Sugestões
Jardins, Parques e Quintas da Madeira
Famosa pelo mundo fora devido à sua beleza natural, a Ilha da Madeira é também frequentemente conhecida como “o jardim flutuante do Atlântico”. Aqui, as tonalidades da vegetação que cobrem as encostas só encontram rival nas exóticas flores que desabrocham em todos os recantos.
Graças ao seu clima suave e moderado, podemos ao longo de todo o ano, e em ambiente natural, admirar flores e plantas oriundas de quase todos os continentes, como as orquídeas, as estrelícias, os antúrios, as magnólias, as azáleas, as proteias entre muitas outras.
Algumas destas plantas tropicais e subtropicais chegaram à ilha nos séculos XVIII e XIX, pelas mãos de comerciantes ingleses enriquecidos com o comércio do vinho Madeira, e escolheram as freguesias do Monte, da Camacha, do Santo da Serra e do Jardim da Serra para construir as suas quintas. A escolha destes locais estava relacionada com o clima mais fresco e húmido, mais próximo das condições atmosféricas da Inglaterra, melhor para a aclimatação das plantas daí trazidas.
As Quintas da Madeira são atualmente uma das grandes atrações da região, que podemos conhecer durante a visita à ilha. Muitas foram recuperadas para vários fins como alojamento para férias, museu, café, entre outras. As Quintas da Madeira integram enormes e espaçosos jardins floridos, repletos das mais raras e variadas plantas, e com espaços convidativos ao descanso e relax ou à simples contemplação da natureza. São sem dúvida um ótimo lugar para passear ou para passar férias em família.
Praias
Ao longo de mais de 850 quilómetros, a costa portuguesa possui um tão grande número de praias de areia fina e branca, que é quase impossível contá-las. Todas banhadas pelo oceano Atlântico e todas diferentes, são sítios de uma beleza difícil de descrever, pelo que nada melhor do que vir descobri-las.
As mais conhecidas são as do Algarve. Com três mil horas de sol por ano e águas tépidas, ao longo de 200kms há praias para todos os gostos e muitos resorts de sonho. Dos areais a perder de vista aos mais pequenos aconchegados por rochas recortadas, imagem de marca da região, são múltiplas as opções que acompanham um mar transparente e tranquilo, ideal para a prática de diversos desportos náuticos.
Sagres, no extremo sudoeste do continente europeu, marca a transição. Está situada na Costa Vicentina que com o sudoeste alentejano constituem um dos mais bem preservados trechos do litoral europeu. Aqui há praias desertas de uma beleza selvagem onde podemos usufruir de um contacto ímpar com a natureza. E perto de Sines começa um areal que se estende ao longo de mais 60kms só terminando em Troia, um desafio para os entusiastas das caminhadas!
Já as praias da Costa da Caparica são muito queridas dos lisboetas, que em redor da capital têm variadíssimas opções para banhos de sol e mar. Da linha do Estoril, cosmopolita com marcas de uma época de ouro em que foi refúgio de reis e nobreza, às recatadas praias da zona idílica de Sintra, a variedade é grande. E o mar tem a ondulação perfeita para o surfing, que tem o expoente máximo um pouco mais a norte nas praias da Ericeira, Peniche e Nazaré.
No centro, encontram-se areais muito largos, a que a pesca artesanal acrescenta um colorido pitoresco. E mais a norte, as águas mais frias e o mar revigorante são temperados pelo ambiente hospitaleiro e pelos bons ares das serras e das florestas. E ainda temos as ilhas. Se no arquipélago da Madeira se destaca o longo areal dourado da ilha de Porto Santo com propriedades terapêuticas, nos Açores encontramos areias de cor negra com origem vulcânica, emolduradas por todos os tons de verde de uma natureza preservada.
Com todas estas diferenças há uma característica comum – a qualidade. Seguras e com uma vasta oferta de serviços de apoio e diversão que garantem todas as necessidades dos utilizadores, um grande número de praias portuguesas recebe todos os anos a bandeira azul da Europa, um galardão que comprova as suas excelentes condições.
Outro galardão que muitas das nossas praias se orgulham de exibir é o de praia acessível. É assim que estão identificadas aquelas que têm acessos para pessoas com dificuldades de locomoção, muitas delas disponibilizando mesmo equipamentos que permitem que todos usufruam dos banhos de mar.
E em Portugal os atrativos das praias não se cingem à época balnear. Ao longo de todo o ano são os lugares certos para passear, praticar desporto, contemplar a natureza ou saborear a deliciosa gastronomia portuguesa, em que o melhor peixe do mundo e o marisco têm lugar de destaque, sempre com deslumbrantes vistas sobre o mar. Haverá melhor programa?
Algarve: praias de um extremo ao outro da costa
A costa algarvia começa em pleno Parque Natural da Costa Vicentina, prolongamento do litoral alentejano.
Entre Odeceixe e Sagres quase não parece estarmos no Algarve, tais são as diferenças entre esta zona e o leste e centro algarvios. Uma área menos explorada, em que as escarpas imponentes escondem praias como Amoreira, Monte Clérigo, Arrifana ou Carrapateira. Algumas são como segredos a descobrir, acessíveis por caminhos escondidos. Mas a maioria é bem conhecida dos praticantes de surf e bodyboard, que aqui encontram as ondas de que gostam, como na Praia do Amado, palco de provas internacionais destas modalidades.
No Cabo de São Vicente junto a Sagres, o extremo sudoeste do continente europeu, o Algarve faz uma curva e o mar ganha um temperamento menos agitado. Esta metade oeste do Algarve é designada por barlavento. Aqui encontram-se praias de sonho enquadradas por rochedos dourados a que o mar deu formas extravagantes. Já que não conseguimos escolher a mais bonita sugerimos alguns nomes de areais a conhecer: Porto de Mós, Praia Dona Ana, Praia do Camilo, Alvor, Vau ou Carvoeiro.
A não perder mesmo, recomendamos a Ponta da Piedade, perto de Lagos, para uma das vistas mais espetaculares sobre as formações rochosas que se podem apreciar em detalhe num passeio de barco percorrendo grutas e algares. Segundo o jornal americano Huffington Post, pode muito bem ser a mais bonita praia em todo o planeta! Ou a Praia da Marinha, que rodeada de falésias esculpidas pela erosão, foi considerada uma das cem mais belas do mundo.
É também entre Lagos e Faro que se encontram as praias mais cosmopolitas, com animação a prolongar-se pela noite dentro. Na Praia da Rocha em Portimão, nas Praias da Galé e da Oura em Albufeira e em Vilamoura, encontram-se os mais badalados espaços de diversão noturna. E durante o dia não faltam propostas de lazer para usufruir da época balnear de uma forma mais ativa nas Praias dos Salgados, São Rafael, Santa Eulália, Maria Luísa ou Falésia.
Muito perto de alguns resorts exclusivos, Vale do Lobo, Ancão e Quinta do Lago possuem um ambiente glamoroso. Estão também nas imediações do Parque Natural da Ria Formosa - um tesouro ambiental feito de águas tranquilas, amplos areais e ilhotas quase desertas que se estende para leste até Cacela Velha.
Na Ria Formosa, vamos de barco até à praia, já que é preciso atravessar as suas águas para alcançar as do mar que banha as ilhas barreira, como a Barreta, a mais meridional do território português, uma autêntica praia deserta. Mas há outras ilhas a descobrir - da Culatra, da Armona, da Fuseta ou a ilha de Tavira que possui uma área reservada ao naturismo.
A oferta de praias continua até à foz do Rio Guadiana. Cabanas, Manta Rota, Altura, Praia Verde e Monte Gordo, são areais enormes que se prolongam mar adentro com extensas áreas em que temos pé, ideais para famílias com crianças. É o sotavento, o leste do Algarve, onde as águas mais quentes e tranquilas convidam a banhos que apetece prolongar.
A Serra da Arrábida e Estuário do Sado
- passear de barco no Estuário
- descobrir as praias da Arrábida
- percorrer um dos trilhos da Serra da Arrábida
- deliciar-se com um peixe grelhado acabadinho de pescar
Entre o azul do mar e o verde da serra, o Parque Natural da Serra da Arrábida é um excelente lugar para por à prova a nossa preparação física.
Situado junto ao mar, o parque oferece uma das paisagens mais deslumbrantes da costa perto de Lisboa. O ponto mais alto encontra-se na Serra do Risco, uma magnífica arriba com 380 m de altura. Os passeios de orientação ou de bicicleta são uma boa sugestão para conhecer este lugar exemplar, de pura vegetação mediterrânica do país. Podemos escolher o nível de dificuldade mais adequado e até se podem fazer percursos noturnos.
Como uma muralha verde a pique sobre o Atlântico, a serra abriga pequenas enseadas de areia branca e, apesar de estar à porta do Oceano, o mar aqui quase não tem ondas.
O Portinho da Arrábida é uma das praias mais bonitas e um bom spot de mergulho, com fauna e flora, únicas, por descobrir nas águas límpidas da pedra da Anixa, uma ilhota em frente ao areal. Tudo se poderá ficar a saber no Museu Ocenográfico, instalado na Fortaleza de Santa Maria da Arrábida. Galapos, Galapinhos e a escondida Praia dos Coelhos são outras praias nesta paisagem protegida, que vale a pena explorar. Já a praia da Figueirinha é uma das mais frequentadas.
A Reserva Natural do Estuário do Sado tem outros atrativos. Sejam os golfinhos que nos acompanham nos passeios de barco ou pelo facto de ser um local de observação de aves especial, com mais de 250 espécies que se podem avistar. O Moinho de Maré da Mourisca é um dos melhores sítios para o fazer.
Para melhor desvendar os segredos do Sado, sugerimos um passeio à vela nos galeões do sal, embarcações tradicionais que percorrem o rio até à Arrábida, ou mesmo numa traineira. O contraste entre o branco das salinas, o azul do rio, o verde dos pinhais e o dourado da areia são a garantia de um tempo bem passado.
No outono e no inverno, os flamingos cobrem o estuário de um manto cor-de-rosa e na primavera e no verão os quilómetros de praias da península de Troia são um refúgio à rotina. As cegonhas-brancas que constroem os ninhos nas torres das igrejas e nas chaminés mais altas, são uma presença familiar e habitual para a população local.
Nesta região, os homens sempre seguiram o curso do Rio Sado, que corre de sul para norte, ao contrário do que é habitual em Portugal, para aproveitar as dádivas da natureza, desenvolvendo atividades como a pesca, a exploração de sal ou a cultura do arroz.
Com sorte, o passeio será alegrado pelo símbolo do estuário - os golfinhos, que nos acompanham com magníficos mergulhos. Para um ponto de vista diferente, um voo de balão é uma ótima sugestão e uma experiência que não se esquece.
10 coisas para ver e fazer em Lisboa
Lisboa é uma cidade cosmopolita, com bons acessos e a poucas horas de distância de qualquer capital europeia.
E há tanta coisa para ver e fazer que é difícil ter tempo suficiente para ver tudo o que se quer, com tempo… apresentamos aqui uma seleção, entre outras que se possam fazer, de tudo o que não pode perder na capital portuguesa.
1. Subir ao Castelo de São Jorge e passear por Alfama
Quem passar em Lisboa e não for ao Castelo de São Jorge terá perdido com certeza um momento inesquecível. É o ponto mais alto da cidade, no meio dos bairros mais típicos. Uma oportunidade única de sentir, e perceber, a ligação da cidade com o rio Tejo.
2. Ouvir um Fado
Goste-se ou não do estilo de música, jantar à luz da vela a ouvir fado em Lisboa é incontornável. Para quem tiver a sorte de o ouvir cantar ao passar numa rua qualquer de Alfama, da Mouraria ou da Madragoa, é de aproveitar. O fado amador ou vadio é assim, quando apetece cantar, canta-se e as guitarras acompanham.
Escadinhas de São Cristóvão, Lisboa © C.M.L.- D.P.C. | José Vicente
3. Ir ao Terreiro do Paço
A maior praça de Lisboa e também uma das mais emblemáticas, símbolo da cidade e da sua reconstrução após o grande terramoto de 1755. Atualmente, é principalmente um espaço muito agradável para passear à beira rio, ao fim da tarde. Também é muito bonita vista do rio, num passeio de barco.
4. Subir no Elevador Santa Justa
Enquanto se percorre a Baixa, dá nas vistas quando passamos por ele. Tem uma vista invejável sobre esta parte antiga de Lisboa, para além de ser um privilégio viajar neste elevador com mais de cem anos que foi desenhado por Ponsard, um discípulo do grande mestre das obras em ferro, Gustave Eiffel.
5. Andar de elétrico
É um meio de transporte comum para os lisboetas, mas também uma das melhores maneiras de viajar pelos bairros históricos. Fica bem em qualquer fotografia e o som do elétrico a correr nos carris é um dos mais caraterísticos da cidade. O 28 é o mais conhecido, mas há mais...
6. Visitar o Mosteiro Jerónimos e a Torre de Belém
Lisboa tem dois monumentos únicos que são Património Mundial. São duas joias do gótico manuelino que facilmente impressionam qualquer pessoa. Para além de as abóbadas trabalhadas em pedra constituírem uma obra de engenharia admirável, a riqueza dos elementos decorativos ligados a aspetos marítimos e às viagens dos navegadores é fascinante.
7. Provar um pastel de Belém
É um ex-libris da gastronomia portuguesa e tem uma receita muito bem guardada em segredo que os torna únicos. A não perder! Um doce de pastelaria que os lisboetas gostam de acompanhar com um café.
8. Visitar o Oceanário, no Parque das Nações
O Parque das Nações é um caso de sucesso na revitalização de uma zona industrial, com uma localização privilegiada à beira rio. Vale a pena visitar o Oceanário, um dos maiores da Europa, onde se pode apreciar a fauna e a flora dos diversos oceanos do nosso planeta.
Parques das Nações © Turismo de Lisboa
9. Visitar o Museu Nacional do Azulejo e o Museu dos Coches
São dois museus que não têm igual no mundo. Um, conta a história do azulejo em Portugal, desde as primeiras utilizações na parede no séc. XVI até aos dias de hoje. Outro, tem uma coleção de coches inigualável, com bons exemplares do século XVIII exuberantemente decorados com pinturas e talha dourada.
10. Jantar no Bairro Alto
Lisboa é conhecida também por ter uma noite muito animada e movimentada. Depois de uma tarde às compras no elegante bairro do Chiado, nada como um final de tarde num dos miradouros, de Santa Catarina ou de São Pedro de Alcântara, e ficar para jantar no Bairro Alto. É imprescindível para quem gosta de sair à noite e se divertir.
Jogar golfe perto de Lisboa
O clima ameno e a beleza das suas paisagens litorais faz de Lisboa uma região de golfe muito apreciada por golfistas de todo o mundo.
Assinados por arquitetos já conhecidos pelos percursos desafiantes como Robert Trent Jones, Rocky Roquemore, Donald Steel, Frank Pennink, Severiano Ballesteros e Jorge Santana da Silva, os campos de golfe destacam-se pela sua qualidade e diversidade, aliados ao conforto e alto nível de serviço dos seus hotéis e club houses.
A proximidade de Lisboa de várias áreas de natureza protegida e de monumentos e paisagens classificados Património da Humanidade são o complemento perfeito para umas férias ou uns dias de golfe vividos com intensidade.
A região foi considerada o Melhor Destino de Golfe da Europa pela IAGTO, em 2007 e em 2003 e tem o primeiro campo de golfe da Europa a possuir o o Certified Signature Sanctuary/ Gold da Audubon International.
Gastronomia do Alentejo
- saborear um gaspacho
- provar os vários pratos de migas e as açordas
- acompanhar a refeição com um bom vinho da região
- deliciar-se com um queijinho regional
A criatividade e a imaginação na utilização de ingredientes muito simples fizeram da gastronomia alentejana uma surpresa de sabores e uma prova da hospitalidade dos alentejanos.
Em tempos, foi uma região de trigo e de grandes planícies onde as varas de porcos pastavam livremente nos montados e olivais. Por isso, o pão, o porco e o azeite tornaram-se a base de uma das mais gostosas cozinhas de Portugal, numa suave combinação com ervas aromáticas como os coentros, a salsa, o rosmaninho, os orégãos, o poejo ou a hortelã.
Uma das delícias regionais são os pequenos pratos de petisco. Seja como entrada ou para uma degustação de especialidades, os ovos mexidos com espargos selvagens, os pimentos assados, os torresmos ou as migas de vários sabores e combinações são uma tentação.
A sopa, que pode ser o prato principal, é obrigatória. Pode ser um gaspacho, servido frio, ou uma sopa de cação, de bacalhau ou de tomate com linguiça, feitas com pão. A que não se pode mesmo deixar de provar é a mais simples de todas: a açorda alentejana, que se faz com água, azeite, alho, ovo escalfado, pão e coentros. Também de pão, são feitas as migas que acompanham as carnes de porco fritas ou o bacalhau desfiado, por exemplo.
No litoral, vale a pena experimentar o peixe fresco da costa ou outras especialidades como os percebes ou os pratos com amêijoa, como a carne de porco à alentejana.
Descobrir o estilo manuelino
Nascido da vontade de um rei e do génio criativo que se vivia em Portugal no século XVI, a arte manuelina é uma expressão artística genuinamente portuguesa.
Os Descobrimentos trouxeram grande riqueza e conhecimento a Portugal. Nessa época, os navegadores portugueses deram a conhecer ao mundo civilizações longínquas e muitos artistas estrangeiros vieram trabalhar no país. Desse encontro de culturas nasceu o manuelino, uma interpretação muito específica do gótico, em termos de estrutura arquitetónica e de decoração. É possível identificar um conjunto de ornamentos e uma combinação de símbolos que apenas se encontram em Portugal. O estilo surgiu durante o reinado de D. Manuel I (1495-1521) mas o nome só foi adotado no século XIX para designar esse espírito criativo.
A Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos são um ex-libris, mas em todas as obras construídas na época facilmente se descobre a Esfera Armilar e a Cruz de Cristo. São os símbolos pessoais do rei e o reflexo do poder temporal e espiritual que ambicionava. Muitos outros símbolos terrenos e religiosos foram adotados e decoraram com exuberância a arquitetura gótica como ramos e folhagens, cordas torcidas e estranhas formas marinhas, minuciosamente esculpidos na pedra. Era o marketing da época.
No Mosteiro de Jesus, em Setúbal, encontramos os primeiros exemplos, mas é nas obras do Mosteiro da Batalha e do Convento de Cristo, em Tomar, que nos maravilhamos com o manuelino e onde se revelam todos os segredos da mensagem do rei.
Sintra é uma surpresa. O Palácio da Vila, onde D. Manuel I viveu, revela o seu fascínio pela arte mudéjar que se combinou na perfeição com o novo estilo. No romântico Palácio da Pena, somos surpreendidos com a visão revivalista do manuelino, surgida no séc. XIX.
Ao viajar pelo país temos de estar atentos. Um portal, uma janela geminada, uma pequena igreja ou outros pormenores que se encontram nos edifícios mais antigos vão dar a conhecer o génio da arte manuelina.
Vilamoura e a sua marina
Moderna, animada e sofisticada, Vilamoura desenvolveu-se à volta da marina e é hoje em dia uma das maiores estâncias de lazer da Europa.
A localidade é todo um empreendimento turístico construído a partir da década de 70 do século XX. Mas já os romanos conheciam esta região, como o provam as ruínas do Cerro da Vila, conservadas no Museu do mesmo nome, junto à estrada que dá acesso à Praia da Falésia.
Excelentes hotéis e aldeamentos e campos de golfe de renome internacional providenciam uma oferta completa para quem quer passar uns dias de descanso à beira-mar. A marina, a maior do país com 1300 postos de amarração, é o principal polo de animação, não só para os que chegam de barco, mas para todos os que passam férias nesta zona e vêm até aqui ao fim da tarde ou à noite para saborear um gelado ou jantar. Também é o local certo para compras, com uma grande variedade desde lojas de artesanato local às mais conceituadas marcas internacionais. E quanto à animação noturna, não faltam bares e discotecas com os melhores DJs e o Casino de Vilamoura que nos pode levar a adrenalina ao rubro.
Durante o dia há um sem número de atividades para praticar. Ténis, equitação, vela, windsurf, jet-ski, parasailing, passeios de barco, pesca desportiva, a panóplia é muito variada, o difícil mesmo será escolher. E as águas cálidas e areias douradas estão logo ali. Junto ao pontão leste da Marina, a Praia de Vilamoura com um areal que se prolonga até Quarteira, e do outro lado, a oeste, a Praia da Falésia, que se estende por quilómetros para só terminar nos Olhos de Água garantem muito espaço para estender a toalha e bronzear ao sol. Sem esquecer ótimas condições de segurança e muitos divertimentos para uns dias de sonho à beira-mar.
Festas e Devoções
- visitar Fátima no dia 13 de Maio, momento alto das celebrações religiosas, ou em qualquer dia 13 entre maio e outubro
- visitar as muitas igrejas e santuários de Braga, a mais antiga diocese nacional criada ainda no Império romano.
Num ato de fé ou pelo simples prazer da descoberta, encontramos em Portugal vários motivos de visita e celebração religiosa e outros tantos percursos de busca interior.
Portugal, a mais antiga nação da Europa, com fronteiras definidas desde o séc. XII, é constituído por território conquistado aos mouros que à época aqui habitavam. Nesse esforço de Reconquista Cristã, os reis portugueses foram ajudados pelos movimentos das Cruzadas, nomeadamente pelos Cavaleiros do Templo. Por isso é um país tradicionalmente católico e ainda hoje muitos templos e cultos religiosos mergulham nas raízes históricas da fundação nacional. O culto mariano é um desses exemplos e aqui encontramos inúmeros Santuários Marianos e diversas formas de veneração à Virgem Maria. Mas Fátima, local das Aparições de Nossa Senhora aos três Pastorinhos em 1917, é sem dúvida o mais importante local sagrado do país. É uma terra de forte espiritualidade, conhecida como a Cidade da Paz, a que ninguém, crente ou não, fica indiferente.
Em honra de Nossa Senhora e de muitos outros Santos, muitas devoções manifestam-se em festas, romarias e peregrinações de grande significado popular. É o caso das Festas da Senhora da Agonia, em Viana do Castelo, das peregrinações em redor de Braga (a Nossa Senhora do Sameiro, ao Santuário de S. Bento da Porta Aberta e ao de Nossa Senhora da Abadia), ao Santuário de Nossa Senhora da Penha em Guimarães ou a Nossa Senhora dos Remédios em Lamego, para referir apenas as mais concorridas no norte do país. Mais a sul mencionem-se as Festas da Rainha Santa em Coimbra, as romarias e círios a Nossa Senhora da Nazaré e a Nossa Senhora do Cabo (Cabo Espichel, Sesimbra), ao Santuário de Nossa Senhora de Aires, perto de Viana do Alentejo e ao Santuário de Nossa Senhora da Conceição, em Vila Viçosa também no Alentejo. Já no Algarve são de referir em particular as Festas da Mãe Soberana, em Loulé, talvez a maior manifestação religiosa a sul de Fátima.