago - Praia Formosa e Praia de São Lourenço. Já na ilha maior - São Miguel - são muitos os areais de cor negra como a Praia do Fogo, da Vinha da Areia, das Milícias ou o Areal de Santa Bárbara que tem excelentes condições para o surf. A complementar esta oferta várias piscinas naturais como a Zona Balnear de Lagoa ou o Porto da Caloura, e locais únicos e deslumbrantes de que é exemplo o Ilhéu de Vila Franca do Campo acessível por ligações regulares por barco. E aqueles que preferem os banhos quentes podem usufruir dos benefícios das águas termais em plena natureza nas diversas poças e caldeiras alimentadas diretamente do interior da terra.
Photo: Praia do Areal de Santa Bárbara - Ilha de São Miguel © ABAE
No grupo central, na Ilha Terceira, os concelhos de Angra do Heroísmo e Praia da Vitória rivalizam em número e qualidade de zonas balneares, destacando-se no primeiro a Salga, a Baía do Refugo ou as Cinco Ribeiras, e no segundo a Praia Grande, a da Riviera ou as piscinas naturais de Porto Martins. Já na Ilha Graciosa, as piscinas naturais do Carapacho são uma alternativa às Praias do Barro Vermelho e de São Mateus.
Photo: Piscinas do Carapacho | Ilha Graciosa © Publiçor
As restantes três ilhas deste grupo estão muito próximas entre si e oferecem uma diversidade de zonas balneares. Na Ilha do Faial encontram-se praias de areia escura, algumas bem conhecidas como a Praia de Porto Pim junto à cidade da Horta, e a Praia do Almoxarife a cerca de 5 kms da cidade, mas também há diversas piscinas naturais entre as rochas negras de basalto. São equipamentos dotados de boas infraestruturas de apoio que também se encontram na Ilha de São Jorge em que se destaca a Zona Balnear da Preguiça perto de Velas, e na Ilha do Pico a Furna de Santo António ou a Piscina do Cais.
Photo: Praia de Porto Pim - Horta | Ilha do Faial © Nuno Rodrigues
Mais distante do continente europeu fica o grupo ocidental, em que a Ilha das Flores é conhecida pelas muitas cascatas e lagoas onde se pode tomar banho em cenários de natureza intocada. Mas também se encontram zonas balneares como as piscinas naturais de Santa Cruz, tal como na Ilha do Corvo, que possui um único areal de cor negra justamente conhecido como a Praia de Areia, que é a principal zona balnear da ilha.
Os Açores são um destino de eleição para diversos desportos náuticos, especialmente para o mergulho com paisagens submarinas espetaculares que incluem reservas marinhas e campos termais onde a água quente brota do interior de rocha. Imagens de grande beleza a descobrir tanto à superfície como no fundo do mar.
Dias de praia na Madeira
Com um mar de águas tépidas e um clima ameno ao longo de todo o ano, o arquipélago da Madeira é um destino de praia com uma oferta variada que abrange os mais diversos gostos.
De areia dourada ou escura, de seixos rolados ou inseridas no meio das rochas em paisagens deslumbrantes, as zonas balneares são muitas e oferecem excelentes condições e bons equipamentos de apoio.
Photo: Praia de Porto Santo © Francisco Correia
O areal mais longo, com 9 kms de comprimento, encontra-se na Ilha de Porto Santo e a sua cor dourada a contrastar com um mar azul turquesa é a imagem mais emblemática deste destino que fica a cerca de duas horas de barco da ilha principal, e a apenas 15 minutos de avião.
Photo: Praia da Banda d'Além - Machico © Shutterstock | DaLiu
Já na ilha da Madeira existem algumas praias de areia dourada, como por exemplo as da Calheta e de Machico na costa sul que foram criadas artificialmente e são espaços de lazer muito apreciados. Embora pouco frequentes, as praias de areia escura, de origem vulcânica são naturais da ilha. Algumas estão inseridas em cenários deslumbrantes como a Prainha no Caniçal, junto à Ponta de São Lourenço, ou a Praia do Seixal, cujo tom negro do areal está emoldurado pelas montanhas verdes, num contraste que forma uma paisagem muito bela.
Photo: Complexo Balnear do Lido - Funchal © Shutterstock - Anna Lurye
Há muitos outros locais na Madeira com boas condições para ir a banhos. Desde logo no Funchal, cujo complexo balnear mais famoso é o do Lido, com acesso direto ao mar por escadas e piscinas naturais de água salgada renovada diariamente. Nesta cidade encontra-se uma oferta semelhante nas zonas balneares da Barreirinha, das Poças do Gomes, da Ponta Gorda ou do Clube Naval. Para quem prefere mesmo praia, poderá optar pela Praia Formosa, que tem piso de seixos rolados e muita animação que se prolonga pela noite fora.
Na costa norte, destaca-se o Complexo Balnear de Porto Moniz, com piscinas naturais entre as rochas onde a água é renovada constantemente pelas marés. Mas por toda a ilha não faltam zonas balneares bem apetrechadas. Palmeiras, Reis Magos, Ribeira Brava, Ponta Delgada ou Ribeira do Faial são outros nomes a reter para quem se quiser refrescar um pouco.
Photo: Complexo Balnear de Porto Moniz © ABAE
Para os que para além dos banhos de sol e mar procuram mais adrenalina encontram também condições para a prática de diversas atividades, como por exemplo o surf que tem excelentes spots no Jardim do Mar e no Paul do Mar, na costa sudoeste da Ilha da Madeira.
Este arquipélago é também um destino de referência mundial para o mergulho, pela riqueza em fauna e flora e pela grande visibilidade no fundo do mar, destacando-se as reservas marinhas como a Reserva Natural do Garajau, ou a Ilha de Porto Santo. Uma oferta muito variada, para uns dias de lazer bem preenchidos.
Ir à praia na região Porto e Norte
No norte de Portugal há muitos quilómetros de praias em cenários de grande beleza. Uma escolha variada com boas infraestruturas de apoio, tanto na orla costeira, como no interior do território, nos cursos de rios e ribeiras.
No litoral, as praias são banhadas pelo Oceano Atlântico que aqui é normalmente bravio e revigorante, ideal para praticar desportos cheios de adrenalina, mas também muito apreciado por fiéis que não trocam de destino de férias. É assim em Moledo e Vila Praia de Âncora, no extremo norte, praias de grande beleza, frequentadas por famílias que desde há muitos anos encontram aqui o lugar ideal para descansar e reunir os amigos. Viana do Castelo, na foz do Rio Lima, possui areais espaçosos, como Afife e o Cabedelo, que oferecem boas condições para a prática de surf.
Photo: Praia de Castelo do Neiva | Viana do Castelo © ABAE
Em pleno Parque Natural do Litoral Norte, no concelho de Esposende, Ofir é um destino bem conhecido dos veraneantes, onde a beleza natural se alia à animação noturna. Bem perto, a Praia da Apúlia pontuada por curiosos moinhos de vento era conhecida como terra de sargaceiros já que a apanha das algas – o sargaço utilizado na fertilização dos terrenos agrícolas - era uma das atividades de maior tradição na região.
Mais a sul, Espinho oferece boas condições para os surfistas de todos os níveis, destacando-se na Praia da Baía a onda direita do Casino um spot bem conhecido dos mais experientes que na Póvoa de Varzim encontram também ondas consistentes e fortes. Esta faixa costeira que se estende até Vila do Conde possui fortes tradições piscatórias, que ainda hoje estão bem presentes. Matosinhos e Gaia rivalizam em número de praias com extensos areais e boas condições para a prática de desportos, oferecendo equipamentos únicos como a Piscina das Marés, em Leça da Palmeira, projetada por Siza Vieira. No concelho de Gaia, a passadeira marítima que facilita as deslocações é também utilizada para a prática de desporto e oferece vistas surpreendentes, como a curiosa Capela do Senhor da Pedra em pleno areal de Miramar.
Photo: Praia do Senhor da Pedra - Miramar | Vila Nova de Gaia © Arquivo Turismo de Portugal
Grande parte destas praias ostentam os galardões de bandeira azul e praia acessível, que confirmam a sua boa qualidade e acessibilidade, garantias que se podem também encontrar nas praias fluviais. Inseridas em Parques Naturais e noutras áreas preservadas, muitas dessas zonas balneares encontram-se em cenários que deslumbram pela sua beleza. É o caso do Douro Internacional, junto à fronteira com Espanha onde se encontra a Praia da Congida. Ou da Albufeira do Azibo com águas de temperaturas muito agradáveis de que é possível desfrutar em segurança nas Praias da Ribeira ou da Fraga da Pegada.
Photo: Praia da Fraga da Pegada - Albufeira do Azibo | Macedo de Cavaleiros © Manuel Cardoso
Nos rios Lima, Vizela, Coura, Caima e Cávado existem outras zonas balneares proporcionadas por represas ou por pequenas cascatas, onde a frescura é uma constante. Aqui o verde é a cor dominante e uma ida à praia tem como bónus a possibilidade de observar aves e diversas espécies de fauna e flora nos seus habitats. Em muitos destes locais existem também trilhos marcados no terreno que permitem a descoberta do território e o contacto com as populações e atividades tradicionais. Siga-os e aproveite uma ida à praia para um mergulho nas tradições e cultura desta região.
Ilhas atlânticas - Madeira e Açores
Sonhar em fazer férias numa ilha está muito próxima da ideia de paraíso e para quem decide as viagens por esse critério, os arquipélagos dos Açores e da Madeira são destinos a não perder.
Madeira
600 anos depois de ser descoberto pelos portugueses, o arquipélago da Madeira continua a surpreender quem o visita. Desde 2015, tem sido consecutivamente considerado o melhor destino insular pelos World Travel Awards, facto justificado pelas suas caraterísticas e pela excelência dos serviços ligados ao turismo.
A temperatura amena todo o ano, a beleza natural, a vegetação exuberante da Madeira e as longas praias de areia dourada de Porto Santo são grandes atrativos e permitem a prática de muitas atividades ao ar livre.
Fazer caminhadas na natureza seguindo as levadas, visitar uma floresta laurissilva milenar que é Património da Humanidade, conhecer o património cultural, usufruir do sol e do mar nas praias e nas piscinas naturais, jogar golfe ou fazer programas de saúde e bem-estar são algumas das opções existentes para umas férias perfeitas.
Ao longo do ano, destacam-se alguns eventos que são igualmente oportunidades para apreciar a gastronomia e ver a Madeira em festa: os desfiles de Carnaval, a Festa da Flor, o Festival Atlântico e, sobretudo, o fogo-de-artifício do fim de ano que acontece por toda a ilha e se vê melhor do mar, espetáculo muito apreciado por visitantes de todo o mundo.
Saiba mais sobre a Madeira e Porto Santo
Açores
Entre os continentes americano e europeu, em pleno oceano Atlântico, o arquipélago dos Açores é o destino ideal para quem procura um refúgio onde a natureza ainda se encontra num estado puro e em perfeita harmonia.
Reconhecidos pela geodiversidade, pela vida marinha preservada e por ter 4 ilhas que integram a rede mundial de reservas da Biosfera, os Açores estão no Top 100 dos destinos mais sustentáveis do mundo, tendo sido considerado um dos 10 destinos líderes nas boas práticas de sustentabilidade.
São 9 ilhas de origem vulcânica, com uma paisagem que impressiona a cada momento, como certamente terá acontecido aos primeiros portugueses que descobriram estas ilhas atlânticas. Uma história secular, com um património único, de que são exemplo as Vinhas da Ilha do Pico e a cidade de Angra do Heroísmo, ambos reconhecidos pela UNESCO.
Descobrir cascatas naturais e lagoas em antigas crateras de vulcão, tomar banho nas caldeiras de água quente, fazer um passeio no mar para observação de golfinhos e baleias, percorrer a rede de trilhos na natureza ou subir acima das nuvens, até ao topo do Pico, a montanha mais alta de Portugal, são algumas das experiências únicas que se podem viver nos Açores.
Saiba mais sobre os Açores
Comércio com História
Escolha o comércio tradicional e surpreenda-se com as pequenas histórias dos bairros, de quem lá vive e trabalha.
Com interesse histórico, cultural ou social, as lojas, sejam antigas ou mais recentes, fazem parte da identidade das cidades, da rotina diária dos bairros. Têm a vantagem de ter um atendimento personalizado, em que se pode confiar, e fazem qualquer pessoa sentir-se em casa. Muitas têm uma longa história que se identifica na arquitetura, no mobiliário ou na decoração e foram passando pelo tempo graças à paixão dos seus proprietários. Escolher o comércio tradicional para fazer compras é também uma forma de contribuir para salvaguardar este património e a fazer parte da história local.
Damos algumas sugestões que pode incluir no seu itinerário mas, para ficar a saber mais, visite www.comerciocomhistoria.gov.pt. Em livrarias centenárias, cafés antigos, bares, lojas de bebidas, relojoarias, lojas de tecidos ou retrosarias onde se encontram peças únicas e onde se partilham formas de fazer… há muitas histórias a descobrir.
Chapelaria Azevedo, Lisboa
Em Lisboa, no Chiado, na pastelaria Benard, que abriu portas em 1868, os croissants são a especialidade e, mesmo ao lado, a Brasileira foi um dos primeiros locais da cidade onde se começou a vender café expresso. Também ficou conhecida por ser frequentada por Fernando Pessoa e por ser um ponto de encontro de artistas e de escritores. No mesmo bairro, estão as mais antigas livrarias do país ainda em atividade, a Bertrand, fundada em 1732, e a Ferin, aberta em 1840.
Descendo do Chiado em direção ao rio, o Bar Americano e o British Bar são a memória das primeiras décadas do séc. XX, do tempo em que marinheiros vindos de todo o mundo por alí passavam e descontraiam, nas suas viagens atlânticas. Não passam despercebidos os nomes dos bares do cais do Sodré, alusivos às nacionalidades dos seus clientes e a cidades estrangeiras.
Na Baixa, encontram-se ainda pastelarias, charcutarias, lojas de tecidos e de outros artigos aí estabelecidas há muitos anos, entre as quais se podem destacar a Luvaria Ulisses e a Chapelaria Azevedo Rua, com tradição e conhecimento na arte de saber fazer luvas e chapéus.
Livraria Lello, Porto
No Porto, num dos bairros mais movimentados da cidade, a mercearia A Favorita do Bolhão e a Pérola do Bolhão são uma referência para comprar doces, frutos secos, azeites, conservas tradicionais, licores e vinhos do Porto. Muito perto, o café Majestic é muito apreciado para fazer uma pausa na visita de cidade, assim como o Café Guarany, com a sua esplanada, em plena Avenida dos Aliados. Os apreciadores de chocolate não deverão perder uma visita à Arcádia, uma marca portuguesa a conhecer.
Entre muitas outras lojas no Porto, de referir a Livraria Lello, no seu estilo Arte Nova, e o Café Pinguim, conhecido pelas Noites de Poesia, pelas tertúlias culturais e pelo gin tónico. Na casa, há uma frase conhecida: “Nem só de Gin vive o Pinguim”.
Para uma experiência diferente… quem precisar de aparar a barba ou acertar o cabelo, ainda encontrará barbearias tradicionais que fazem parte do património centenário da cidade.
Em Coimbra, os hábitos dos estudantes marcaram desde sempre a vida na cidade é por isso natural que as “repúblicas”, comunidades universitárias geridas como pequenas associações, tenham um papel também importante na sua história. Entre todas, damos o exemplo da República dos Inkas e da Real República dos Pyn-Güyns que foram determinantes para a crise académica que ocorreu em 1969, em pleno Estado Novo. Existem várias na cidade e estão de portas abertas para quem as quiser visitar e conhecer.
Fábrica Santo António, Funchal
Na Ilha da Madeira, um percurso pelo centro histórico do Funchal irá passar por algumas lojas originais. A loja de ferragens António Faustino de Abreu abriu portas em 1940 e desde então manteve sempre o mesmo negócio. O edifício tem interesse por seguir uma tipologia habitual nas casas de comércio de finais do séc. XIX, inícios do séc. XX, que já não existe hoje em dia. Na Barbearia Turista, perto da marina do Funchal, cortam-se cabelos há pelo menos 125 anos. Por sua vez, a casa Bordal, a funcionar desde 1956, foi adquirindo os materiais das antigas casas de bordados que iam fechando e criou um Roteiro Histórico do Bordado da Madeira, que retrata 150 anos desta tradição. A visita não pode terminar sem provar as famosas bolachas e biscoitos de influência inglesa da Fábrica Santo António.
A estes exemplos de lojas e de histórias juntam-se muitas outras que se podem descobrir em www.comerciocomhistoria.gov.pt.
#Brelcome
Famílias Felizes no Centro de Portugal
Se precisa de ideias para as próximas férias em família, saiba que o Centro de Portugal tem uma oferta bastante diversificada de atividades. Entre as praias do litoral, os parques temáticos e de aventura, as atividades ao ar livre, as áreas protegidas e os parques naturais ou a oferta de museus e monumentos que são património mundial, irá certamente encontrar boas opções para incluir no plano.
Na costa, vai ser fácil entreter os mais pequenos. Banhos de mar, passeios na ria de Aveiro, aprender a fazer surf e jogos na praia farão certamente parte de momentos bem passados em família. Em alternativa à praia, pode visitar as salinas em Aveiro e, em Ílhavo, não pode perder o Museu Marítimo e o Aquário de Bacalhaus.
Continuando ao longo da costa, na Figueira da Foz, encontra o Museu do Sal. Mas se os miúdos são mais aventureiros, então um aquaparque ou um parque de arborismo são opções com diversão garantida.
© Parque Aventura, Figueira da Foz
Se as crianças estão na fase em que gostam de dinossauros, vão adorar o educativo Dino Parque, na Lourinhã, e o Museu sobre este período longínquo da história. Nesta região, em particular no Parque Natural da Serra de Aire e dos Candeeiros, encontraram-se um grande número de registos fósseis destes gigantes que em tempos povoaram o planeta. Pode ser visto um dos mais antigos e longos registo de pegadas e um ninho de ovos de dinossáurios de uma dimensão única no mundo. Nesta área protegida, também pode incluir no percurso uma descida às Grutas de Mira d’Aire ou às Grutas da Moeda.
Viajando para o interior, a cidade de Coimbra tem a Universidade mais antiga do mundo, classificada Património Mundial, e o Portugal dos Pequenitos, um parque temático construído em meados do século passado que dá uma visão em miniatura da história e da cultura portuguesas. No complexo universitário, pode visitar o Museu de História Natural e um dos Centros de Ciência Viva da região. A cerca de 20 km de Coimbra, perto de Condeixa a Nova, a visita à antiga cidade romana de Conímbriga pode ser uma experiência diferente. E a 25 km, em Miranda do Corvo, pode passar o dia no Parque Biológico da Serra da Lousã, onde encontra um zoo de espécies selvagens portuguesas, um ecomuseu e um museu vivo de artes e ofícios tradicionais.
© Portugal dos Pequenitos
Se preferir continuar a percorrer a região até à fronteira e conhecer sítios novos, o passeio também é uma oportunidade de mostrar aos mais pequenos como se vive fora dos centros urbanos e de enriquecer a rotina habitual em que a tecnologia predomina. As atividades organizadas pelas Aldeias do Xisto ou nas Aldeias Históricas, sejam caminhadas e trilhos de bicicleta, mergulhos nas praias fluviais, sejam as oficinas de ofícios mais tradicionais destinados a crianças, como aprender a fazer pão à moda antiga, serão certamente bons programas para umas férias diferentes.
© Aldeias do Xisto, Turismo Centro de Portugal
Já no outono ou no inverno, o desafio passa por tirar partido do tempo mais frio. Sugerimos um passeio pelo Parque Natural da Serra da Estrela, para subir ao ponto mais alto de Portugal continental, brincar na neve e fazer ski. A caminho, descubra a cidade de Viseu e, já no parque natural, pequenas localidades como Seia, Sabugueiro, Manteigas, Celorico da Beira ou Gouveia. O Parque Aventura de Viseu, o Museu do Brinquedo ou o Museu do Pão, em Seia, entre outros, e as atividades ao ar livre, são motivos de interesse muito apreciados nesta região.
Para além destas sugestões, não deixe de explorar a oferta de outros equipamentos que existem na região Centro de Portugal (em “Conteúdos Relacionados”) para planear as suas próximas férias em família.